Serie A

Balanço de inverno, parte 1

Sassuolo tem sofrido com lesões e, sem Berardi, está na parte baixa da tabela (Getty)

Uma folga para recuperar as energias. Até 7 de janeiro, a Serie A fica paralisada por conta das festividades do fim de ano e, durante esta pausa, publicamos nosso tradicional balanço de inverno. Em nosso especial, trazemos um resumo sobre o que as 20 equipes produziram nas primeira metade do Campeonato Italiano e uma projeção do que vem por aí. Nosso especial está dividido em duas partes, com 10 times cada uma: começamos com as equipes localizadas da 20ª à 11ª posição e, no próximo texto, falaremos sobre o restante. Feliz ano novo e boa leitura!

Publicado também na Trivela.

Pescara

20ª posição. 18 jogos, 9 pontos. 1 vitória, 6 empates, 11 derrotas. 14 gols marcados, 33 sofridos.
Maior sequência positiva: dois jogos sem perder, duas vezes
Maior sequência negativa: 16 jogos sem vencer, desde a 2ª rodada

Time-base: Bizzarri; Zampano (Crescenzi), Campagnaro, Fornasier (Gyömbér), Biraghi; Memushaj, Brugman, Cristante (Aquilani); Benali, Verre (Manaj); Caprari.

Treinador: Massimo Oddo

Destaque: Gianluca Caprari, atacante

Artilheiro: Gianluca Caprari, com 3 gols

Garçom: Francesco Zampano, com 3 assistências

Decepção: Alberto Aquilani, meia

Expectativa: Não ser rebaixado

Ao que tudo indica, o Pescara vai continuar com sua sina de ioiô – em suas seis outras participações na Serie A, só não foi rebaixado uma vez. A equipe da região central da Itália chegou à elite prometendo um futebol ofensivo e organizado, mas deixou a desejar, após um início de temporada promissor, do ponto de vista do volume de jogo apresentado. O time treinado por Massimo Oddo chegou a dificultar as vidas de Napoli, Inter, Torino e Roma, mas não foi capaz de conseguir nenhuma vitória com a bola rolando. O único triunfo aconteceu por causa da escalação irregular de um jogador por parte do Sassuolo.

Embora alguns jogadores façam um bom campeonato (casos de Bizzarri, Biraghi e de Caprari, destaque da equipe), o Pescara tem perdido estímulos para continuar lutando. A diretoria não pensa em demitir Oddo, que está em seu terceiro ano de trabalho, mas precisará de reforços importantes, especialmente no meio-campo e no ataque – sobretudo porque a principal contratação desta temporada, o rodado Aquilani, não se encaixou e já se despediu. Se quiserem vislumbrar qualquer mudança de cenário, os golfinhos precisarão de uma mudança total de postura e de golpes certeiros no mercado.

Crotone

19ª posição. 17 jogos, 9 pontos. 2 vitórias, 3 empates, 12 derrotas. 14 gols marcados, 32 sofridos.

Maior sequência positiva: dois jogos sem perder, na 10ª e 11ª rodadas
Maior sequência negativa: 10 jogos sem vencer, entre a 1ª e a 10ª rodadas
Time-base: Cordaz; Rosi, Ceccherini, Ferrari, Martella; Rohdén, Capezzi, Crisetig (Barberis), Palladino; Trotta (Stoian), Falcinelli.

Treinador: Davide Nicola

Destaque: Gian Marco Ferrari, zagueiro

Artilheiro: Diego Falcinelli, com 5 gols

Garçom: Marcus Rohdén, com 2 assistências

Decepção: Bruno Martella, lateral esquerdo

Expectativa: Não ser rebaixado

O Crotone estreou na Serie A sabendo que sua permanência para mais uma temporada na elite seria um feito enorme, que beirava o improvável. Após metade do campeonato já ter sido disputada, o sonho rossoblù parece distante, visto que os calabreses foram derrotados em 12 das 17 partidas em que entraram em campo. O baixíssimo aproveitamento da equipe treinada por Davide Nicola não sugere um futuro glorioso, sobretudo porque o Crotone não tem um elenco com larga experiência na primeira divisão e também não tem muitos recursos para contratar reforços.

