Serie A

Sem você, não tem graça

Livorno 0-1 Lazio
De um lado, não estava Lucarelli. Do outro, não estava Di Canio. Pela primeira vez desde 2003 Livorno e Lazio se encontraram sem que um destes estivessem em campo. Lucarelli, comunista incondicional. Di Canio, fascista incontrolável. Bom para a Lazio, que reencontrou a vitória no Armando Picchi, afundando cada vez mais o Livorno na estréia de Giancarlo Camolese no banco toscano.

Sem Di Canio, coube à torcida laziale a tarefa fazer saudações fascistas em Livorno

O nervosismo imperou no Livorno, e a mudança de treinador parece não ter surtido efeito a curto prazo. Camolese sacou Tristán, Dhorasoo e os irmãos Filippini para colocar o time num 3-5-2 com Tavano e Rossini no ataque. Já a Lazio foi a campo estreando o módulo 3-4-1-2, com o retorno de Siviglia à zaga, onde Zauri foi improvisado. O gol saiu no último minuto do primeiro tempo, com Pandev finalizando após uma tabela com Rocchi. A bola ainda desviou em Rezaei antes de enganar Amelia e entrar.

A partir da metade do segundo tempo, aproveitando-se da expulsão do laziale Firmani, o Livorno finalmente se soltou e partiu para o ataque. A coragem não foi suficiente, e a melhor chance pós-expulsão ficou a encargo de Pasquale, que cruzou fechado da esquerda e exigiu intervenção de Ballotta, retornando ao gol após catastrófica partida de Muslera contra o Milan.

Pandev: macedônio confirmou boa fase ao marcar o gol da vitória

Talvez como forma de demonstrar sua confiança à equipe, Spinelli ordenou na manhã desta terça-feira que o time já se concentrasse em Salsomaggiore, em vista da partida com o Parma, no domingo. Demitiu o preparador físico Ventrone. E ainda suspendeu o pagamento dos salários. O campeonato, após oito rodadas, conhece seu primeiro rebaixado.

Udinese 1-1 Palermo
Sentidos opostos na partida de Friuli. No primeiro tempo, dominado pelos donos da casa, Amauri abriu o placar para os rosaneri. E no segundo, com o Palermo sempre no comando, Asamoah fechou o resultado. Marino optou pelo ganês pouco antes da partida, no comando do ataque junto de Di Natale e Quagliarella. Já Colantuono – finalmente – barrou o limitadíssimo lateral Pisano, em favor de Capuano. Na frente, sem Miccoli e Jankovic, apenas Bresciano dando apoio a Amauri.

Amauri, han, “exulta-se” após abrir o placar para o Palermo

Barzagli chegou a evitar que Dossena abrisse ao placar logo aos sete minutos, após grande jogada de Di Natale. E a torcida friulana chegou a gritar pelo gol de Asamoah quando este se aproveitou de cruzamento de Mesto para mandar nas redes, mas pelo lado de fora. Apenas uma pequena decepção se comparada à bola perdida de D’Agostino que permitiu a Bresciano lançar Amauri em contra-ataque fulminante.

O Palermo voltou à ripresa com maior posse de bola, e a Udinese com mais gana individual e conseqüente afobação. Até o momento em que Asamoah passa fácil por Barzagli e supera Fontana para igualar o marcador. Os artilheiros do jogo ainda tiveram boas oportunidades nos minutos finais, mas pararam nos goleiros. No empate das duas equipes, venceu o futebol bem jogado por ambas as partes.

Sampdoria 3-0 Parma
Sem Volpi e Cassano, Mazzarri optou por fortalecer o meio blucerchiato com as presenças de Sammarco e Delvecchio. Do lado do Parma, as principais baixas eram no ataque, com as lesões de Budan e Corradi. Di Carlo optou por centralizar Reginaldo, manter Pisanu na esquerda e escalar Gasbarroni de enganche. Novamente, banco para Morfeo, destaque do terço final da última temporada.

A falta de consistência ofensiva se mostrou fatal no início do jogo, quando o Parma dominava as ações sem conseguir causar incômodo à defesa da Samp. Até o momento em que Zenoni cruzou rasteiro para Montella finalizar e aproveitar desvio de Dessena pro gol. O aeroplanino não marcava no Luigi Ferraris com a camisa da Sampdoria desde 1999. A partir daí o Parma desandou e só teve mais duas oportunidades na hora restante de jogo. Por outro lado, antes do intervalo Montella driblou três adversários e arrancou aplausos da torcida antes de Bucci tirar a bola do gol.

Palmas também para Bellucci, que anotou mais dois tentos e vem se tornando o destaque do time na temporada. Além de Mazzarri, que recupera o bom futebol da Samp, os gols, e o favoritismo para, pelo menos, uma vaga na próxima Copa Uefa. Ao contrário do Parma, que mergulha mais uma vez em outra crise. E já começa a buscar algum Giuseppe Rossi disponível no mercado.

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3 comentários

  • Braitner,
    Parabéns pelo post! Quanto ao Parma, você vislumbra algum ‘Giuseppe Rossi’? Eu acho que, infelizmente, desta vez o clube ‘crociato’ vai para a Serie B, a não ser que o Ghirardi resolva abrir os cofres em janeiro.
    Abraços,

  • Grazie Rodolfo 🙂

    Concordo contigo, acho que desta vez não passa. Até porque duvido muito que a estratégia arriscada da última temporada dê certo novamente. Apostar num só garoto nem sempre é tão seguro, hehe

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