Serie A

7ª rodada: Um novo líder isolado na Serie A após mais de um ano

Mudança de rumo antes da segunda pausa na Serie A para a data Fifa. Se na semana passada Juventus e Napoli dividiam o topo da tabela com 100% de aproveitamento e quebravam um recorde na história do campeonato, esta história teve fim no primeiro dia de outubro. A Juve empatou com a Atalanta e, após 39 rodadas, deixou a liderança isolada do Italiano para os napolitanos, que têm a maior série invicta de sua existência. A equipe treinada por Sarri ficará solitária na primeira colocação pelo menos até meados do mês, quando acontecerá a próxima rodada.

O fim de semana ainda foi marcado pelo domínio da Roma sobre o Milan em San Siro: já são três vitórias seguidas na casa do adversário, que vive a primeira crise da gestão chinesa. Por sua vez, a Inter não convence, mas segue na cola de Napoli e Juve, enquanto a Lazio impressiona com mais uma goleada e também mantém contato com os líderes. Entre os azarões, passos em falso: os tropeços de Fiorentina, Sampdoria e Torino justificam a desconfiança dos que creem que nenhum deles ameaçará o “top 6” a longo prazo.

Napoli 3-0 Cagliari
Hamsík (Mertens), Mertens (pênalti) e Koulibaly
Tops: Mertens e Jorginho (Napoli) | Flops: Capuano e Cigarini (Cagliari)

Sai, zica! Na temporada em que pode se tornar o maior artilheiro e o jogador com mais presenças pelo Napoli, Hamsík não vinha bem. No entanto, contra o Cagliari o eslovaco finalmente chegou ao 114º gol pelo clube e ficou apenas um atrás de Maradona. O tento saiu de uma tabela com Mertens e foi importante para os partenopei superarem os visitantes logo no início e não darem chance ao azar contra um adversário chato. Coube ao belga marcar o segundo, que veio no final do primeiro tempo, após a conversão de uma penalidade que o ele mesmo sofreu.

Os casteddu não tiveram qualquer chance de reação e, entregues ao domínio dos anfitriões, nem mesmo chutaram ao gol de Reina. O garoto Barella foi a única nota positiva da equipe e, pelas boas atuações nos últimos meses, acabou premiado com a convocação para a seleção principal no lugar do lesionado Verratti. O terceiro gol azzurro saiu logo após o intervalo, quando Koulibaly fechou a conta, aproveitando uma jogada de bola parada. Jorginho, que levantou a bola na área, foi novamente um dos melhores em campo e teve uma marca impressionante de 117 passes certos de 120 tentados. A vitória marcou a maior série de invencibilidade do Napoli na Serie A e valeu a liderança da competição. Pela primeira vez em 39 rodadas o campeonato tem um líder isolado que não é a Juventus.

Atalanta 2-2 Juventus
Caldara e Cristante (Gómez) | Bernardeschi e Higuaín (Bernardeschi)
Tops: Gómez (Atalanta) e Bernardeschi (Juventus) | Flops: Kurtic (Atalanta) e Dybala (Juventus)

O Napoli lidera de forma solitária porque a Velha Senhora tropeçou em Bérgamo. No início, tudo se encaminhava para mais um triunfo da Juventus na Lombardia, mas o time de Gasperini mostrou um espírito de luta incrível diante de seus torcedores e arrancou pontos importantes da equipe de Allegri para chegar a seu sétimo jogo sem derrota. Com menos de 25 minutos o placar marcava 2 a 0 para os bianconeri: o primeiro foi de Bernardeschi, após falha de Berisha em chute de Matuidi, e o segundo aconteceu logo depois, com uma bela ação individual de Higuaín. Curiosamente, os dois gols tiveram erros de marcação de Spinazzola, ala que pertence à Juventus e que ficou na Atalanta mesmo após pressionar o clube a liberá-lo antes do contrato de empréstimo se encerrar.

