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Garotos prodígios: Alberto Aquilani

Alberto Aquilani é hoje um dos mais estimados meio-campistas da Itália. Relativamente jovem – 24 anos – o romano e romanista não estourou tão cedo quanto Daniele De Rossi, seu companheiro um ano mais velho; mas também não ficou para trás, como inúmeras falsas promessas que saem das bases do clube rubro-amarelo, vide Galasso e Corvia. Hoje, o jogador que também defende a seleção italiana se confirmou como importantíssimo para sua equipe, mesmo sempre tendo que batalhar por sua posição nos esquemas de Luciano Spalletti.

O início
Aquilani estreou entre os profissionais em maio de 2003, numa vitória contra o Torino, quando tinha dezenove anos. Foi a sua única partida nesta temporada, visto que a concorrência era enorme. O elenco romanista ainda podia contar, na faixa central de meio-campo, com Tommasi, Emerson, Guigou, Bombardini, Fuser e um aguardado De Rossi. Naturalmente sem oportunidades na equipe, traçou então um dos destinos clássicos para um jovem jogador de futebol na Itália: um empréstimo para uma equipe menor.

O técnico meio-campista, cujas principais expectativas derivavam de suas atuações nas seleções de base, rumou à fraca Triestina, na segunda divisão do país. Enquanto na Roma faltava lugar para Aquilani, em Trieste sobrou vaga para o promissor centro-campista. Em uma temporada no clube, o qual terminou num razoável nono lugar no campeonato, ele entrou em campo 41 vezes, balançando as redes em três oportunidades. Voltaria à equipe do coração, portanto, mais preparado e experiente para a perigosa Serie A.

Na temporada 2004/05, de volta à cidade eterna, nem o determinado jovem poderia ajudar um time instável, desestabilizado, repleto de crises e decadente como a Roma. Naquele ambiente tumultuado, não foi possível para Aquilani mostrar seu futebol com grande notoriedade, apesar das 29 vezes em que entrou em campo. Ainda assim, a expectativa em torno do meio-campista era bem positiva, principalmente levando-se em conta o fato de que a concorrência já não era tão grande e seu futebol evoluía cada vez mais.

O destaque
A temporada 2005/06 chegava e com ela a necessidade de mudanças na Roma. Desembarcava na cidade Luciano Spalletti, ex-treinador de uma surpreendente Udinese, para tomar as rédeas de um clube extremamente conturbado e limitado financeiramente. Com os problemas dentro e fora de campo, aliados à falta de opções no elenco e à grave lesão de Damiano Tommasi, Aquilani pôde, enfim, ter chances reais no time. Apesar de um número menor de presenças com relação à temporada anterior – 24 jogos – suas atuações foram muito mais impactantes.

Completando a dupla de volantes ao lado do companheiro de longa data De Rossi, Alberto chamou atenção não só da Itália como de boa parte da Europa. Seus passes precisos e diretos, bem como a incansável movimentação central e a disciplina tática, ajudaram o atleta a ganhar espaço no clube que se reacendia, quebrando o recorde nacional de 11 vitórias consecutivas na Serie A, que, por sinal, foi batido após um crucial gol seu contra a Lazio, em partida terminada em 2 a 0. Para a temporada seguinte, era impossível desvencilhar Aquilani de projeções otimistas. O que podia atrapalhá-lo – e de fato o fez – era a infelicidade de sofrer com lesões logo tão cedo.

A época 2006/07 começava de forma maravilhosa para Aquilani: logo na primeira partida, a derrota na Supercoppa contra a Inter, o meio-campista marcou dois gols. Passes de letra, lançamentos precisos e chutes mais potentes marcavam uma temporada que prometia muito. Prometia; pois, para infortúnio seu e de todos os torcedores, Alberto levou a pior em uma dividida com Taddei nos treinos, lesionando seu joelho direito. Como resultado, aproximadamente seis meses de molho afastaram o promissor atleta dos gramados, que só viria a entrar em campo 12 vezes na Serie A.

Voltando da contusão, Alberto foi parte do Dream Team da Uefa após atuar em grande forma na Euro sub-21 de 2007, da qual a Itália não passou da fase de grupos e só conquistou o direito de ir à Olimpíada após vencer Portugal nos playoffs. Outra temporada que começava promissora, principalmente após balançar as redes nas duas primeiras partidas da Serie A. Sempre brigando para ser a dupla de De Rossi com o chileno Pizarro, mais uma vez Aquilani foi vítima de lesões. Perdendo em torno de três meses do primeiro turno, voltou só em 2008 para se confirmar como elemento essencial à Roma e garantir uma vaga na seleção italiana, com a qual disputaria a Euro 2008.

Pela segunda vez seguida, Alberto marcou na primeira partida da temporada, desta vez 2008/09, sempre com a Roma. Especulações ligaram o nome do meio-campista à Juventus, levando-se em conta uma possível falta de vontade do romano em renovar seu contrato – a expirar em 2010. Segundo a diretoria romanista, o futuro de Aquilani é o mesmo lugar de seu passado e de seu presente, portanto, não deve ser negociado de maneira alguma. Mesmo assim, devido à falta de clareza com relação à sua situação, não seria algo demasiadamente surpreendente se o jogador fosse contratado, no futuro, por algum clube mais forte. Enquanto isso, ele continua provando ser um dos grandes meias da Itália… e brigando por lugar fixo nos 11 da Roma.

Ficha técnica
Nome completo: Alberto Aquilani.
Data de nascimento: 07/07/1984.
Local de nascimento: Roma, Itália.
Clubes que defendeu: Roma, Triestina.
Seleções de base que defendeu: Itália Sub-21, Sub-20, Sub-19, Sub-18, Sub-17, Sub-16 e Sub-15.

Originalmente para o Olheiros.

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1 Comentário

  • O Aquilani merece, e há muito tempo, ter um lugar fixo nos 11 da Roma. Ele tem um chute potentíssimo, é muito criativo, tem precisão nos passes… Com dois canhões como ele e De Rossi, a Roma poderia ficar bem segura em relação ao seu meio-de-campo, mas só o Spalletti não vê isso…

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