Serie A

Futebol de primeira na segundona

O meia Francesco Lodi foi o principal destaque da boa campanha do Frosinone na última Serie B italiana. Ao negociá-lo com o Empoli na última janela de transferências, os canários receberam por completo o passe de um coadjuvante que se converteria, de forma inesperada, no grande destaque da equipe na atual temporada: o brasileiro Éder, 21 anos.

Éder havia terminado a última temporada muito bem, com grandes jogos contra Cesena, Treviso e Piacenza. Mas Silvio Baldini não quis aproveitá-lo na reconstrução do Empoli recém-rebaixado, preferindo apostar em Daniele Corvia, uma das maiores enganações da história recente do futebol italiano.

Depois de um surgimento relâmpago no Criciúma, por muito pouco não foi parar no Cruzeiro, graças às boas relações entre os presidentes dos dois times. Éder estreou no profissional do time catarinense na última rodada do Brasileirão de 2004, contra o Coritiba, quando seu time já estava rebaixado. No ano seguinte, foi lançado no Catarinense e ia bem até fraturar o ombro direito. Na volta, fez três gols que ajudaram o clube a garantir o título estadual. Na Série B, segurou a titularidade e marcou mais seis vezes, até ser negociado com o Empoli.

Com apenas 18 anos, foi inserido no time primavera do Empoli, mas ainda assim fez algumas partidas entre os profissionais – estreou contra a Lazio, em pleno Olímpico de Roma. Sem chances concretas para demonstrar seu valor, Éder acabou cedido ao Frosinone como contrapartida na negociação de Lodi. E a melhor forma de alegrar os torcedores ao herdar a posição de um artilheiro é simples: marcar gols.

Chutes potentes, precisos, cabeceios, jogadas de velocidade. Éder surpreendeu o público brasileiro ao ser incluído por Dunga na lista dos 35 pré-convocados para os últimos Jogos Olímpicos. E surpreendeu o público italiano após retornar ao Frosinone após as férias. Depois de dez rodadas, já são seis gols, todos marcados de formas diferentes. O brasileiro forma uma ótima dupla de ataque com Dedic e tem crescido do ponto de vista físico e tático, algo fundamental para quem tem uma técnica tão refinada e tanto altruísmo no futebol italiano.

Se mantiver esse rendimento até o fim da temporada, o brasileiro definitivamente se tornará a grande estrela da equipe e o número dez que leva nas costas deve colocá-lo na agenda de vários clubes da Serie A. Ou mesmo na do Empoli, que já pôde perceber o que é que perdeu.

Ainda na Serie B…
– Sem chance em Inter e Roma, o zagueiro Marco Andreolli, 22, finalmente encontrou seu porto seguro: o Sassuolo, líder da Serie B com 19 pontos em dez rodadas. Apontado como uma das grandes promessas da posição no país, o camisa 28 jamais havia engatado uma seqüência de partidas. Logo em sua primeira temporada como titular, suas atuações têm sido elogiadas pela imprensa italiana e um retorno para uma Roma com emergências defensivas, já em janeiro, não seria absurdo.

– Outro zagueiro que tem se destacado é Nicholas Giani, 22, pedra fundamental na zaga do Vicenza, vice-líder e melhor defesa do torneio. Após algumas temporadas girando por empréstimo em clubes menores como Cremonese e Pro Patria, o zagueiro da Inter finalmente se encontrou e vem mostrando os motivos de ser apontado uma das grandes promessas da base nerazzurra, alguns anos atrás.

– Na outra ponta da tabela, têm decepcionado o atacante francês Jonathan Bibiany, 20, e o meia-direita romano Massimiliano Marsili, 21, ambos titulares do lanterna Modena. Esperava-se bastante do primeiro, que há dois anos era cotado para reforçar o Arsenal de Wenger. Já o segundo, mais um dos bons meias da geração primavera-05 da Roma, está apenas cumprindo tabela na Serie B enquanto espera por alguma chance no time giallorosso.

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2 comentários

  • sei que voce, braitiniér, mais do que qualquer um quer o coro spallettiano a prêmio sapecando no circo massimo, mas a má notícia é de que ele não sairá, porque neste momento o risco é três vezes pior. se isto ocorresse, vamos supor logo no começo do campeonato, como o corajoso Zamparini [hahahahah], quem sabe não… mas confesso que não vejo com bons olhos o desastre que seria sua saída agora. me faz lembrar aquela fatidica temporada dos 5 treinadores…

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