As falhas não acabaram por aí – e atingiram até aqueles que parecem imunes a elas. Assim como Berisha, Buffon deu um rebote clamoroso que Caldara (também de propriedade da Juve) não vacilou em aproveitar. O que se viu a partir de então foi uma atuação de muito sofrimento e garra dos donos da casa, que suportaram a pressão e viram seu goleiro virar herói depois do erro. Ao mesmo tempo, a equipe cresceu com a saída do centroavante Cornelius e a entrada do meia-atacante Ilicic ainda na primeira etapa. A Atalanta também comemorou a correção feita pelo VAR, que invalidou corretamente o terceiro gol bianconero, por uma falta na origem do lance. Em um momento de desatenção, talvez causado pela anulação do gol, logo depois a Juve permitiu que Cristante voasse e completasse cruzamento de Gómez com uma forte cabeçada no ângulo. Aos 82 minutos, um novo drama: um pênalti contestável para a Juventus. No entanto, Berisha apagou qualquer possibilidade de polêmica, pois defendeu a cobrança fraca de um apagado Dybala. Com o primeiro tropeço no campeonato, a Juve passará a data Fifa de outubro atrás do rival Napoli. São 26 partidas de invencibilidade contra a Atalanta, mas quem está satisfeito com este número em Turim neste exato momento?

O momento decisivo: Berisha vence Dybala (Ansa)

Milan 0-2 Roma
Dzeko (Pellegrini) e Florenzi
Tops: Dzeko e Pellegrini (Roma) | Flops: Bonucci e Çalhanoglu (Milan)

Em mais um confronto direto pela parte alta da Serie A, era palpável a pressão sobre Montella. O técnico do Milan, ameaçado pelas atuações abaixo da crítica da sua equipe, não tinha grandes motivos para celebrar o reencontro com o time em que foi ídolo como jogador. Afinal, embora tenha eliminado a Roma na Coppa Italia e na Liga Europa quando treinava a Fiorentina, tem péssimo retrospecto contra a Loba, que já vinha de uma série de vitórias em San Siro. Vantagem que acabou ampliada no grande jogo da rodada: em mais uma atuação ruim, o Milan caiu contra um adversário qualificado, que controlou a partida com soberba. Os giallorossi parecem ter ganhado confiança e maturidade com Di Francesco, seu novo treinador, depois do início de temporada conturbado.

Se no primeiro tempo o time visitante ofuscou a saída de bola rival, mas não conseguiu atacar bem, após o intervalo o cenário mudou. Tudo isso graças a Pellegrini, Nainggolan e Dzeko, protagonistas das principais ações da equipe romanista, que pouco a pouco minou o adversário até anotar o primeiro gol, aos 72 minutos. O Milan havia exigido boas defesas de Alisson e, quando parecia crescer no jogo, Dzeko completou jogada de Pellegrini e teve seu chute da entrada da área desviado por Romagnoli, enganando Donnarumma. Em seguida, o bósnio arrastou Bonucci para fora da área e, em belo trabalho de pivô, deixou Nainggolan livre para ter seu chute defendido parcialmente. No rebote, o guerreiro Florenzi voltou às redes: não marcava desde abril de 2016 e inaugurou a contagem após as graves lesões no ligamento cruzado do joelho esquerdo. O resultado colocou os giallorossi na zona europeia com 15 pontos (três na frente dos rossoneri, que têm um jogo a mais). Serão duas semanas turbulentas para o Milan, que entra em campo para o Derby della Madonnina no dia 15 de outubro.