Os pitagóricos podem se ressentir de não terem atuado em seu estádio, o Ezio Scida, até a 9ª rodada – a praça esportiva estava sendo reformada para ser apta a receber jogos da Serie A e a equipe mandou suas partidas em Pescara. As duas únicas vitórias do Crotone foram conquistadas em seu território, no qual o aproveitamento é de quase 47% – contra 17,6%, se considerarmos todas as rodadas. A proximidade com seus torcedores pode ser uma das chaves para a façanha dos tubarões, que tem em Cordaz, Ferrari, Martella, Palladino e Falcinelli os seus pilares. Entre estes, somente o lateral esquerdo barbudo precisa voltar a atuar no nível da segundona, competição em que foi um dos melhores jogadores.

Palermo

 

18ª posição. 18 jogos, 10 pontos. 2 vitórias, 4 empates, 12 derrotas. 16 gols marcados, 35 sofridos.

Maior sequência positiva: dois jogos sem perder, duas vezes
Maior sequência negativa: 11 jogos sem vencer, entre a 4ª e a 16ª rodadas (9 derrotas em série)
Time-base: Posavec; Thiago Cionek, Andelkovic, Goldaniga; Rispoli, Hiljemark, Bruno Henrique (Jajalo), Gazzi (Chochev), Aleesami; Diamanti (Quaison); Nestorovski.

Treinadores: Davide Ballardini (1ª e 2ª rodadas), Roberto De Zerbi (3ª-14ª) e Eugenio Corini (15ª em diante)

Destaque: Ilija Nestorovski, atacante

Artilheiro: Ilija Nestorovski, com 7 gols

Garçom: Alessandro Diamanti, com 3 assistências

Decepção: Aleksandar Trajkovski, meia-atacante

Expectativa: Não ser rebaixado

Desde a última temporada o Palermo tem flertado com as posições mais baixas da tabela. Se em 2015-16 a equipe siciliana escapou da degola somente nas últimas rodadas, terá mais trabalho na atual edição da Serie A, já que frequentou a zona do rebaixamento em 17 das 18 rodadas já disputadas. Está chegando a conta pelo ambiente atribulado nos bastidores do clube, incendiado pela gestão do presidente Maurizio Zamparini, que frita técnicos e jogadores. Ainda assim, o Palermo tem um elenco com qualidade superior à que está sendo traduzida em campo.

O início do campeonato foi lento, pois a equipe estava sob o comando do desacreditado Ballardini, tinha negociado Gilardino, Sorrentino e Vázquez e demorado para trazer reforços mais pesados, como Bruno Henrique e Diamanti, que só chegaram perto do fechamento da janela. Embora os dois não estejam fazendo a melhor das temporadas, são peças em que se fiar – assim como Hiljemark, Chochev e Goldaniga, muito abaixo do que podem demonstrar. Depois de um período de incertezas sob o comando do inexperiente técnico De Zerbi, os rosanero apresentaram uma melhora em seu futebol a partir da chegada de Corini, que foi ídolo do clube como jogador. O ex-regista deverá manter o time focado para voltar bem da pausa festiva e fazer o elenco se mirar no exemplo de Nestorovski: o atacante macedônio foi contratado com alguma desconfiança e se tornou o artilheiro da equipe, com sete gols. Falta transformar isso em pontos.

Empoli

 

17ª posição. 18 jogos, 14 pontos. 3 vitórias, 5 empate, 10 derrotas. 10 gols marcados, 26 sofridos.

Maior sequência positiva: dois jogos sem perder, quatro vezes
Maior sequência negativa: oito jogos sem vencer, entre a 4ª e a 11ª rodadas
Time-base: Skorupski; Veseli (Laurini), Bellusci, Costa, Pasqual; Krunic (Tello), Dioussé, Croce; Saponara; Pucciarelli, Maccarone (Gilardino).

