Serie A

Parada de Inverno: Cesena

No ataque, Bogdani passa longe do que se pode chamar de artilheiro. Enquanto ele for titular, o Cesena terá enormes dificuldades em buscar a salvezza (Getty Images)

Campanha
18ª posição. 16 jogos, 11 pontos. 4 vitórias, 3 empates, 9 derrotas. 11 gols marcados, 20 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 2, 2ª e 3ª rodadas
Maior sequência de derrotas: 3, da 4à 6ª rodada e da 8ª à 10ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 3, da 1ª à 3ª rodada
Maior sequência sem vencer: 7, da 4ª à 10ª rodada
Artilheiro: Erjon Bogdani, 4 gols
Fair play: 32 cartões amarelos e 4 vermelhos.

Time-base
Antonioli; Ceccarelli, Von Bergen, Pellegrino (Benalouane), Nagatomo; Appiah, Colucci, Parolo; Schelotto (Jiménez), Bogdani, Giaccherini.

Treinador
Massimo Ficcadenti. O treinador chegou a balançar no cargo após a queda de rendimento que se seguiu ao ótimo início de campeonato da equipe romanhola, mas permanece com moral. O que surpreende em sua gestão é ter mudado radicalmente algumas peças em relação ao trabalho de Pierpaolo Bisoli, que subiu com o time. Malonga foi destaque na Serie B, mas está encostado no time, assim como diversos jovens contratados no mercado de verão. O maior mérito do treinador é, até agora, a estruturação do combativo meio-campo formado por Appiah, Parolo (na mira de Fiorentina e Palermo) e o capitão Colucci, que protege a boa defesa bianconera.

Destaque
Francesco Antonioli. O veteraníssimo arqueiro de 41 anos mostra que envelheceu como vinho. Sua estreia na Serie A, contra a Roma, que defendeu por quatro anos, foi apenas a primeira mensagem a Diego Cavalieri, que acabou sendo relegado a sua reserva durante o resto do primeiro turno, devido a sua excelente forma e defesas elásticas para um goleiro envelhecido. Além disso, merece destaque também o meio-campo da equipe, em especial Parolo, um dínamo na função de marcar. Quem também merece destaque é o japonês Nagatomo, que chegou a Itália em julho após boa Copa do Mundo e já se tornou um dos grandes jogadores do time, responsável por auxiliar o baixinho Giaccherini (mais um destaque) a dar velocidade ao lado esquerdo do time, muito leve e perigoso.

Decepção
Gabriele Paonessa. O meia-atacante crescido no Bologna surgiu como uma das boas revelações da safra /87 do futebol italiano, mas até agora não despontou entre os profissionais. Deixado de lado no Parma, acabou emprestado ao clube romanholo para ganhar oportunidades, mas apenas foi convocado para dois jogos e nem mesmo estreou. A impressão que passa é que Ficcadenti deixa os jovens de lado: Fatic, Ighalo, Rodríguez e Malonga tem poucos minutos de jogo, enquanto o próprio Paonessa e Tachtisidis nem mesmo estrearam. Bogdani, com apenas quatro gols em 16 jogos é decepção apenas para os torcedores ou alguém esperava que um atacante que fez apenas cinco gols entre 2007 e 2010 poderia garantir a salvezza?

Perspectiva
Permanência na Serie A. Escapar do rebaixamento é possível para este Cesena, que precisa, claramente, de um reforço no ataque. Bogdani e Budan são atacantes muito pesados e não estão adequados ao estilo de jogo da equipe, baseado em velocidade e nas arrancadas de Giaccherini. Aí está, então, um erro de Ficcadenti: não seria melhor apostar em jovens jogadores que se adequam ao estilo do time, como Malonga, Ighalo e Paonessa? Enquanto Bogdani for titular e Budan for seu reserva imediato, o Cesena sofrerá com a falta de gols. Sem um atacante que garanta pelo menos 10 gols na temporada fica muito difícil permanecer na elite.

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