Serie A

Parada de inverno: Parma

Zaccardo: hoje ele é o cara, mas tem do que reclamar (Getty Images)

Campanha
16ª posição. 17 jogos, 19 pontos. 4 vitórias, 7 empates, 6 derrotas. 14 gols marcados, 20 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 2, 11ª e 12ª rodadas.
Maior sequência de derrotas: 2, 5ª e 6ª rodadas.
Maior sequência de invencibilidade: 3, da 11ª à 13ª rodada.
Maior sequência sem vencer: 9, da 2ª à 10ª rodada.
Artilheiro: Hernán Crespo, 6 gols.
Fair play: 33 cartões amarelos, 2 vermelhos.

Time-base
Mirante; Zaccardo, Lucarelli, Paletta (Paci), Antonelli; Valiani, Morrone, Gobbi; Candreva, (Marqués), Crespo, Giovinco (Bojinov).

Treinador
Pasquale Marino. O início de campeonato foi desastroso, mas as coisas parecem ter se ajeitado. Diante da ausência de Galloppa, principal organizador da equipe, Marino teve de recorrer a alternativas para fazer o Parma funcionar. Dzemaili, Giovinco, Candreva e Fernando Marques: todos foram testados em posições diferentes, ainda que próximas do 4-3-3 do treinador siciliano. Ele não tocou em Morrone, principal carregador de piano do time, e fez do limitado Gobbi um atleta essencial ao esquema, também por conta de sua versatilidade. Embora os jovens não decepcionem, são as figuras carimbadas da Serie A que dão a cara do time de Marino, como se vê pela presença constante dos citados Gobbi e Morrone, além de Valiani, Lucarelli, Paci e Crespo.

Destaque
Cristian Zaccardo. A experiência fez muito bem ao defensor: se aquele lateral de Bologna e Palermo ainda era um tanto estabanado, hoje Zaccardo é um dos melhores do país em sua posição. Líder e confiante na defesa, ele tem dominado o setor direito do campo com subidas consistentes, o que lhe garantiu um interesse inesgotável da Juventus. Candreva não decepcionou, ao passo que ainda falta brilho para Giovinco. Fernando Marqués, chegado sob desconfiança, mostrou-se bastante útil, mesmo sendo claras as suas limitações. No ataque, Crespo merece menção honrosa, considerando sua inequívoca postura de matador. Ainda assim, quem mais tem se destacado é Zaccardo, que há tempos merece ter seu gol contra na Copa da Alemanha esquecido.

Decepções
Daniele Galloppa e Alberto Paloschi. A decepção ficou com uma dupla por um simples motivo: nenhum dos dois têm culpa em não demonstrar desempenho. Acontece que tanto Galloppa quanto Paloschi se lesionaram logo no início da temporada, e até o momento praticamente não entraram em campo (o atacante jogou 22 minutos contra o Brescia, na estreia, e só). O meia, motor do time na época passada e motivo do interesse de clubes maiores, faz uma falta tremenda ao Parma. Grande organizador de jogo, a ausência de Galloppa é uma das principais razões por este Parma brigar para não cair. Paloschi, por sua vez, vai à sua segunda temporada afetada por contusões, o que faz questionar até que ponto o físico do atacante de apenas vinte anos não o comprometerá no futuro. Com ambos em campo e, principalmente, em forma, os crociati certamente pensariam mais alto.

Perspectiva
Não levar sustos. Das equipes na parte de baixo da tabela, à exceção de uma Fiorentina fora dos trilhos, o Parma é a que mais tem condições de se recuperar. O grupo de Marino carrega um potencial acima da média, mesclando a juventude de nomes que buscam afirmação com a experiência de atletas estabilizados. Para dar gás, entretanto, é necessário que os garotos – ou ao menos os mais jovens – se destaquem mais. Candreva, Giovinco, Dzemaili e Antonelli – esse já titularíssimo -, todos em contextos diferentes, precisam dar o ritmo de um Parma simples e renovado, que com alguma sorte ainda brigaria por vaga na Liga Europa.

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