Benevento 1-2 Inter
D’Alessandro (Iemmello) | Brozovic (Candreva) e Brozovic
Tops: D’Alessandro (Benevento) e Brozovic (Inter) | Flops: Iemmello (Benevento) e Perisic (Inter)

Depois das vitórias contra Fiorentina e Roma, a Inter teve uma sequência contra equipes da parte de baixo da tabela e deu os primeiros passos em falso. Não teve nenhuma atuação convincente diante de Spal, Crotone, Bologna, Genoa e Benevento, mas no final das contas conquistou 13 dos 15 pontos disputados em setembro e segue muito bem na tabela, atrás somente do Napoli, empatada com a Juventus e três pontos na frente da Lazio. É, inclusive, o melhor início de temporada da Beneamata desde 2002-03, ano em que foi vice-campeã. No primeiro confronto da história contra o novato Benevento, os nerazzurri tiveram bom início, mostrando um pouco de mudança no sistema com maior participação de Icardi e trocas de posicionamento entre Candreva, Brozovic e Perisic, que confundiram o frágil sistema defensivo do time de Baroni. Foi justamente o começo de partida que garantiu os três pontos para Spalletti e companhia.

O primeiro gol interista saiu graças à movimentação citada. Perisic lançou Nagatomo em profundidade e o japonês tocou para Candreva, que caiu pelo lado esquerdo e cruzou na medida para Brozovic abrir o placar. O segundo saiu na jogada seguinte, após Icardi sofrer falta na entrada da área e o croata mais uma vez deixar sua marca – com a colaboração de Belec, goleiro formado na base interista. Os visitantes não aproveitaram a vantagem para conduzir um jogo tranquilo e levaram bastante pressão na sequência, com direito a duas bolas na trave, o gol de D’Alessandro e uma atuação decisiva de Skriniar, em contraste com um desastroso Miranda. Após o intervalo, a Beneamata passou a ter maior organização, porém não foi capaz de levar perigo ou cozinhar o jogo: evitou por pouco o tropeço diante de um time que já soma sete derrotas no campeonato.

Lazio 6-1 Sassuolo
Luis Alberto, De Vrij (Luis Alberto), Luis Alberto, Parolo, Parolo e Immobile (pênalti) | Berardi (pênalti)
Tops: Luis Alberto e Parolo (Lazio) | Flops: Consigli e Cannavaro (Sassuolo)

Quando Berardi provou ser o carrasco laziale e marcou seu quarto gol contra o adversário com uma cobrança de pênalti aos 27 minutos, parecia que a Lazio não teria uma boa tarde de domingo. No entanto, o que se viu no segundo tempo foi um impressionante massacre dos anfitriões. Empolgados após o gol de falta de Luis Alberto no final da etapa inicial, os comandados de Inzaghi contaram com mais uma grande atuação do espanhol para construírem um grande resultado. O ex-jogador de Sevilla, Liverpool e Deportivo La Coruña, aliás, é uma das gratas surpresas do início de temporada, e mesmo entrando em campo no sacrifício foi o nome do jogo.

A Lazio virou pouco depois do intervalo, quando De Vrij completou cobrança de escanteio do meia-atacante espanhol. Minutos depois, a equipe romana ampliou com Luis Alberto, que teve tranquilidade para driblar Consigli e marcar. Sem reação, o Sassuolo viu Parolo protagonizar mais uma doppietta em cinco minutos, sempre aproveitando rebotes e falhas clamorosas da defesa neroverde na pequena área. O sexto e último foi do artilheiro Immobile, que converteu pênalti para marcar seu nono gol no campeonato e o 11º na temporada. Nenhum italiano marcou tanto quanto Ciro, que chega à data Fifa com ainda mais responsabilidade, após a lesão do parceiro de ataque Belotti. Mais do que recuperada após o tropeço contra o Napoli, a Lazio segue fazendo uma campanha muito digna: no momento, a equipe da capital ocupa a quarta posição, à frente da rival Roma (que tem um jogo a menos) e do Milan.

