Seleção italiana

Amargo reencontro

Risos apenas antes da bola rolar, pois o reencontro com Trapattoni foi amargo para a Nazionale (Getty Images)
A noite da terça-feira prometia ser festiva: a Itália enfrentava a Irlanda de Giovanni Trapattoni, no Estádio Maurice Dufrasne, em Liège, na Bélgica, em amistoso que contou com grande presença de italianos, devido à forte concentração de imigrantes do Belpaese na região. Depois de mais uma boa vitória nas Eliminatórias visando a Eurocopa 2012, contra a Estônia, Cesare Prandelli optou por modificar a equipe e testar alternativas na defesa e no ataque, no último jogo antes das férias de meio de ano. O meio-campo, porém, permaneceu inalterado, contando apenas com a saída de Aquilani, que se machucou no início do jogo da sexta, e teve, portanto, Montolivo como trequartista.

Ao contrário do que ocorreu contra a Estônia, o jogador da Fiorentina não se saiu bem na armação. O resultado foi que a Itália dominou as ações do jogo, a posse de bola e não finalizou. Faltava criatividade, o ativo Rossi deixava a área para tentar ajudar, porém também não tinha sucesso. Até os 35 minutos, Viviano, titular no amistoso, ainda não havia sido obrigado a trabalhar. Então, Gamberini fez falta na intermediária e, em jogada ensaiada, Andrews acertou o gol, colocando a Irlanda na frente.

O 1 a 0 dos verdes deixou a Squadra Azzurra inibida e o time só melhorou com a entrada de Giovinco, aos 13 da etapa final. O Formiga Atômica trouxe de volta ao time a velocidade, que faltava desde a saída de Rossi no intervalo. Note negativa para Matri, que havia entrado no lugar do jogador do Villarreal e fez péssima partida, errando praticamente tudo que tentou executar em campo.

Com Giovinco em campo, Montolivo se tornou volante pela esquerda e camisa nove ficou responsável por encostar na dupla de ataque. Embora a Itália pressionasse bastante, o placar não mudava e Trapattoni colocava a Irlanda mais para trás, dificultando ainda mais o trabalho da azzurro. A equipe de Prandelli tinha posse de bola ultrapassando os 60%, mas não conseguia penetrar no pequeno catenaccio do experiente treinador. Por outro lado, faltava profundidade e movimentação aos italianos e, também nisto, Matri não realizou um bom trabalho. Nota negativa também para os laterais, Cassani e Criscito (depois Balzaretti), que apoiaram muito pouco.

Nos minutos finais, a busca pelo empate foi intensificada e, jogando mais avançada, a Nazionale deu a chance para que os irlandeses buscassem surpreender através de contra-ataques. Dessa forma, a equipe comandada por Trap matou a partida. Hunt recebeu lançamento nas costas de Cassani, se aproveitou do escorregão de Gamberini e cruzou para Cox empurrar para as redes. Para uma Itália que se reinvidicou um pouco catalã após o último jogo, em Modena, o resultado serviu para colocar os pés no chão, sempre necessários quando os motivos para euforia não são lá tão grandes assim.

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