Treinador: Giovanni Martusciello

Destaque: Lukasz Skorupski, goleiro

Artilheiro: Levan Mchedlidze, com 3 gols

Garçom: Guido Marilungo, com 2 assistências

Decepção: Alberto Gilardino, atacante

Expectativa: Não ser rebaixado

Disparado o pior ataque da Serie A, o Empoli só não está em situação mais complicada porque Pescara, Crotone e Palermo fazem temporada ainda mais desastrosa. A linha de frente é formada por alguns bons jogadores, como os veteranos Maccarone e Gilardino e as realidades Saponara e Pucciarelli, mas nenhum deles vem em boa fase – tanto é que os medíocres Marilungo e Mchedlidze chegaram a assumir a titularidade na reta final de 2016 e corresponderam mais. Para sonhar com uma permanência mais tranquila, o treinador Martusciello, porém, precisará contar com a melhora no futebol de seus principais jogadores. No atual cenário, apenas o Empoli parece capaz de tropeçar o suficiente para permitir que um dos três últimos colocados consigam respirar.

O técnico da equipe azzurra da Toscana foi auxiliar de Sarri e Giampaolo, mas não tem conseguido fazer seus comandados atuarem de forma semelhante ao proposto por seus antecessores. Além do momento negativo das peças já citadas, a equipe se ressente das saídas de Tonelli, Zielinski e Paredes – apenas Mário Rui foi bem substituído por Pasqual – e da irregularidade de alguns jovens jogadores, como Barba, Dioussé e Tello. Com a fragilidade do time, quem vai se destacando é o goleiro Skorupski, segundo na lista dos que mais fizeram defesas na temporada – com 68 intervenções, perde somente para Cordaz, do Crotone, que tem 72.

Sassuolo

 

16ª posição. 18 jogos, 17 pontos. 5 vitórias, 2 empates, 11 derrotas. 24 gols marcados, 33 sofridos.

Maior sequência positiva: dois jogos sem perder, duas vezes
Maior sequência negativa: seis jogos sem vencer, entre a 9ª e a 14ª rodadas
Time-base: Consigli; Lirola (Gazzola), Antei (Cannavaro), Acerbi, Peluso; Biondini (Mazzitelli, Sensi), Magnanelli, Pellegrini; Ragusa (Ricci), Defrel, Politano.

Treinador: Eusebio Di Francesco

Destaque: Grégoire Defrel, atacante

Artilheiro: Grégoire Defrel, com 6 gols

Garçom: Matteo Politano, com 3 assistências

Decepção: Alessandro Matri, atacante

Expectativa: Meio da tabela

O álibi para a má campanha do Sassuolo na Serie A é de fácil assimilação: as lesões dizimaram o elenco neroverde e ainda atingiram quase todos seus principais jogadores. Maiores destaques dos emilianos em 2015-16, Berardi e Duncan não entram em campo desde as rodadas iniciais do campeonato (o atacante fez duas partidas e o volante, cinco), sem falar que Cannavaro, Biondini, Politano e Magnanelli desfalcam ou desfalcarão o time por muito tempo e em jogos cruciais da temporada. Sem peças já acostumadas à sua filosofia de trabalho, o técnico Di Francesco viu a qualidade na execução de sua proposta de jogo cair bastante. Os retornos de Berardi, Duncan, Politano e Cannavaro, previstos para janeiro, devem dar novo fôlego à equipe.

Apesar de tudo, o Sassuolo ainda demonstra em algumas oportunidades o futebol vistoso que o fez sensação da Itália nas últimas temporadas, principalmente graças a Defrel e Pellegrini. Na maior parte do tempo, porém, o goleiro Consigli tem ficado muito exposto e está sendo bastante exigido: nem ele nem o bom zagueiro Acerbi tem conseguido evitar que o time tenha a terceira pior defesa do campeonato. Conquistar uma vaga na Liga Europa outra vez está fora dos planos no Mapei Stadium, mas dificilmente o Sassuolo correrá riscos de rebaixamento. Isolado na tabela, a equipe tem sete pontos a mais que o Palermo, que abre a zona da degola, mas seis a menos que o Cagliari, 14º.

