Listas

Os 10 maiores ibéricos do futebol italiano

Espanhóis e portugueses quase sempre tiveram a sina de decepcionar quando chegavam à Velha Bota. Poucos jogadores oriundos da Península Ibérica conseguiram obter grandes resultados no futebol italiano, talvez por causa do estilo de jogo, talvez por problemas de adaptação – por isso, unimos as duas escolas em uma única lista. No total, 54 espanhóis e 48 portugueses jogaram na Serie A, e a maioria deles nem de longe convenceu. Boa parte foi contratada apenas para compor elenco, mas alguns que poderiam ser estrelas foram mal.

A lista de decepções é grande. O maior flop de todos é, sem dúvida, o meia espanhol Gaizka Mendieta, que chegou à Lazio por 48 milhões de euros – contratado ao Valencia, foi o sexto mais caro jogador do mundo, à época. O basco não jogou nada bem e fez apenas 20 partidas com a camisa celeste. Outros jogadores que foram mal, entre os espanhóis, são Iván Helguera (Roma), Iván De la Peña (Lazio), Javier Farinós (Inter), Javi Moreno (Milan), José Mari (Milan) e Bojan Krkic (Roma e Milan). Por outro lado, os meias Víctor Múñoz e Rafael Martín Vázquez (Sampdoria e Torino, respectivamente), além do goleiro Pepe Reina (Napoli) foram benquistos em seus anos italianos.

Já entre os portugueses, nenhum jogador decepcionou mais do que o meia-atacante Ricardo Quaresma, que também foi contratado a peso de ouro pela Inter, mas não rendeu nem um terço do esperado pela equipe de José Mourinho. Outros jogadores que passaram por fases negativas na Itália foram o atacante Paulo Futre (Reggiana e Milan), o defensor Abel Xavier (Bari e Roma), o zagueiro Jorge Andrade (Juventus) e o volante Costinha (Atalanta), que mal jogaram por seus clubes. O atacante Nuno Gomes (Fiorentina), o volante Maniche (Inter) e o lateral Dimas (Juventus), tiveram passagens regulares.

Alguns deles, porém, quebraram esse estigma e se tornaram ídolos na Serie A, como é o caso dos craques que o Quatro Tratti lista logo abaixo.

Critérios
Para montar as listas, o Quattro Tratti levou em consideração a importância de determinado jogador na história dos clubes que defendeu, qualidade técnica do atleta versus expectativa, identificação com as torcidas e o dia a dia do clube (mesmo após o fim da carreira), grau de participação nas conquistas, respaldo atingido através da equipe, desempenho por seleções nacionais e prêmios individuais. Listas são sempre discutíveis, é claro, e você pode deixar a sua nos comentários!

Observação: Hoje, 16 espanhois e cinco portugueses atuam por clubes italianos. Nenhum foi considerado neste ranking, pelo curto período defendendo seus clubes. Os maiores destaques falam castelhano e jogam em Nápoles, Turim, Milão e Florença: os meias Borja Valero e Joaquín (Fiorentina), os atacantes Fernando Llorente e Álvaro Morata (Juventus), o goleiro Diego López (Milan) e o atacante José Callejón (Napoli). Os espanhóis de origem africana Keita Baldé (Lazio) e Pedro Obiang (Sampdoria) pedem passagem, assim como o português Bruno Fernandes (Udinese).

Top 10 Ibéricos na Itália

10º – Josep Guardiola

Posição: meio-campista
Clubes em que atuou: Brescia (2001-02 e 2003) e Roma (2002-03)
Títulos conquistados: nenhum
Prêmios individuais: nenhum

Depois de vencer praticamente tudo com o Barcelona, Pep decidiu rumar para a Itália em busca de uma nova aventura com o Brescia, treinado pelo folclórico Carlo Mazzone. O meio-campista, considerado um dos melhores de sua geração, continuou fazendo boas partidas e sendo sempre o dono da meia-cancha, graças a seu posicionamento e sua visão de jogo única. A boa temporada, entretanto, foi interrompida por uma punição de uma substância proibida, a nandrolona, detectada em um exame antidoping, que o afastou dos gramados por quatro meses. Anos depois, mesmo após ter cumprido a suspensão, Guardiola foi declarado inocente.

