Serie A

Parada de Inverno: Juventus

Na melhor temporada de sua carreira, Marchisio vira artilheiro e ajuda a Juve a brigar pelo título (Juventus.com)

Campanha
2ª posição. 16 jogos, 34 pontos. 9 vitórias, 7 empates, nenhuma derrota. 27 gols marcados, 11 sofridos.
Maior sequência de vitórias: 3, da 12ª à 14ª rodada
Maior sequência de derrotas: –
Maior sequência de invencibilidade: 16, da 1ª à 16ª rodada
Maior sequência sem vencer: 2, duas vezes. Da 4ª à 5ª rodada e da 7ª à 8ª rodada
Artilheiros: Alessandro Matri e Claudio Marchisio, ambos com 6 gols
Fair play: 31 amarelos, 2 vermelhos

Time-base
Buffon; Lichtsteiner, Barzagli, Bonucci, Chiellini; Vidal, Pirlo, Marchisio; Pepe, Matri, Vucinic (Del Piero).

Treinador
Antonio Conte. O ex-jogador e ídolo juventino voltou ao clube para tentar recuperar o lugar do time entre os grandes do futebol italiano, posto perdido por causa dos insucessos pós-calciopoli. Ele chegou em Turim com pouca experiência no currículo (apenas dois bons trabalhos na Serie B), mas muita identificação com a torcida e a promessa de colocar a Juve jogando para frente. O 4-2-4 do treinador, porém, não deu certo e, ao longo da temporada, Conte teve que se adaptar e mudar de esquema. Mostrando que não é homem de uma tática só, colocou a equipe em um 4-3-3, que às vezes muda para um 4-1-4-1, e deu consitência à Juventus: o time tem o segundo melhor ataque e a segunda melhor defesa da competição. Se a Juventus é o único time invicto na competição, os méritos são de Conte, que impôs seu estilo e não aceita jogar fazendo corpo mole.

Destaque
Claudio Marchisio. Depois de pelo menos dois anos executando papeis de coadjuvante, Marchisio finalmente consegue mostrar seu futebol e é o grande destaque da Juventus até aqui. Com boa técnica para tocar a bola e velocidade para conduzir o time ao ataque, o jogador é de extrema importância nas jogadas ofensivas da equipe. Os números não mentem: ao lado de Matri, Marchisio é o artilheiro do time, com seis gols. O veterano Pirlo também vem fazendo grande campeonato e surpreende até os mais otimistas. Ninguém esperava que o ex-milanista fosse voltar a jogar em nível tão alto e sua contratação a custo zero chegou a ser questionada antes do início do campeonato. Com passes açucarados, ele é o líder de assistência do time.

Decepção
Milos Krasic. É impressionante a queda de rendimento do sérvio neste ano de 2011. Durante a primeira parte da última temporada, Krasic era o grande nome da Juventus e todas as boas jogadas do time passavam por seus pés. A comparação com Nedved era constante e não era só por causa dos cabelos loiros. Desde o início deste ano, porém, o jogador é dono de uma curva descendente inexplicável. Ainda na temporada passada, seu desempenho caiu muito, mas a explicação podia ser o baixo rendimento coletivo da equipe. Nesta primeira metade de campeonato, porém, ele voltou a decepcionar. Com a chegada de Conte, as condições para ele recuperar seu bom futebol eram ideais: o técnico queria um ala bem ofensivo para atuar no seu 4-2-4 e apostou em Krasic. As péssimas atuações do sérvio, no entanto, fizeram com que Conte o sacasse do time e tivesse que mudar de esquema. Em algumas ocasiões, nem no banco Krasic ficou. Como diria o narrador Milton Leite, “Que fase!” 

Perspectiva
Título. Fora da Liga dos Campeões e da Liga Europa, a Juventus tem todas as suas atenções voltadas para o Campeonato Italiano. E esse talvez seja o maior trunfo da Velha Senhora contra o atual campeão, Milan. A equipe de Milão tem um grupo mais forte, mas tem que se dividir entre Serie A e Liga dos Campeões, o que, de um modo ou de outro, desgasta mais os jogadores. Mas não é só isso. Até aqui, a equipe de Conte se mostrou mais sólida na defesa e sofreu menos gols do que o Milan. Se melhorar a pontaria e parar de empatar tantos jogos (é o time com mais empates na competição até aqui, sete), pode incomodar os rivais na busca pelo bicampeonato. As movimentações no mercado de janeiro podem ajudar a fortalecer o grupo. O principal objetivo do clube neste mercado, porém, é a dispensa de jogadores como Grosso, Amauri, Toni e Iaquinta.

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