Serie A

Parada de inverno: Lecce

Giacomazzi comemora: finalmente o uruguaio recuperou seu futebol perdido

A campanha (até o fim de 2008)
18ª colocação. 17 jogos, 14 pontos. 2 vitórias, 8 empates, 7 derrotas. 14 gols marcados, 24 sofridos.

O time-base
Benussi; Polenghi, Stendardo, Fabiano, Esposito; Ariatti, Zanchetta (Munari), Caserta; Giacomazzi; Castillo (Cacia), Tiribocchi.

O comandante
Mario Beretta. O técnico se mantém firme no comando dos giallorossi, apesar do difícil começo de temporada. Beretta chegou ao Lecce no início da temporada, para substituir Giuseppe Papadopulo, que subiu com o time, mas não teve seu contrato renovado. No currículo de Beretta, duas salvezze consecutivas com o Siena, a última com números heróicos: a melhor campanha do clube em sua história na Serie A. Agora no comando dos salentini, depois do bom começo, foram doze jogos consecutivos sem vitória, três meses a fio. O suficiente para o Lecce mergulhar na zona de rebaixamento – mas 2009 começou melhor, com uma ótima vitória em Florença. E Beretta segue firme.

O herói
Guillermo Giacomazzi. O uruguaio chegou ao Lecce em 2001, junto de seu compatriota Chevantón e logo se firmou como importante membro do elenco giallorosso. A temporada 2004-05 serviu para o consagrar de vez como grande bandeira e melhor jogador do time, com cinco gols em 34 partidas – um número considerável para quem, até então, atuava mais como regista do que propriamente como trequartista. Giacomazzi assinou com o Palermo em janeiro de 2007, mas em um semestre não conseguiu sequer fazer uma partida de titular. Na temporada passada, já no Empoli, viu-se dividido entre lesões e apresentações sofríveis no rebaixamento dos toscanos. De volta ao Lecce desde julho, recuperou a braçadeira de capitão para comandar o time em seu renascimento na Serie A. E viu seu futebol renascer junto, agora escalado de forma mais ofensiva por Beretta, quase como um atacante.

O vilão
Daniele Cacia. O atacante chegou ao Lecce com muita pompa, mesmo depois de decepcionar em um semestre como figurante vestindo a camisa da Fiorentina. Comprado por três milhões de euros (a co-propriedade), esperava-se que Cacia começasse logo a fazer aquilo que tanto fazia pelo Piacenza, na Serie B: gols a rodo. O problema é que o artilheiro teve problemas para encontrar a melhor forma física e o argentino Castillo começou a temporada em melhores condições, assumindo o ataque ao lado de Tiribocchi, já ambientado no time. Cacia então acabou às margens do time titular e demorou a ter reais oportunidades. Mas, quando teve, decepcionou. Pela expectativa criada a seu redor, é o vilão salentino nesta temporada.

A perspectiva
Livrar-se do rebaixamento. O time do Lecce que costuma entrar em campo é praticamente o mesmo que conseguiu a promoção para a Serie A na última temporada, com a excessão de três ou quatro jogadores. Até por isso, esperava-se bem menos desse time, que deu muito trabalho nos jogos contra os grandes, com derrotas mínimas para Juventus e Inter, vitória sobre a Fiorentina e empates com Milan e Lazio. Se não falta superação e conjunto, falta ainda aquele fator de desequilíbrio nos confrontos diretos, sempre parelhos. Com um pouco mais de capricho, especialmente no setor ofensivo (o segundo pior ataque da Serie A, só à frente do Chievo), os salentini não devem ter muita dificuldade para se safar de um retorno à Serie B. A salvezza está nos pés de Tiribocchi, Cacia e Castillo.

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