Bologna

 

15ª posição. 17 jogos, 20 pontos. 5 vitórias, 5 empates, 7 derrotas. 17 gols marcados, 22 sofridos.

Maior sequência positiva: dois jogos sem perder, duas vezes
Maior sequência negativa: sete jogos sem vencer, entre a 6ª e a 12ª rodadas
Time-base: Da Costa (Mirante); Torosidis (Krafth), Gastaldello, Maietta, Masina; Dzemaili, Nagy, Taïder; Verdi, Destro, Krejci.

Treinador: Roberto Donadoni

Destaque: Ladislav Krejci, meia-atacante

Artilheiros: Mattia Destro e Simone Verdi, com 4 gols

Garçons: Ladislav Krejci e Federico Viviani, com 2 assistências

Decepção: Godfred Donsah, meia

Expectativa: Meio da tabela

Bom, mas nem tanto. Treinado por um grande profissional e com uma série de jogadores promissores e de qualidade, o Bologna poderia estar em melhor situação na Serie A. Donadoni montou um time tão sólido quanto o de 2015-16, mas somente em
alguns momentos o viu atuar em nível acima ao da temporada anterior. Isto que chama a atenção, pois o elenco tem revelações como Masina, Helander, Pulgar, Nagy, Verdi, Krejci, Sadiq, Viviani e Donsah – este último tem atuado pouco – e outros jogadores que surgiram bem e mantém um nível razoável, como Destro, Gastaldello, Dzemaili, Taïder e Mirante – o goleiro ficou afastado por problemas cardíacos, mas se recuperou. Dificilmente a equipe da Emília-Romanha brigaria por algo além de uma posição confortável no meio da tabela, mas os torcedores rossoblù desejam uma regularidade maior nas atuações, já que os jogadores podem render mais e levar o time a uma melhor classificação na tabela.

Nas oportunidades em que impressionaram, os bolonheses mostraram um bom futebol graças aos pés de Verdi e Krejci: os dois talentosos fantasistas dão criatividade ao time e ainda marcam seus gols, se infiltrando entre os zagueiros adversários ou arriscando de fora da área. Resta aos felsinei torcerem para que a pausa de inverno dê mais tempo de trabalho ao time e que Destro suba de produção na segunda parte do campeonato, tal qual aconteceu na última temporada. Um melhor aproveitamento no último terço do campo é o que se espera de um elenco tão qualificado.

Cagliari

 

14ª posição. 18 jogos, 23 pontos. 7 vitórias, 2 empates, 9 derrotas. 27 gols marcados, 42 sofridos.

Maior sequência positiva: três vitórias seguidas, entre a 6ª e a 9ª rodadas
Maior sequência negativa: três jogos sem vencer, duas vezes
Time-base: Storari; Pisacane, Ceppitelli, Bruno Alves, Murru; Isla, Tachtsidis, Padoin; Di Gennaro (Barella); Borriello, Sau.

Treinador: Massimo Rastelli

Destaque: Marco Borriello, atacante

Artilheiro: Marco Borriello, com 7 gols

Garçons: Davide Di Gennaro, Marco Sau e Mauricio Isla, com 3 assistências

Decepção: Artur Ionita, meia

Expectativa: Meio da tabela

O desempenho do Cagliari vai sendo mais ou menos como o esperado e o time vai ficando no meio da tabela, com poucas chances de voltar à segunda divisão. Mesmo assim, o ambiente na Sardenha está em ebulição: a torcida ficou bastante insatisfeita com as atuações do time em alguns jogos e também exigiu a retirada da braçadeira de capitão do goleiro Storari; muitos jogadores estão em conflito com o técnico Rastelli, que também não é unanimidade entre os torcedores. Com isso, o presidente Giulini se mostrou bastante chateado e até cogita vender o clube.

