Serie A

Parada de Inverno: Catania

Bom desempenho de Silvestre é reflexo da boa defesa montada por Giampaolo (Getty Images)

Campanha

12ª posição. 17 jogos, 21 pontos. 5 vitórias, 6 empates, 6 derrotas. 14 gols marcados, 18 sofridos.
Maior sequência de vitórias: –
Maior sequência de derrotas: 2, da 15ª à 16ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 4, da 2ª à 5ª rodada
Maior sequência sem vencer: 4, da 5ª à 8ª rodada
Artilheiro: Maxi López, 3 gols
Fair play: 29 amarelos, 2 vermelhos

Time-base
Andújar; Potenza, Silvestre, Spolli, Capuano (Álvarez); Biagianti; Gómez, Izco (Carboni), Ledesma (Ricchiuti), Mascara; Maxi López.

Treinador

Marco Giampaolo. Contratado para dirigir o clube nesta Serie A após a saída de Mihajlovic, o toscano logo perdeu Martínez para a Juventus e teve de utilizar Goméz, contratado junto ao San Lorenzo, para cobrir a lacuna. A equipe não atua mais no 4-3-3, do ano anterior: no princípio da temporada Giampaolo testou o 4-3-1-2, apostando na dupla de ataque composta por Maxi López e Mascara, mas acabou se rendendo ao 4-1-4-1, fortalecendo bastante o meio-campo e fazendo com que o ídolo rossazzurro tenha mais liberdade pelo lado esquerdo. Mesmo assim o Catania ainda não se encontrou na Serie A, embora tenha uma forte defesa. Falta constância: o time conseguiu empates fora de casa contra Lazio e Milan, mas chegou a ser goleado por 3 a 0 pelo Cagliari.

Destaque
Matías Silvestre. O defensor argentino de 26 anos é o grande líder da linha defensiva dos rossazzurri, que vem chamando a atenção na campanha: foram apenas 18 gols sofridos nessa Serie A e seis partidas sem sofrer gols. O camisa 6 foi o jogador que mais entrou em campo pelo Catania na temporada 2009-10 e continua sendo campeão de presença, tendo sido titular em todos os jogos, sem ter ao menos sido substituído. O argentino ainda extrapola o papel de líder e principal jogador da linha defensiva etnei, contribuindo também com o ataque: marcou dois gols na competição, na vitória sobre o Cesena e no empate contra a Lazio, número que o coloca como um dos vice-artilheiros do time no Campeonato Italiano. Merecem destaque ainda o goleiro Andújar e o meio-campista Biagianti, duas das peças fundamentais do time.

Decepção
Maxi López. O argentino chegou à Itália no meio da temporada passada, marcou onze gols e foi um dos principais responsáveis na arrancada que levou a equipe ao décimo terceiro lugar, despertando a cobiça de grandes clubes. Em 2010-11, no entanto, La Barbie caiu de produção e marcou apenas três tentos nos 15 jogos que esteve em campo. O número não chama a atenção, ao contrário daqueles que se referem aos cartões: já recebeu seis amarelos e chegou a ser expulso na partida contra o Bari, o que o faz o jogador mais indisciplinado dos rossazzurri. Além dele, o japonês Morimoto tem se apagado após temporadas promissoras e acabou relegado ao banco, jogando ainda menos que Antenucci, que voltou de empréstimo após uma boa temporada no Ascoli, da Serie B. Tantos problemas ofensivos resultam em apenas 14 gols na Serie A, o quinto pior ataque do campeonato.

Perspectiva
Permanência na Serie A. Se o Catania costumava ser tido como um dos favoritos ao rebaixamento assim que retornou à Serie A, parece que o time vai se consolidando como equipe da elite do futebol italiano. Marco Giampaolo tem conseguido variar bem o esquema entre o 4-3-1-2 e o 4-1-4-1, embora a indecisão se dê por causa do fraco desempenho ofensivo do time. A defesa vem mostrando força, mas se a produção ofensiva seguir da forma como está, a salvezza não será um objetivo tão fácil de ser alcançado. A expectativa é que Maxi López coloque a cabeça no lugar e reencontre os gols da última temporada. Aliás, os rossazzurri confiam na recuperação de todo seu ataque: além da forma de Maxi López, Mascara e Morimoto foram operados e voltam já em janeiro. A equipe siciliana tem elenco para se manter na Serie A pelo quinto ano consecutivo, porém uma contratação para o ataque ajudaria a missão a ficar mais fácil.
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