Seleção italiana

Um cá, dois lá

Chiellini foi o nome do jogo disputado em Palermo (Eurosports)

Texto de Murillo Moret.

Na temporada 2013-14, a Juventus aumentou a distância para a Roma no dia 2 de fevereiro. Chiellini foi um dos três jogadores que marcaram na 100ª vitória ante a Inter, em Turim, juntamente com Lichtsteiner e Vidal. Esse foi o primeiro gol do zagueiro no ano. Oito meses depois, o defensor balançou a rede em três oportunidades em um mesmo jogo. Contra o Azerbaijão, no Renzo Barbera de Palermo, fez dois gols a favor e um contra para manter a Itália na liderança do Grupo H das Eliminatórias para a Euro-16.

Fora de campo, a discussão era sobre a presença inédita de Graziano Pellè no elenco da seleção. O técnico Antonio Conte, após a vitória contra a Noruega, no início de setembro, afirmou que a Squadra Azzurra precisava de “gente com fome, e não com fama”. Pellè, portanto, foi o pivô de uma conversa mais ampla – sobre quem serão os titulares do ataque italiano. Mas Zaza e Immobile iniciaram e terminaram a partida. 

Os dois jogadores terminaram a última época em alta; e o primeiro foi elogiado após a apresentação na Escandinávia contra os noruegueses. A dupla, porém, ainda mostra sinais tanto de inexperiência quanto de falta de comunicação. Eles tiveram chance de marcar gols durante a primeira etapa, contudo, falharam na conclusão e pararam por aí – Immobile, na verdade, pois Zaza emendou um voleio no segundo tempo e quase deixou sua marca.

Pirlo, Marchisio e Florenzi distribuíram o jogo durante 90 minutos. A Itália, ajudada pelos avanços de Darmian e De Sciglio, que criou a chance de Zaza na etapa inicial, dominou 99% da partida. A fração restante corresponde ao momento único de ataque do Azerbaijão, quando Ranocchia errou, cedeu escanteio ao adversário e Chiellini, na tentativa de se antecipar a Aliyev, marcou contra.

O gol de empate do adversário da Squadra Azzurra saiu faltando 15 minutos para o fim da partida. O zagueiro estava se tornando o vilão do encontro, uma vez que tinha marcado o primeiro gol da partida ainda no primeiro tempo, mas havia desfeito a vantagem com uma trapalhada. No primeiro gol azzurro, Pirlo bateu o escanteio, Agayev caçou borboletas e Chiellini escorou. O defensor da Juventus, entretanto, se tornou herói ao recolocar a Itália à frente do marcador, definindo, de cabeça, o resultado após cobrança de falta de Giovinco. O zagueiro se tornou o primeiro jogador a marcar gol a favor e contra numa qualificação ao campeonato europeu desde o espanhol Fernando Hierro, em 1999. 

O resultado magro não chega a preocupar, porque a Itália costuma sofrer nas Eliminatórias. Porém, fica o alerta pelo volume de jogo abaixo da média contra o Azerbaijão, time de pouca qualidade técnica. Por outro lado, o experiente Berti Vogts (que treinou a Alemanha em duas Eurocopas e duas Copas do Mundo, na década de 1990), merece os créditos por ter armado um ferrolho tão forte.

Ficha técnica: Itália 2-1 Azerbaijão

Itália: Buffon; Chiellini, Bonucci, Ranocchia; De Sciglio, Marchisio, Pirlo (Aquillani 73), Florenzi (Giovinco 77), Darmian (Candreva 81); Zaza, Immobile. T: Antonio Conte

Azerbaijão: Agayev; Qirtimov (Ramaldanov 46), Sadigov, Huseynov, Allahverdiev; Nazarov, Amirquiliyev (Nadirov 86), Qarayev, Abdullayev; Aliyev, Dadashov (Huseynov 58)

Local: Estádio Renzo Barbera (Palermo)

Gols: Chiellini 44′, 76′ (contra), 81′

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