Dentro de campo, o grande problema – talvez o único realmente relevante – é a defesa, pior do campeonato com sobras: o Cagliari só não sofreu gol em um jogo, contra a Atalanta, e ainda amargou cinco goleadas. Ainda assim, o ataque é bastante produtivo (só passou em branco quatro vezes) e contou com Di Gennaro e Borriello em grande fase, segurando as pontas enquanto João Pedro e Diego Farias estavam no estaleiro. A dupla brasileira está começando a ter ritmo de jogo e ajudará na segunda fase da temporada, se integrando a um elenco capacitado – e que ainda tem Ionita, Dessena e Isla rendendo menos do que podem. A impressão que se tem é que, se Rastelli deixar o comando, os problemas extracampo se resolverão mais facilmente e os casteddu poderão tirar a geladeira das costas para jogarem melhor.

Sampdoria

 

13ª posição. 18 jogos, 23 pontos. 6 vitórias, 5 empates, 7 derrotas. 21 gols marcados, 24 sofridos.

Maior sequência positiva: cinco jogos sem perder, entre a 11ª e a 15ª rodadas
Maior sequência negativa: seis jogos sem vencer, entre a 3ª e a 8ª rodadas
Time-base: Puggioni (Viviano); Sala (Pedro Pereira), Silvestre, Skriniar, Regini; Barreto, Torreira, Linetty; Praet; (Bruno Fernandes, Álvarez); Quagliarella, Muriel.

Treinador: Marco Giampaolo

Destaque: Karol Linetty, meia

Artilheiro: Luis Muriel, com 6 gols

Garçons: Karol Linetty, Vasco Regini e Fabio Quagliarella, com 3 assistências

Decepção: Antonio Cassano, atacante

Expectativa: Meio da tabela

A Sampdoria precisou aprender a levar uma nova vida sem Soriano, Fernando, De Silvestri (negociados) e Cassano (barrado). Conseguiu. Os blucerchiati não almejam nada além de um campeonato tranquilo no meio da tabela, mas tem conseguido complicar a vida de adversários mais fortes, como Inter, Roma, Fiorentina e Torino. Após demorar um pouco para assimilar a proposta de Giampaolo, o time se acertou e não deve correr grandes riscos em 2017.

A boa execução da filosofia do treinador se deve à insinuante dupla de ataque formada por Muriel e Quagliarella, capaz de aliar velocidade, técnica e ótimo poder de finalização – Praet e Schick também tem ajudado muito o setor ofensivo. Parêntese: embora o estilo de Cassano não se encaixe no time, impressiona o fato de o barês não ter tentado convencer o treinador de sua utilidade – continua acima do peso, por exemplo. O ataque é o que mais chama a atenção no time doriano, mas o principal setor dos genoveses é o forte meio-campo. O experiente Barreto, a promessa Torreira e o ótimo polonês Linetty conseguem equilibrar o jogo e impor um ritmo de marcação forte, ao mesmo tempo que são capazes de distribuir bolas com qualidade. É a chave do futebol da Samp, que costumeiramente sai rápido em contra-ataques, aproveitando as características de suas peças.

Genoa

 

12ª posição. 18 jogos, 23 pontos. 6 vitórias, 5 empates, 7 derrotas. 21 gols marcados, 22 sofridos.

Maior sequência positiva: quatro jogos sem perder, entre a 5ª e a 8ª rodadas
Maior sequência negativa: três jogos sem vencer, duas vezes
Time-base: Perin; Izzo, Burdisso, Muñoz (Orbán); Lazovic (Edenílson), Rincón, Miguel Veloso, Laxalt; Rigoni, Simeone, Ocampos (Pavoletti, Ninkovic).

