Liga dos Campeões

A muralha de Milão

Surpreendente, Antonini foi um dos grandes pilares da defesa rossonera (Uefa)

O Milan tem dois pilares no time: Thiago Silva na defesa e Ibrahimovic no ataque. Quando o brasileiro se lesionou no confronto contra a Roma, no último final de semana, boa parte da torcida ficou atônita pensando como poderiam segurar Messi sem seu grande zagueiro. A solução do técnico Massimiliano Allegri foi a volta do experiente Nesta, que não atuava desde o dia 1º de fevereiro para formar a dupla com Mexès. Nas laterais, ao invés de Zambrotta e Mesbah, dupla utilizada contra a Roma, o treinador preferiu empregar Bonera e promover a volta de Antonini.

As soluções de Allegri deram, quem diria, resultado: se, das duas últimas vezes que visitou San Siro, marcou dois gols, dessa vez passou em branco. Foi a primeira vez em 30 jogos na Liga dos Campeões que o Barcelona  não marcou sequer um golzinho.

De início a defesa não foi tão exigida, afinal quem começou melhor foi o Milan. Robinho, mais um que voltava de contusão, desperdiçou uma chance clara com dois minutos e aos 19, foi a vez de Ibra desperdiçar boa chance, chutando fraco na saída de Valdés, que agarrou firme após sair do gol com competência.

O Barcelona foi se soltando no jogo e rapidamente a posse de bola começou a ser quase que completamente blaugrana. Só que em toda chegada do time espanhol a defesa milanista, bem postada, não dava espaços. Na melhor chance, Alexis Sánchez foi travado por Antonini, depois de partir em velocidade e quase ganhar do lateral. O camisa 77 aliás, fez uma de suas melhores apresentações pelo rubronegro de Milão. No segundo tempo, travou também uma bola crucial chutada por Tello, em uma das melhores chances do time de Messi.

Quem também jogou muito bem foi Bonera. Muito criticado e principal ponto de instabilidade da equipe, fez uma das melhores partidas de sua carreira. Se as ótimas atuações de Antonini e Bonera foram surpresa, a  liderança de Nesta no centro da zaga não foi novidade. Mesmo sem ritmo de jogo, o zagueiro se doou completamente à equipe e fez ótima partida. Tanto é que, mesmo tentando sufocar, o Barcelona só conseguiu chegar por duas vezes. A primeira em chute de Messi, defendido por Abbiati e em uma cabeçada de Puyol que não assustou tanto.

Um ataque certo e o Milan poderia matar o jogo, mas Ibrahimovic, muito isolado no ataque, pouco pode fazer. As chegadas de Nocerino, ponto forte do time na temporada não deram resultados pois o meio-campista parecia um tanto quanto assustado no jogo. Boateng, também retornando ao time, não foi nem sombra do gigante que foi no primeiro jogo ante o Arsenal.

Quando Nesta saiu lesionado, pouco depois da metade do segundo tempo, a defesa do Milan mudou completamente: Mesbah entrou na lateral esquerda, e Antonini foi para o lado inverso. No centro da zaga, Bonera fez o lado direito e Mexès, que ocupava o setor, foi para o lado esquerdo. Mais vulnerável na defesa, o Milan precisava adiantar a marcação e tentar manter a posse de bola no ataque. Assim, foram importantíssimas as participações de El Shaarawy e Emanuelson, que ajudaram a equipe a manter a bola longe da zaga.

Sem marcar e com o time combalido lá atrás, o jeito foi se contentar com o placar, que, afinal não foi dos piores. Outra igualdade na próxima terça-feira, com gols, dá a vaga aos rossoneri. Se mantiver a mesma solidez defensiva, o Milan tem boas chances de engrossar o caldo catalão e seguir para as semifinais.

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1 Comentário

  • Torcerei pelo Milan pois acho mais bonito o futebol de Robinho, Ibrahimovic, Seedorf e cia. São mais competitivos e engajados.

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