Após a experiência com o clube lombardo, Guardiola foi contratado pela Roma, mas não obteve sucesso na capital, jogando muito pouco. Retornou, então, ao Brescia, onde voltou a ser companheiro de Roberto Baggio, com quem dividiu a liderança do time e até a faixa de capitão em alguns momentos. Nos dois anos em que Baggio e Guardiola jogaram juntos, o time rodinelle conseguiu a segunda melhor classificação na história: um nono lugar em 2003.

9º – Rui Barros

Posição: meio-campista
Clube em que atuou: Juventus (1988-90)
Títulos conquistados: Coppa Italia (1989-90) e Copa Uefa (1989-90)
Prêmios individuais: Jogador português do ano (1988)

O baixinho de 1,59m surgiu nas categorias de base do Porto e, após um ou outro empréstimo, conseguiu se firmar no time profissional, sendo elemento determinante para a conquista da dobradinha Campeonato-Copa na temporada de 1987-88, além de vencer também o Mundial Interclubes e a Supercopa Europeia. Foi aí que ele despertou o interesse da Juventus que, à época, contratou-o por 7,5 bilhões de liras.

Na Juve treinada por Dino Zoff, continuou a boa fase e marcou quinze gols em seu primeiro ano como bianconero. Inteligente e velocíssimo, Rui Barros sempre encontrava espaço para penetrar na área adversária e raramente desperdiçava chances na cara do gol, tendo um comportamento de centroavante frente aos goleiros. Na temporada seguinte, conquistou mais uma dobradinha — a Coppa Italia e a Copa Uefa — mas despediu-se da Velha Senhora ao final da época, vítima de uma reformulação no clube. Passou ainda por Monaco e Olympique de Marselha antes de retornar ao Porto, onde foi pentacampeão nacional e encerrou a carreira.

8º – Sérgio Conceição

Posição: meio-campista
Clubes em que atuou: Lazio (1998-2000 e 2004), Parma (2000-01) e Inter (2001-03)
Títulos conquistados: Serie A (1999-2000), Coppa Italia (1999-2000 e 2003-04), Supercopa Italiana (1998), Recopa Uefa (1998-99) e Supercopa Uefa (1999)
Prêmios individuais: nenhum

Após se destacar também no Porto e ser eleito melhor jogador do Campeonato Português em 1998, Conceição desembarcou na Itália, contratado pela Lazio milionária do seu xará Cragnotti, Em sua primeira partida oficial pelo novo clube, marcou, nos acréscimos do segundo tempo, o gol que deu aos romanos o título da Supercopa contra a Juventus em Turim. Daí para o português cair nas graças da torcida foi um passo. O treinador Sven-Göran Eriksson lhe confiou a faixa direita do meio-campo, onde ele viveu duas temporadas fantásticas, conquistando, ao todo, cinco títulos.

Em 2000, porém, o camisa 7 foi envolvido na negociação que levou o artilheiro Hernán Crespo para a Lazio e rumou para o Parma. Em solo emiliano, disputou uma temporada discreta, partindo para a Inter ao final do campeonato. Permaneceu por dois anos em Milão, onde não conseguiu muito espaço, também devido a uma lesão. Em 2003, retornou à Lazio, mas deixou novamente o clube cinco meses depois, quando foi cedido ao Porto.

7º – Paulo Sousa

Posição: meio-campista
Clubes em que atuou: Juventus (1994-96), Inter (1998-99) e Parma (2000)
Títulos conquistados: Serie A (1994-95), Coppa Italia (1994-95), Supercopa Italiana (1995) e Liga dos Campeões (1995-96)
Prêmios individuais: nenhum

Paulo Sousa jogou no Benfica e no Sporting, dois dos maiores clubes de Portugal, antes de chegar à Juventus, em 1994. Viveu dois anos gloriosos na equipe bianconera, fazendo parte do time que venceu Campeonato, Copa e Supercopa em 1995. Titular e peça importante do meio-campo na formação de Marcello Lippi, o camisa 6 formava um trio de qualidade com Antonio Conte e Didier Deschamps.

