Seleção italiana

Água no refrigerante

A Itália sub-21 comandada por Casiraghi obteve um bom resultado na última semana, ao empatar por 2 a 2 com a Grécia em Atenas. Após a partida, os azzurrini mantiveram os três pontos de distância postos sobre os helênicos após apenas cinco rodadas, e devem se garantir sem grandes problemas no Europeu da categoria, na Suécia, em 2009.

O time subiu a campo confiante, após o bom resultado contra a Croácia, apenas quatro dias antes. Mas foi a Grécia que abriu o placar, aproveitando um escanteio concedido por Rubin para colocar a bola na cabeça de Petropoulos, totalmente desmarcado dentro da grande área. A Itália só virou no segundo tempo, aproveitando dois momentos mágicos de Giuseppe Rossi, apagado até então. Beppe conseguiu o empate ao arrancar do centro, cortar um zagueiro e soltar um belo disparo sem chances para o goleiro Kasmeridis. E passou pelos seus pés – e também pelos de Marchisio e Giovinco – a bola que poderia selar a vitória. Após uma jogada muito bem trabalhada, Dessena concluiu bem, virando a partida.

Com o trabalho feito, coube a De Silvestri, que havia substituído um Rubin lesionado ainda no primeiro tempo, fechar o placar: o laziale derrubou Makos na grande área e Mitroglou deu números finais à partida, já nos minutos finais. E só não jogou água no chope italiano porque o encontro foi entre seleções de base. O que não impede que o refrigerante se torne mais aguado.

Casiraghi optou por uma linha de três no meio de campo, com Rossi e Giovinco fazendo suporte ao único ponta, Acquafresca. Com pouca volúpia, os gregos dominaram o meio durante praticamente todo o jogo, enquanto Rossi não conseguia se desvencilhar da forte marcação grega, em especial Rikka e Dimoutos. Enquanto isso, Giovinco desfilava bom futebol, mesmo pecando em todas suas finalizações.

Mesmo com as escolhas discutíveis de Casiraghi, bastará à Itália manter o jogo convincente das partidas anteriores à Grécia para se qualificar facilmente para a Suécia. O problema é até onde o time pode ir com um esquema tático que tem exigido demais dos dois rifinitori, ofensiva e defensivamente. Russotto, De Ceglie e De Silvestri são nomes bastante interessantes para uma seleção que domina, mas não brilha. E que pode vencer, mas está a um passo de deixar de convencer.

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