![]() |
AH, ITÁLIA! Azzurri fizeram Copa espetacular, ficaram com o tetra e encostaram no Brasil, pentacampeão mundial (Getty) |
Gli Azzurri contra Les Bleus. Um duelo de seleções azuis e grande rivais europeias no futebol decidiria o campeão do mundo de 2006 no palco repleto de grandes histórias do Olympiastadion, em Berlim. Melhor para a Itália, que fez uma excelente Copa do Mundo e conseguiu se tornar tetracampeã mundial.
Além de final de Mundial, a partida marcaria a despedida de Zinédine Zidane dos gramados. A França foi mal na fase de grupos da competição, mas cresceu com excelentes atuações do craque careca no mata-mata. Por sua vez, a Itália passou de forma épica pela Alemanha, dona da casa, e fez uma Copa sólida, com pequeno susto somente diante da Austrália. Esse era o panorama pré-jogo e as equipes fizeram valer a promessa de emoção desde os minutos iniciais.
O árbitro argentino Horacio Elizondo assinalou um pênalti controverso de Materazzi sobre Malouda logo aos seis minutos de jogo. Quem foi para a cobrança? Zidane, que teve a coragem e habilidade de dar uma cavadinha e tirar Buffon da jogada – a bola ainda tocou caprichosamente no travessão, cruzou a linha e, ao bater no chão, voltou para a área.
Não foi pênalti, mas Materazzi se redimiu 13 minutos depois. Após cobrança de escanteio de Pirlo, o zagueiro da Inter ganhou no alto do juventino Vieira e não deu chances a Barthez, empatando a peleja – foi o segundo gol de Matrix no Mundial. Aos 35 minutos, a Squadra Azzurra quase virou a partida em jogada similar: novo cruzamento em corner de Pirlo, para Toni subir mais que Thuram e acertar o travessão pela segunda vez na competição.
Após o intervalo, as jogadas criadas pelas duas seleções não se concretizavam, como quando Henry ganhou de três defensores italianos e tentou passe rasteiro na pequena área para Malouda. Ou mesmo quando o mesmo Henry driblou Cannavaro e fez Buffon
espalmar um forte chute. Do outro lado do campo, Elizondo anulou corretamente um gol de cabeça de
Toni, que estava impedido. A Itália também assustou em cobrança de falta perigosa de Pirlo, que passou à direita da meta de Barthez. O jogo acabou indo para a prorrogação.
A primeira parte do tempo extra foi bem movimentada e os franceses foram melhores. Os Bleus voltaram a campo ameaçando a Nazionale com uma boa tabela de Ribéry e Malouda, concluída com perigo pelo meia-atacante do Marseille. Logo depois disso, já no final do primeiro tempo, a França ganhou território e Zidane voltou a aparecer de forma
estrepitosa: abriu o jogo para Sagnol, livrou-se da marcação de Gattuso e
entrou na área para ser fulminante em seu cabeceio. Para a sorte da
Itália, Buffon respondeu com uma das melhores defesas de sua carreira e
colocou para escanteio. Foi aí que o jogo virou.
Inesquecível