Mas o ápice de Sousa na Juve viria em sua segunda temporada, com a conquista da Liga dos Campeões sobre o Ajax. Repetiu o feito com o Borussia Dortmund no ano seguinte e retornou para a Itália em 1998, agora para defender as cores da Inter. O jogador, porém, não repetiu o sucesso de sua primeira passagem pela Velha Bota, pois já vinha sofrendo com muitas lesões e não se firmou em Milão, sendo cedido ao Parma após um ano, mas permanecendo apenas meia temporada com os gialloblù.

6º – Joaquín Peiró

Posição: atacante
Clubes em que atuou: Torino (1962-64), Inter (1964-66) e Roma (1966-70)
Títulos conquistados: Serie A (1964-65 e 1965-66), Coppa Italia (1968-69), Copa dos Campeões (1964-65), Copa Intercontinental (1964 e 1965)
Prêmios individuais: artilheiro da Coppa Italia (1963-64)

Nascido na capital espanhola, Joaquín Peiró (à direita, na imagem) se destacou ainda muito jovem no Atlético de Madrid, onde conquistou a Recopa Europeia de 1962, contra a Fiorentina, marcando inclusive um gol em cada partida da final. Quase imparável devido à sua grande velocidade, o ponta-esquerda despertou o interesse do Torino. Com a equipe granata, Peiró fez uma primeira temporada fraca, mas em seguida recuperou o bom futebol, tanto que foi cedido à Inter de Helenio Herrera, em 1964. Em Milão, encontrou seu compatriota Luis Suárez (à esquerda na foto) e fez parte da Grande Inter que venceu uma Copa dos Campeões duas Copas Intercontinentais e duas Serie A.

Na semifinal do torneio europeu, o espanhol foi personagem de um lance curioso: enquanto o goleiro do Liverpool quicava a bola no chão para ganhar tempo, o camisa 9, espertamente, roubou-a com o pé esquerdo e só teve o trabalho e empurrá-la para as redes vazias. Apesar de muita reclamação, o gol foi validado. O lance foi decisivo para a classificação da Beneamata à final, já que os ingleses haviam vencido o jogo de ida e a Inter conseguiu a virada. Apesar das boas atuações, a concorrência no elenco interista era forte. Na época, ainda não se realizavam substituições durante as partidas, e havia uma regra em que as equipes italianas só podiam utilizar dois estrangeiros por jogo – na Inter, o espanhol Suárez e o brasileiro Jair da Costa eram titulares. Assim, o hispânico decidiu rumar para a Roma em 1966. Com a camisa giallorossa, Peiró voltou a ter grandes momentos, como a Coppa Italia de 1969, que venceu praticamente sozinho. Chegou a ser capitão da equipe da capital, onde permaneceu por quatro anos até encerrar a carreira.

5º – Fernando Couto

Posição: zagueiro
Clubes em que atuou: Parma (1994-96 e 2005-08) e Lazio (1998-2005)
Títulos conquistados: Serie A (1999-2000), Coppa Italia (1999-2000 e 2003-04), Supercopa Italiana (1998 e 2000), Copa Uefa (1994-95), Recopa Uefa (1998-99) e Supercopa Uefa (1999)
Prêmios individuais: nenhum

Fernando Couto já era um colosso da defesa do Porto quando, em 1994, foi contratado pelo Parma, equipe que à época batia de frente com os grandes da Itália. O defensor de cabelos fartos e boa estatura tinha também um ótimo senso de posicionamento, o que fazia dele uma grande arma no jogo aéreo, tanto defensiva como ofensivamente. Logo em seu primeiro ano com os emilianos, conquistou a Copa Uefa, mas na temporada seguinte não conseguiu manter o nível e, em 1996, foi cedido ao Barcelona.