Decisivo, Alisson festeja vitória da Roma com o capitão De Rossi (Ansa)

Torino 2-2 Verona
Falque (Ansaldi) e Niang (Ljajic) | Kean (Cerci) e Pazzini (pênalti)
Tops: Falque (Torino) e Fares (Verona) | Flops: Molinaro (Torino) e Zuculini (Verona)

Até a lesão de Belotti no final do jogo, tudo se encaminhava para uma rara vitória sem gols sofridos do Torino de Mihajlovic. A equipe grená foi para o intervalo com 2 a 0 de vantagem graças aos gols de Falque e Niang – o primeiro tento do ex-jogador do Milan foi bonito, inclusive –, e boas atuações de Ansaldi e Lyanco. No entanto, como já haviam realizado as três alterações no momento em que Belotti sofreu um trauma no joelho, os anfitriões tiveram que seguir com um a menos e, assim, segurar os visitantes. Neste contexto, os jogadores Verona ganharam confiança e passaram a atacar como ainda não haviam feito neste campeonato.

O terceiro ponto do Verona na Serie A veio com muita insistência e a ajuda do VAR. O árbitro de vídeo corrigiu as decisões de campo para validar o gol da promessa Kean, aos 87 minutos, e esclarecer o lance que levou ao gol de pênalti de Pazzini, aos 91. Tropeço importante para uma equipe que almeja incomodar os grandes e não demonstra estabilidade emocional e tática para buscar um lugar na Europa. Mihajlovic precisa entregar mais que um grande coração.

Chievo 2-1 Fiorentina
Castro (Birsa) e Castro (Hetemaj) | Simeone (Théréau)
Tops: Castro e Birsa (Chievo) | Flops: Biraghi e Bruno Gaspar (Fiorentina)

O Bentegodi dá, o Bentegodi tira. Após conquistar sua única vitória nos últimos seis jogos fora de Florença justamente no estádio de Verona, a Fiorentina caiu e chegou à terceira partida sem vitórias. Em um dos campos mais complicados da Serie A, um tropeço não seria inesperado para a equipe, que está em fase de reconstrução e apresenta irregularidade, mas a forma como veio a virada sofrida foi muito frustrante para os visitantes.

Os toscanos chegaram a abrir o placar logo aos seis minutos, com Cholito Simeone, após jogada trabalhada por Chiesa e Théréau. Contudo, novamente a instabilidade da equipe de Pioli custou mais uma derrota para os viola – a quarta em sete rodadas. Quem puniu foi Castro, autor dos dois gols em jogadas parecidas. Em ambas, o argentino apareceu na segunda trave para completar cruzamentos vindos da direita, aproveitando a desatenção de Biraghi e as falhas de marcação de Bruno Gaspar. O Chievo segue sua modesta estrada, coletando pontos importantes que lhe dão tranquilidade no final do ano.

Udinese 4-0 Sampdoria
De Paul (pênalti), Maxi López (pênalti), Maxi López (De Paul) e Fofana (pênalti)
Tops: Maxi López e De Paul (Udinese) | Flops: Puggioni e Barreto (Sampdoria)

Tem algo que deixa a Sampdoria demasiadamente pilhada quando visita o Friuli, estádio em que tem um retrospecto recente negativo. No ano passado, o jogo ficou marcado pela briga entre Muriel e Danilo, e dessa vez a equipe doriana se excedeu no ímpeto para a marcação, teve um jogador expulso e cometeu incríveis três pênaltis. O time treinado por Giampaolo começou pressionando, mas não conseguiu chegar ao gol. A punição veio rapidamente: o experiente goleiro Puggioni derrubou Maxi López na área de forma inexplicável, ao sair do gol após um arremesso lateral. Na sequência, o pênalti foi convertido por De Paul.