Treinador: Ivan Juric

Destaque: Giovanni Simeone, atacante

Artilheiro: Giovanni Simeone, com 6 gols

Garçom: sete jogadores, com 2 assistências

Decepção: Lucas Ocampos, atacante

Expectativa: Meio da tabela

Pouca coisa mudou no estilo de jogo do Genoa de 2015-16 para o da atual temporada, já que a lacuna da saída de Gasperini foi preenchida por um de seus discípulos, o croata Juric. Usando o mesmo 3-4-3 do seu antecessor, o treinador acrescentou mais agressividade ao time e deu novas funções a Rincón e Rigoni – o segundo foi até avançado para atuar na ponta direita. A perseverança na marcação e na pressão aos adversários são nuances de um forte trabalho no coletivo, que também tem reflexos na construção das jogadas. Não à toa, sete jogadores rossoblù já deram dois passes para gols nesta temporada.

A coletividade tem dado frutos e gerado alguns resultados positivos, como as vitórias incontestáveis sobre Milan e Juventus – esta última, em um dos melhores jogos do campeonato. O ataque do Vecchio Balordo, que era capitaneado por Pavoletti, em 2016-17 mudou de dono: o centroavante teve problemas físicos que o afastaram de campo por parte da temporada e foi bem substituído por Cholito Simeone, rapidamente adaptado ao futebol italiano. Em relação a Pavoletti, o argentino oferece mais movimentação e um jogo pelo chão com mais velocidade. É mais adaptado ao estilo frenético de Juric e, por isso, o Genoa deverá vender o atacante italiano ao Napoli já em janeiro. Para um time que corre poucos riscos e não tem ambição de se classificar para a Liga Europa, capitalizar é a melhor saída.

Udinese

 

11ª posição. 18 jogos, 25 pontos. 7 vitórias, 4 empates, 7 derrotas. 24 gols marcados, 24 sofridos.

Maior sequência positiva: quatro jogos sem perder, desde a 15ª rodada
Maior sequência negativa: cinco jogos sem vencer, entre a 5ª e a 8ª rodadas
Time-base: Karnezis; Widmer, Danilo, Felipe, Samir (Wagué, Adnan); Badu (Hallfredsson, Jankto), Kums, Fofana; De Paul, Théréau, Zapata.

Treinadores: Giuseppe Iachini (até a 7ª rodada) e Luigi Delneri (da 8ª em diante)

Destaque: Cyril Théréau, atacante

Artilheiro: Cyril Théréau, com 8 gols

Garçom: Silvan Widmer, com 4 assistências

Decepção: Rodrigo De Paul, meia

Expectativa: Meio da tabela

Uma das pequenas surpresas da temporada. A Udinese tem atravessado momentos difíceis nos últimos anos, desde o corte de investimentos feito pela família Pozzo, e se esperava que não ficasse muito longe da zona de rebaixamento. Esse roteiro até ia se cumprindo quando Iachini era o treinador, mas a troca no comando e a efetivação do friulano Delneri acabou dando novo fôlego à equipe, atualmente localizada em uma zona confortável da tabela. A dupla de ataque formada por Théréau e Zapata está funcionando bem e deve garantir pontos suficiente para que os bianconeri continuem no mesmo patamar.

Curiosamente, Delneri tem contado mais com jogadores que já estavam no elenco anteriormente do que com contratações feitas nesta temporada – os jovens De Paul, Ewandro e Peñaranda, por exemplo, não deram mostras de talento ainda, sendo que o argentino é titular. Dos novos contratados, Kums é irregular no meio-campo e Samir começou a ser utilizado nos últimos jogos do ano, como lateral esquerdo. Somente Fofana brilha de fato, atuando com qualidade de uma área à outra, participando bastante do jogo e marcando belos gols. De resto, os pilares continuam os mesmos de outrora: Karnezis, Widmer, Danilo, Badu, Théréau e Zapata são as peças de confiança do experiente treinador em mais uma jornada bem sucedida.

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