Serie A

Parada de inverno: Lazio

Carrizo já está em Roma para fechar sua transferência para a Lazio que, finalmente, voltará a sentir a sensação de ter um goleiro. Outro que parecia próximo de estrear, do outro lado da capital, pode ficar de fora por mais alguns meses: com seis meses de clube e apenas três treinamentos com a equipe, graças a uma lesão no joelho, Andreolli chocou-se ontem com Taddei e foi internado com suspeita de traumatismo craniano.

LAZIO
Goran Pandev: o exército de um homem só

A campanha
14ª colocação. 17 partidas, 18 pontos. 4 vitórias, 6 empates, 7 derrotas. 19 gols marcados, 25 sofridos.

O time-base
Ballotta, Scaloni, Stendardo, Cribari, Zauri; Mudingayi, Ledesma, Mutarelli; Mauri (Meghni); Pandev, Rocchi.

O comandante
Delio Rossi. O artífice do Lecce pré-Zeman chegou à Lazio em julho de 2005 com a missão de fazer com que a reestruturação societária não refletisse de forma negativa no campo. Logo em sua primeira temporada teria garantido ao time a participação na Copa Uefa, não fosse os escândalos que culminaram na perda de pontos. Na segunda, após um começo claudicante, comandou a dupla Rocchi-Pandev na conquista de uma suada vaga na Liga dos Campeões. E na terceira, com um elenco ainda curto e inexperiente, passou a conviver com as ameaças de demissão.

O herói
Goran Pandev, atacante. Chegou à Lazio como troco na negociação de Stankovic e logo vingou. Ao lado de Rocchi, garantiu os gols necessários para a tranqüilidade de duas temporadas biancocelesti, mas nesta os trabalhos têm sido algo hercúleo. Sem a companhia de Mauri no início do campeonato e com um Rocchi em má fase técnica, coube ao macedônio a tarefa de carregar nas costas um time remendado por lesões. Seus doze gols em 21 jogos deram prejuízo a seu pai: com um bar em Strumica, Macedônia, o patriarca oferece bebida grátis a cada gol do filho.

O vilão
Marco Ballotta, goleiro. O casalecchiese tem 43 anos e já trocou de clube doze vezes. Mesmo assim, só é titular pela terceira vez na Serie A. Na primeira delas, pelo Brescia, sofreu 60 gols em 32 jogos. Na segunda, pela Reggiana dois anos depois, 67 gols em 34 partidas. Na Lazio, tem mantido suas características marcantes: insegurança, reflexos lentos e má reposição de bola. Destaque negativo também para Mudingayi e Cribari, dois pilares da última temporada que não têm exitado em falhar nas proximidades do avô da Serie A.

A perspectiva
Copa da Uefa. Meta improvável, mas não impossível. O time titular da Lazio, sem nenhum desfalque, impõe respeito frente a qualquer adversário. A questão é quando seus atletas alcançarão o ápice físico. Na temporada passada, o returno foi digno de nota, mas a situação definitivamente não era tão ruim. Sem Europa a disputar a partir de agora, a missão de buscar uma vaga na Uefa pode ser facilitada. Enquanto isso, Mauri e Siviglia lutam contra lesões crônicas; Ballotta e Manfredini, contra a natureza.

Compartilhe!

1 Comentário

  • O time não é, teoricamente, ruim. Porém…

    Não sei se é porque o único jogo que vi da Lazio esse ano foi a humilhação diante do Real Madrid (muito provavelmente, é por isso), mas não vejo nada de legal pro futuro dessa Lazio.

Deixe um comentário