Serie A

Review da temporada: Catania

Silvestre berra: o Catania conseguiu a salvezza e teve o melhor desempenho de sua história em uma Serie A. O zagueiro foi capitão e vice-artilheiro do time em 2010-11 (Getty Images)

A campanha: 13ª colocação, 46 pontos. 12 vitórias, 10 empates, 16 derrotas
Ao final de 2010: 12ª posição
Fora da Serie A: Eliminado nas quartas de final da Coppa Italia pela Juventus
O ataque: 40 gols
A defesa: 52 gols, a quarta pior
Time-base: Andújar; Potenza (Álvarez), Silvestre, Spolli, Capuano; Ledesma (Biagianti), Carboni, Ricchiuti (Lodi, Izco); Gómez; Bergessio (Mascara), Maxi López.
Os artilheiros: Maxi López (8 gols), Matías Silvestre (6) e Gonzalo Bergessio (5)
Os onipresentes: Mariano Andújar (37 partidas), Matías Silvestre e Alejandro Gómez (ambos com 36)
Os técnicos: Marco Giampaolo (até a 20ª rodada), Diego Simeone (a partir da 21ª)
O decisivo: Matías Silvestre
A decepção: Marco Biagianti
A revelação: Ezequiel Schelotto
O sumido: Takayuki Morimoto
Melhor contratação: Alejandro Gómez
Pior contratação: Giovanni Marchese
Nota da temporada: 5,5

O Catania parece que se consolidou de vez na Serie A. Os 46 pontos conquistados nesta temporada, recorde da equipe, a manteve na elite do futebol italiano pela sexta vez consecutiva – outro recorde. Desta vez, porém, quem decidiu o destino da equipe mais argentina da Serie A não foi Maxi López. Nesta temporada, La Barbie não repetiu o desempenho decisivo que teve no segundo turno da última temporada, que ajudou os etnei a arrancar na reta final de 2009-10. Marco Giampaolo se virava bem ao modificar a equipe entre o 4-3-1-2 e o 4-1-4-1, até que acabou demitido e deu lugar a Simeone, que implantou de forma quase definitiva o 4-3-1-2, que valorizava o futebol de Gómez.

Diego Simeone assumiu a equipe a três pontos da zona do rebaixamento, mas também não conseguiu fazer com que o ataque engrenasse – muito devido à venda de Mascara ao Napoli, em janeiro, e ao total sumiço de Morimoto, uma das grandes decepções de todo o torneio -, até que Bergessio, seu substituto, se adaptasse ao time e se tornasse boa opção. Afora os problemas na frente, a defesa se comportou bem – apesar dos 52 gols sofridos, o time se defendia com força de vontade e qualidade -, embora tenha faltado um volante mais marcador, já que Biagianti jogou menos do que podia quando esteve em campo, antes de se lesionar. Com Simeone, a equipe teve os pontos altos a temporada: um sonoro 4 a 0 sobre o rival Palermo, no dérbi siciliano, além de uma vitória e um empate contra Roma e Juventus, nos acréscimos.

O treinador argentino, que não seguirá na Sicília, teve também um importante trunfo de segundo tempo: Lodi, expert em cobranças de falta – marcou três gols assim no campeonato – e com ótimos passes, costumava mudar o jogo na segunda etapa. A partir de seus pés, o Catania conquistou pontos vitais para a salvezza. Vital como Alejandro Gómez, argentino responsável por armar a maior parte das jogadas do time. Destaque ainda para o brasileiro Raphael Martinho, ex-Paulista, que fez um primeiro turno louvável, mas, inexplicavelmente, teve poucas chances com Simeone. Para a próxima temporada, o diretor esportivo Giuseppe Bonanno precisa investir em um atacante que possa substituir o titular à altura. Este, quem sabe, seja o argentino Bergessio, emprestado pelo Saint-Étienne.

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