Ainda dava para os genoveses reagirem, porém a expulsão de Barreto (também por comportamento agressivo na marcação) foi outra punhalada na estratégia de Giampaolo. O treinador há pouco comemorava o triunfo sobre o Milan, que mantinha a invencibilidade doriana, mas viu sua equipe ser goleada por uma Udinese pressionada e sem grande valor coletivo. No segundo tempo, o recém-entrado Fofana forçou o segundo pênalti, dessa vez convertido por Maxi López, que cumpriu a lei do ex. O argentino voltaria a marcar já no final do jogo, em jogada do compatriota De Paul, e por fim Fofana deixou sua marca, após sofrer outra penalidade. Foi a primeira vez na história da Serie A que três diferentes jogadores converteram cobranças para uma equipe em um mesmo jogo. A segunda vitória dos friulanos deu uma nova vida para o ameaçado Delneri, enquanto a Sampdoria sofreu o primeiro tropeço após o bom início de campeonato.

Genoa 0-1 Bologna
Palacio
Tops: Palacio e Mirante (Bologna) | Flops: Pellegri e Laxalt (Genoa)

E segue o drama do Genoa. Ainda sem vencer no campeonato, o time de Juric entrou em campo pressionado e não passou no teste do confronto direto contra o Bologna. Assim como no último domingo, quando pressionou a Inter, a equipe genovesa teve atuação relativamente positiva para os seus padrões, mas a desatenção da defesa foi fatal para manter a equipe na zona de rebaixamento.

O nome do jogo foi o interminável Palacio, que teve ótima passagem pelos grifoni. O experiente atacante argentino parecia viver o pior do final da carreira na Inter, por causa de problemas físicos, mas voltou voando do verão e novamente carregou o time de Donadoni para mais uma vitória. O Genoa teve o empate frustrado pela trave, em finalização de Galabinov, e mais um dia apagado do jovem Pellegri. Os anfitriões estão na penúltima posição, com apenas dois pontos, e podem passar por mudanças durante a data Fifa.

Spal 1-1 Crotone
Paloschi (Antenucci) | Simy (Stoian)
Tops: Viviani (Spal) e Simy (Crotone) | Flops: Salamon (Spal) e Sampirisi (Crotone)

Em mais um confronto direto, o Crotone arrancou dois pontos cruciais do adversário para seguir fora da zona de rebaixamento. Mais uma vez, a Spal teve atuação convincente, mas saiu de campo frustrada, pois deveria ter transformado o domínio em vitória. A decepção se torna ainda maior porque embora tenha jogado bem contra gigantes, já são quatro derrotas seguidas desde a vitória sobre a Udinese – até aqui a única da equipe de Semplici. Ainda assim, o início de campeonato da equipe de Ferrara está acima das expectativas, pois é a única das agremiações que subiram da Serie B que conseguiu ao menos uma vitória e se mantém fora da zona de rebaixamento.

No estádio Paolo Mazza, Paloschi foi a atração da primeira etapa. O atacante (que no início da carreira chegou a vislumbrar um futuro na seleção italiana) interrompeu uma sequência incrível de quase dois anos sem marcar. O ex-jogador do Chievo substituiu o lesionado Borriello e abriu o placar aos 39 – até teve chance para ampliar, mas acabou parado por Cordaz. Do outro lado, o grandalhão Simy aproveitou a falha adversária para marcar um gol decisivo para o time treinado por Nicola. O Crotone briga novamente para seguir na elite, mesmo com as grandes limitações de estrutura e de elenco.

*Os nomes entre parênteses após os autores dos gols se referem aos responsáveis pelas assistências

Seleção da rodada
Alisson (Roma); Nuytinck (Udinese), Caldara (Atalanta), Koulibaly (Napoli); Castro (Chievo), Parolo (Lazio), Pellegrini (Roma), Brozovic (Inter); Luis Alberto (Lazio), Mertens (Napoli); Dzeko (Roma). Técnico: Eusebio Di Francesco (Roma).

Compartilhe!

1 Comentário

  • Na Itália sou simpático ao Milan, mas este ano acho que não vai dar para o rossonero, logo fica a torcida para o Napoli, este que tem um sistema ofensivo letal.

Deixe um comentário