Após duas temporadas na Espanha, Couto retornou à Velha Bota, agora para defender a Lazio, que o contratou junto com Iván De La Peña – que se tornaria um dos inúmeros flops espanhóis no futebol italiano. No clube biancoceleste, o português fez parte de uma das melhores defesas da Europa, tendo como companheiros atletas do calibre de Nesta e Mihajlovic. Em sete temporadas com a águia sobre o peito, o beque conquistou sete títulos, incluindo um scudetto. Apesar de ter ficado marcado por alguns momentos de descontrole, foi capitão no final de sua passagem. Retornou ao Parma em 2005 e se aposentou após três temporadas.

4º – Luis del Sol

Posição: meio-campista
Clubes em que atuou: Juventus (1962-70) e Roma (1970-72)
Títulos conquistados: Serie A (1966-67), Coppa Italia (1964-65) e Eurocopa (1964)
Prêmios individuais: nenhum

Revelado pelo Betis e com ótimos momentos no Real Madrid (pelos Merengues, venceu a Copa dos Campeões e a Copa Intercontinental), Del Sol passou na Juventus a maior parte da sua carreira. Cobrindo todos os espaços do meio-campo com muito fôlego, o espanhol era o grande “motor” da Vecchia Signora e o principal responsável pela distribuição do jogo. Uma espécie de regista à moda antiga. Em oito temporadas no Piemonte, foi bastante regular, jogando sempre em alto nível. Apesar de tudo, venceu apenas um scudetto e uma Coppa Italia, pois o período da Juve não era dos melhores. Ademais, a Serie A tinha, à época, o domínio da Inter, com algumas inserções do Milan.

Aos 35 anos, passou a defender as cores da Roma, onde jogou por duas temporadas. Ainda que a sua idade fosse avançada, Del Sol manteve uma boa condição física e não decepcionou na capital, conquistando os torcedores da Maggica e a braçadeira de capitão.

3º – Rui Costa

Posição: meio-campista
Clubes em que atuou: Fiorentina (1994-2001) e Milan (2001-06)
Títulos conquistados: Serie A (2003-04), Coppa Italia (1995-96, 2000-01 e 2002-03), Supercopa Italiana (1996 e 2004), Liga dos Campeões (2002-03) e Supercopa Uefa (2003)
Prêmios individuais: nenhum

Descoberto ainda criança por Eusébio, Rui Costa passou por todas as etapas das categorias de base do Benfica, onde jogou até 1994, até ser comprado pela Fiorentina. Dotado de uma técnica finíssima, era o principal responsável por municiar o artilheiro Batistuta. Com a Viola, o Maestro conquistou duas Coppa Italia e uma Supercopa, além de levar o time à Liga dos Campeões. Depois da saída de Batigol, em 2000, jogou sua última temporada com a braçadeira de capitão, conquistado a sua segunda copa nacional. Foi vendido para tentar salvar (sem sucesso) a Fiorentina da falência. Até hoje, é um dos 20 maiores artilheiros da história do clube.

No Milan, porém, foi onde Rui Costa conquistou seus maiores títulos, jogando tão bem quanto em Florença. Apesar de marcar poucos gols, o lisboeta compensava com suas assistências sempre na medida para os atacantes. Ao todo, foram impressionantes 65 passes para gol em sua passagem pelo rossonero, com o qual chegou ao topo da Itália e da Europa. Na conquista da Liga dos Campeões, em 2003, se destacou por ter dado todas as assistências na goleada por 4 a 0 sobre o Deportivo La Coruña, em plena Espanha, e por ter efetuado lindo lançamento, de 60 metros, para Shevchenko violar as redes do Real Madrid. O craque foi ofuscado por Kaká em seus últimos dias de Milan, mas é lembrado até hoje como um dos grandes camisas 10 que passaram pelo Diavolo.

2º – Luís Figo

Posição: meio-campista
Clube em que atuou: Inter (2005-09)
Títulos conquistados: Serie A (2005-06, 2006-07, 2007-08 e 2008-09), Coppa Italia (2005-06) e Supercopa Italiana (2005, 2006 e 2008)
Prêmios individuais: inserido na seleção da Copa do Mundo de 2006 e na lista Fifa 100

Figo chegou à Inter em 2005 após cinco temporadas no Real Madrid e sob muita expectativa. Afinal, quem era Figo? Um multicampeão, que conquistou quase todos os títulos que disputou, e com uma Bola de Ouro e o prêmio de melhor do mundo pela Fifa. Um dos maiores craques dos tempos recentes do futebol, que chegava na Itália para um desafio no final de sua carreira – quando chegou a Milão, tinha 32 anos. No entanto, a trajetória italiana de Figo poderia ter começado bem antes. Em 1995, quando atuava pelo Sporting, ele assinou contrato com Juventus e Parma, o que gerou uma disputa judicial e o impedimento de que ele firmasse por qualquer clube italiano em dois anos. O português fechou com o Barcelona, fez história na Catalunha, passou ao Real Madrid e o resto é história.

