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O último a sair…

Em uma ficção que bem poderia ser realidade, Pioli diria: “Todo mundo tá saindo, presidente!”. “Fora você também!”, responderia Zamparini. E a crise só aumenta no Palermo (Getty Images)

Que apague a luz. Os “peixes grandes” já deixaram a Sicília. Salvatore Sirigu e Javier Pastore juntaram-se ao novo rico Paris Saint-Germain; o dono da lateral direita e vice-capitão, Mattia Cassani, pegou suas malas e foi para a Fiorentina, emprestado. Com a mesma modalidade, Cesare Bovo trocou o Palermo pelo Genoa. Antonio Nocerino saiu por preço equivalente ao de um pacote de amendoim e o presidente Maurizio Zamparini já admite perder Federico Balzaretti, que quer viver ao lado de sua esposa parisiense, para o Paris Saint-Germain em janeiro. Hoje, entre os principais jogadores da equipe, apenas Balzaretti e Miccoli permaneceram em La Favorita.

A situação do Palermo fica mais tensa ainda no início da temporada com a demissão de Stefano Pioli, que em menos de dois meses de trabalho conseguiu ser eliminado pelo Thun, da Suíça, na Liga Europa, e não acertou a defesa mesmo com contratações razoáveis. Sem experiência, mas motivado, Devis Mangia, da equipe Primavera, fica encarregado de comandar o time interinamente – e deve dirigi-lo na estreia na Serie A, contra a Inter. O presidente ainda sonha com a contratação de Claudio Ranieri ou com o retorno de Delio Rossi.

Para Zamparini e a torcida, os 43 milhões de euros recebidos pela venda de Pastore foram gastos com contratações que não alcançam o mesmo nível dos que deixaram o clube. Apesar da venda do craque do time para a França, foram gastos pouco mais de 3 milhões de euros a mais do que entrou no cofre rosanero. O Palermo não recebeu todo o montante pela venda de Pastore, o dinheiro de Cavani cairá na conta do clube parceladamente nos próximos quatro anos e os 5 milhões que a Fiorentina deve pagar por Cassani só chegam na próxima temporada. Até aí, tudo normal, já que o Palermo esteve acostumado, nos últimos anos, a contratar jogadores promissores a preço de banana e revendê-los com lucro. Mas isso aconteceu sobretudo com o antigo diretor esportivo, Walter Sabatini.

Com isso, quem também começa a ser questionado é Sean Sogliano, o substituto do atual diretor esportivo da Roma. E, de fato, se Tzorvas e Silvestre são boas aquisições, o mesmo não dá para falar de Barreto e Álvarez, contratados no último dia da janela, ou até mesmo de Zahavi, que chegou para a vaga do Flaco. E olha que os sonhos de mercado eram Gago e Amauri… A rigor, apenas Aguirregaray, Simon e Lores são contratações com o perfil Sabatini: jovens promissores contratados a baixo custo. Em breve, Sogliano irá se chocar com o presidente. Vai encarar o braço de ferro?

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