Seleção italiana

Em Milão, volta triunfal

Pirlo e De Rossi comemoram: o meio-campo é a alma da seleção italiana (AP Photo)

Cesare Prandelli continua trocando as peças da seleção. Os testes, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, seguem dando certo: a Itália venceu a Dinamarca por 3 a 1, em jogo que marcou o retorno da seleção ao San Siro. A Squadra Azzurra não jogava no estádio de Milão desde 2007.

Sobrou apenas Barzagli da zaga que encarou a Armênia, no fim da semana anterior. Buffon não se recuperou de lesão e deu lugar a De Sanctis; Abate, Chiellini e Balzaretti ganharam as vagas de Maggio, Bonucci e Criscito, respectivamente. Tamanha quantidade de trocas defensivas fizeram com o time sofresse nos minutos iniciais – sobretudo nos contra-ataques, com Bendtner, Eriksen e Krohn-Delhi.

Mas a Itália mostrou, também, parte daquele futebol envolvente da Euro 2012. Aos poucos, Pirlo e Montolivo tomaram conta do meio-campo. O meia do Milan acertou um chutaço de fora da área para abrir os trabalhos. Minutos depois, Pirlo fez ótima jogada pela direita e cruzou na cabeça de De Rossi, que escorou para a rede – foi o terceiro gol de cabeça do romanista pela seleção desde o fim da Euro. Em ambos os lances, Andersen nem tentou espalmar. Antes do intervalo, Kvist, com um ótimo voleio, diminuiu o resultado, dando um pouco mais de justiça ao placar.

Aos 16 segundos da etapa final, Osvaldo foi expulso após atingir Stokholm com um soco, mostrando que muitas vezes se descontrola por bobagem. Com um jogador a menos, a Itália procurou matar o jogo num contragolpe. E conseguiu antes dos dez minutos: com grande lançamento de Pirlo, Balotelli dividiu com Andersen, que saiu mal do gol, e marcou o terceiro. A Dinamarca, no restante da partida, apenas procurou Bendtner com chuveirinho, porém, nada conseguiu.

Quem perdeu muita moral com Prandelli foi Giovinco. O atacante perdeu a vaga na equipe após atuação fraquíssima contra a Armênia e, provavelmente, não deve voltar para o time tão cedo, a não ser que alguém se lesione. O técnico acha que não é certo colocá-lo ao lado de Osvaldo, e Balotelli, com uma boa apresentação, ratificou sua titularidade. O atacante do Manchester City fez, inclusive, uma partida muito tática e guerreira, marcando muito bem em cobranças de escanteio e ajudando a recompor a zaga.

A Nazionale chegou a 10 pontos em quatro jogos, permanecendo invicta. De quebra, abriu quatro pontos de vantagem para a vice-líder Bulgária, no Grupo B. A seleção volta a jogar pelas Eliminatórias em março, contra Malta, lanterna. Antes, a Squadra Azzurra tem dois amistosos de peso, contra França e Holanda.

Ficha do jogo: Itália 3-1 Dinamarca
Itália (4-3-1-2): De Sanctis; Abate, Barzagli, Chiellini, Balzaretti; De Rossi, Pirlo, Marchisio (Candreva); Montolivo (Giaccherini); Balotelli (Destro), Osvaldo. A disposição: Viviano, Sirigu, Bonucci, Ranocchia, Criscito, Maggio, Verratti, Diamanti, Gilardino, Giovinco.
Técnico: Cesare Prandelli

Dinamarca (4-2-3-1): Andersen; Jacobsen, Kjaer, Agger, Silberbauer (Lorentzen); Stokholm, Kvist (Kahlenberg); Rommedahl, Eriksen, Krohn-Dehli (J Poulsen); Bendtner.
Técnico: Morten Olsen

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