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Mercado: Andrea Dossena no Napoli

A seleção italiana não traz as melhores recordações para o novo lateral do Napoli (Reuters)

Dossena, 28 anos, é um lateral-esquerdo bastante ofensivo, alto e forte fisicamente, de fôlego impressionante. Ainda que tenha problemas importantes quando atua mais atrás, isso é algo que pode passar batido num time que joga com uma defesa a três, como o Napoli de Walter Mazzari. Na falta de bons laterais que assola o futebol, Dossena acabou chegando à seleção italiana e pela Nazionale fez 10 jogos, o último deles marcando um gol contra no vexame frente ao Brasil, na Copa das Confederações.

Revelado nas categorias de base do Verona, o lodigiano estreou pelo Verona na temporada 2001-02, que culminou no rebaixamento dos vênetos para a Serie B. Mas, na serie cadetta, Dossena se tornou um dos melhores da posição e pilar do time, apesar do comando mudar demais nos três anos seguintes: Malesani, Salvioni, Ficcadenti… Em 2005, foi contratado por um Treviso que milagrosamente chegava à Serie A, mas nada pôde fazer para mudar um dos maiores desastres da história da primeira divisão. Os biancocelesti fecharam com só três vitórias em 38 jogos.

Ainda assim, a Udinese resolveu apostar suas fichas no jogador, já com 25 anos. O presidente Pozzo bancou sua contratação por 500 mil euros e, depois de uma primeira temporada fantasma, a chegada de Pasquale Marino o ressuscitou. Pelo lado esquerdo da Udinese, deu trabalho junto de Di Natale. A boa fase o levou à seleção e ao Liverpool, que no verão de 2008 pagou 10 milhões de euros no primeiro italiano de sua história, aquele que seria o substituto de Riise.

Mas, em Anfield, Dossena jamais conseguiu se firmar. Nem a lesão de Fábio Aurélio, a imaturidade de Insúa e os dois gols marcados contra Manchester United e Real Madrid o ajudaram. Na temporada atual, fez só dois jogos pela Premier League e deixa o time pela porta dos fundos, vendido apenas pela metade do investimento de 18 meses atrás.

Se não é o melhor lateral do mundo, é pelo menos uma ótima opção para um time manco, que tinha em Dátolo sua melhor opção para ocupar a faixa esquerda. O colombiano Zúñiga, lateral-direito de origem, não conseguiu boas atuações improvisado e acabou se queimando demais. E até Grava e Aronica já foram testados por ali. Quando Donadoni pediu alguém no início da temporada, Di Laurentiis reclamou que, se o treinador quisesse, que o comprasse com o próprio dinheiro. Deve ter percebido que de nada adiantaria os 50 milhões torrados no verão, se faltava ao time uma peça tão essencial. Agora, sim, é um Napoli pronto para voar.

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