Serie A

Parada de Inverno: Genoa

Rodrigo Palacio já vai para a segunda temporada de completo protagonismo no Genoa (AP Photo)

Campanha
10ª posição. 16 jogos, 21 pontos. 6 vitórias, 3 empates, 7 derrotas. 19 gols marcados, 24 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 2, da 3ª à 4ª rodada
Maior sequência de derrotas: 2 (duas vezes), da 5ª à 6ª rodada e da 13ª à 14ª rodada
Maior sequência de invencibilidade: 3, da 2ª à 4ª rodada
Maior sequência sem vencer: 4, da 5ª à 8ª rodada
Artilheiro: Rodrigo Palacio, 6 gols
Fair Play: 39 amarelos, 3 vermelhos
Time-base
Frey; Mesto, Kaladze (Granqvist), Dainelli, Moretti (Antonelli, Kaladze); M. Rossi, Miguel Veloso, Kucka (Merkel); Jorquera (Constant); Palacio, Pratto (Caracciolo).
 
Técnico
Alberto Malesani, da 1ª à 16ª rodada; Pasquale Marino, daqui para frente. Nas 16 rodadas em que esteve à frente do Genoa, Malesani optou, na maioria das vezes, pelo 4-3-1-2 e, em algumas situações, pelo 3-5-2 (na realidade, um 5-3-2 sem a bola), com objetivo de liberar Mesto e Rossi pelas alas. Porém, mesmo com um elenco que tem boas alternativas ofensivas, o treinador não conseguiu montar uma equipe com um ataque efetivo e, para piorar, a defesa tem um rendimento ainda pior: está entre as quatro mais vazadas da Serie A 2011-12. Malesani acabou demitido após a vexatória derrota por 6 a 1 contra o Napoli, na última rodada antes do recesso. Para a sequência da disputa chega Pasquale Marino, conhecido por montar seus times quase sempre em um 4-3-3 super-ofensivo. A defesa deve continuar sofrendo muitos gols, mas a esperança é de que o ataque comece a funcionar.
Destaque
Rodrigo Palacio. O ex-jogador do Boca Juniors é, mais uma vez, o maior destaque em Gênova. O camisa 8 grifone é o artilheiro da equipe na Serie A, com seis gols, e também lidera o Genoa em assistências, com quatro passes decisivos. No ano passado, durante todo o campeonato foram nove gols e oito assistências. Se a situação do ataque da equipe já é ruim, sem Palacio o panorama seria muito pior. Além do atacante argentino, o volante Miguel Veloso, em sua segunda temporada na Itália, parece adaptado. Neste ano, participou dos 16 jogos da equipe no campeonato, contribuiu com dois gols e, mesmo atuando na marcação, só recebeu dois cartões amarelos. O meia-atacante chileno Jorquera vem tendo bom desempenho e é a surpresa rossoblù. O goleiro Frey, apesar de sofrer muitos gols, também tem feito ótimas atuações.
Decepção
Kévin Constant. O veloz trequartista chegou ao Genoa por aproximadamente sete milhões de euros, credenciado de uma boa campanha na última temporada com o Chievo. Mesmo encontrando o 4-3-1-2, com que estava acostumado a atuar em Verona, o guineense não se saiu bem e não conseguiu se firmar entre os titulares rossoblù. Porém a opção de Malesani de usá-lo mais atrás e não como meia-atacante (função que exerceu bem no clube anterior) atrapalhou bastante seu desempenho, que esteve bem abaixo da expectativa criada. Com o novo treinador, a esperança é que Constant reencontre seu melhor futebol e honre o valor que foi investido para a sua contratação. O malinês lidera uma série de flops do mercado grifone: desde a escassez de gols de Zé Eduardo e Caracciolo (apenas o italiano marcou; e o brasileiro só jogou quatro partidas) ao não-aproveitamento de Ribas (artilheiro da última segundona francesa pelo Dijon), ao barramento do talentoso esloveno Birsa e às poucas partidas do zagueiro Bovo, que era capitão do Palermo e não tem nem mesmo fardado rossoblù.
Perspectiva
Meio da tabela. O sonho europeu parece fadado a mais uma vez ser adiado. Já são 12 pontos de desvantagem em relação ao sexto posto, que dá vaga à Liga Europa. Porém, o presidente Enrico Preziosi parece ainda não ter desistido de alcançar a classificação à uma competição europeia. Logo após a chegada do novo treinador ele prometeu: “Ou Boriello, ou Gilardino ou Amauri. Um deles será nosso atacante na segunda parte do campeonato”. Se os grifoni realmente conseguirem trazer um deles, com certeza terão um ataque poderoso e uma ótima opção para atuar centralizada no tridente ofensivo de Marino. Mas, se o presidente ainda sonha com a vaga na Liga Europa, ele deve voltar seus olhos à defesa, que também precisa de ajustes – não apenas reparados através do mercado, mas pelo posicionamento tático.
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