Serie A

Review da temporada: Catania

O Catania de Montella surpreendeu,  bateu recordes e fez história (Getty Images)

A campanha: 11ª colocação, 48 pontos. 11 vitórias, 15 empates, 12 derrotas

Ao final de 2011: 8ª colocação

Fora da Serie A: Eliminado no quarto turno eliminatório da Coppa Italia pelo Novara

O ataque: 47 gols

A defesa: 52 gols

Time-base: Andújar (Carrizo); Bellusci, Legrottaglie, Spolli, Marchese; Almirón, Lodi, Izco; Gómez, Bergessio, Barrientos

Os artilheiros: Francesco Lodi (9 gols), Gonzalo Bergessio (7) e Nicola Legrottaglie (5)

Os onipresentes: Francesco Lodi (37 jogos), Alejandro Gómez e Gonzalo Bergessio (34) e Giovanni Marchese (33)

O técnico: Vincenzo Montella

O decisivo: Francesco Lodi

A decepção: David Suazo

A revelação: Alejandro Gómez

O sumido: Ciro Capuano

Melhor contratação: Gonzalo Bergessio

Pior contratação: David Suazo

Nota da temporada: 7

A equipe siciliana, que sempre figurava na parte de baixo da tabela, conseguiu fazer sua melhor campanha desde que voltou à Serie A, na temporada 2006-07. Foi uma temporada de muitos recordes batidos: o Catania superou também o número de pontos conquistados e de gols feitos em suas participações na máxima série. Os etnei surpreenderam e terminaram o campeonato na 11ª posição, vencendo clubes como Inter, Napoli e Lazio, e tirando pontos de Juventus, Milan e Roma. A equipe beirou por muito tempo a zona de classificação para a Liga Europa , mas acabou perdendo fôlego na reta final do campeonato, depois que conquistou a salvezza matemática.

O técnico Montella alternou entre o 3-5-2 e o ofensivo 4-3-3, fazendo a equipe jogar ofensivamente e usando da melhor forma as peças que tinha à disposição. O ex-romanista deu personalidade ao time, que mesmo com um elenco bem limitado esteve entre os mais duros adversários da Serie A, capaz de levar perigo a qualquer equipe. O belo desempenho do quase estrenate treinador (havia apenas dirigido a Roma em alguns jogos da última temporada, após a saída de Claudio Ranieri) o coloca entre os melhores técnicos jovens da Itália. Arrependida de tê-lo demitido em favor da chegada de Luis Enrique, a Roma já pensa em contratá-lo novamente.

Se no banco Montella fez milagres, dentro das quatro linhas Lodi foi o grande destaque. O camisa 10 marcou nove gols e deu sete assistências, regendo a equipe no meio-campo. O experiente Legrottaglie renasceu: de contratação contestável a um dos grandes nomes da temporada, liderou a defesa e ainda balançou as redes adversárias cinco vezes. A instabilidade no gol, depois que Andújar deu declarações infelizes e deixou o time em janeiro, não chegou a atrapalhar a equipe. Apesar de ter usado cinco goleiros diferentes no ano, o Catania passou longe de ter sido das piores defesas do campeonato. Para a próxima temporada, os sicilianos tem grandes desafios: o primeiro é substituir o diretor esportivo Pietro Lo Monaco, artífice de todas as temporadas que a equipe permaneceu na elite, por seu ótimo olho para jogadores e técnicos. Sem Lo Monaco, que deve ir para o Genoa, o time seguirá fazendo boas contratações?

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