Serie A

Review da temporada: Brescia

Os 12 gols de Caracciolo foram pouco para o Brescia alcançar a salvezza (Getty Images)
A campanha: 19ª colocação, 32 pontos. 7 vitórias, 11 empates e 20 derrotas
Ao final de 2010: 17ª colocação

Fora da Serie A: Eliminado pelo Catania na quarta fase da Coppa Italia

O ataque: 34 gols, o terceiro pior

A defesa: 52 gols, a quarta pior

Time-base: Arcari (Sereni); Zébina, Bega, Zoboli; Zambelli, Hetemaj, Kone, Berardi; Diamanti; Éder e Caracciolo

Os artilheiros: Andrea Caracciolo (12 gols), Éder e Alessandro Diamanti (ambos com 6 gols)

Os onipresentes: Éder (35 partidas), Andrea Caracciolo (33) e Alessandro Diamanti (32)

Os técnicos: Giuseppe Iachini (até a 15ª rodada e a partir da 23ª) e Mario Beretta (até a 23ª) .

O decisivo: Andrea Caracciolo

A decepção: Éder

A revelação: Panagiotis Kone

O sumido: Davide Lanzafame

Melhor contratação: Alessandro Diamanti

Pior contratação: Jonathan Zébina

Nota da temporada: 3
Os prognósticos do início da temporada se confirmaram ao final dela e o Brescia não conseguiu seguir na Serie A, após o acesso em 2009-10. O orçamento era curto (apenas 13,5 milhões de euros de salário para a temporada) e as principais contratações ou demoraram a engrenar (Diamanti) ou, realmente, não cumpriram as expectativas (Éder). A boa largada, com uma derrota seguida de três vitórias dava impressão que os rondinelli conseguiriam escapar do rebaixamento, porém, com o decorrer da disputa, essa possibilidade foi se afastando. Jogando mal, não conseguiram inflamar a torcida, que logo colocou por terra a trégua com o presidente Gino Corioni, surgida após o acesso.

Após o bom início, foram 11 jogos sem vitórias, que acabaram resultando na dispensa de Iachini. Em oito rodadas, Mario Berreta não melhorou o futebol da equipe e, em uma das atitudes mais tétricas – e comuns – que tem rondado a Itália, Iachini retornou e o Brescia até melhorou um pouco. A equipe da Lombardia sofreu muito com o péssimo desempenho do ataque na primeira metade da temporada – apenas 15 gols em 19 jogos. No segundo turno, a produção ofensiva cresceu timidamente, muito pelo melhor rendimento de Caracciolo e Diamanti. O trequartista, grande investimento dos rodinelle para a temporada, demorou para se readaptar ao futebol jogado na Itália, mas fez seis gols e deu sete assistências, quase sempre para o Airone Caracciolo, autor de 12 gols. A defesa, mesmo bem protegida, falhava com constância e acabou como uma das piores do torneio.

Mareco e Éder, dois dos destaques da última Serie B, não repetiram a boa temporada, desta vez na elite, e pesaram no desempenho ruim da equipe da Lombardia. Mareco, ex-titular, jogou apenas oito vezes e quase não participou da campanha. O atacante Éder talvez seja o nome que mais sofreu com a troca de divisão: de artilheiro da Serie B pelo Empoli, após ser contratado pelo Brescia passou a ser utilizado menos como referência e mais como apoio a Caracciolo, marcando apenas seis gols, prejudicando bastante o desempenho do ataque. De bom neste opaco Brescia, apenas o surgimento de Kone, meia que veio do grego Iraklis por apenas 800 mil euros e deu certo, além da afirmação do finlandês Hetemaj. Para a Serie B, muita coisa mudará e medalhões como Diamanti, Baiocco, Zébina, Sereni e Caracciolo, além de Hetemaj, devem deixar a equipe. Mais espaço para jovens como Tassi, Nana e Leali seria importante para recomeçar.

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