Em Milão, o português começou com a corda toda. Venceu na primeira temporada, a Supercopa, a Coppa Italia e, após as sentenças do Calciopoli, viu a Inter ficar também com o scudetto. Na temporada seguinte, a Inter perdia a Supercopa para a Roma por 3 a 0. Na prorrogação, depois que a Beneamata havia conseguido milagroso empate, um gol do português, de falta, definiu o título. No entanto, Figo dividia a titularidade com Vieira e Stankovic, e quase deixou a equipe rumo à Arábia Saudita, o que fez a torcida, no último jogo de 2006-07, demonstrar todo o carinho pelo jogador, pedindo que ele batesse um pênalti contra o Torino e a sua permanência. Figo teve seus desentendimentos com o técnico Roberto Mancini, que, junto a algumas lesões (a mais grave, em falta violenta de Nedved, em tenso dérbi contra a Juventus), atrapalharam seu rendimento. Um dos episódios mais famosos foi quando ele se recusou a entrar em campo em uma partida contra o Liverpool. A chegada de José Mourinho, em 2008, foi um dos motivos da permanência do camisa 7, que, apesar de tudo, ainda tinha seus momentos brilhantes. Sua técnica refinada e visão de jogo acima da média, aliada a uma grande precisão nos passes e chutes, ajudaram a Inter a conquistar quatro de seus cinco scudetti consecutivos. Hoje, Figo permanece ligado aos nerazzurri, como dirigente.

1º – Luis Suárez

Posição: meio-campista
Clubes em que atuou: Inter (1961-70) e Sampdoria (1970-73)
Títulos conquistados: Serie A (1962-63, 1964-65 e 1965-66), Copa dos Campeões (1963-64 e 1964-65) Copa Intercontinental (1964 e 1965) e Eurocopa (1964)
Prêmios individuais: nenhum

Contratado pela Inter após vencer o prêmio Bola de Ouro no Barcelona, Suárez reencontrou na Itália seu ex-treinador Helenio Herrera. Chegando com a pompa de ser o jogador mais caro do mundo, à época, ele foi protagonista da Grande Inter que conquistou a Europa e o mundo duas vezes. Em nerazzurro, o espanhol foi reinventado pelo “Mago” Herrera, que o colocou para jogar mais recuado, como regista. Seu futebol não perdeu a qualidade e, na verdade, Suárez mostrou grande inteligência e habilidade para se adaptar em um momento já avançado na carreira – tinha 26 anos. Seus lançamentos longos eram uma grande arma para os contra-ataques quando se tinha na frente jogadores como Jair da Costa, Sandro Mazzola e Mario Corso.

Até hoje considerado um dos melhores da sua posição, Luis Suárez defendeu a Inter por nove temporadas e totalizou mais de 300 presenças com a camisa da Beneamata, marcando 58 gols. Ao todo, conquistou sete títulos com a equipe de Milão, e bateu na trave na Serie A de 1964, quando a Inter perdeu o scudetto na partida de desempate, contra o Bologna de Bulgarelli, Nielsen e Haller. Passou à Sampdoria em 1970 e por lá permaneceu por três anos, mas, já aos 35 anos, não mais tinha o brilho de outrora. Após encerrar a carreira, chegou a ser técnico da Inter por três ocasiões, e também treinou os juvenis do Genoa e os profissionais de outros times italianos, como Cagliari, Spal e Como, antes de dirigir a seleção espanhola. Suárez ainda foi dirigente da Inter nos anos 1990, nos primeiros anos da gestão de Massimo Moratti.

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