Liga Europa

Entre o sucesso da Atalanta e o vexame do Milan, Itália terá três cabeças de chave na Liga Europa

A sexta e última rodada da fase de grupos da Liga Europa seria praticamente um momento para cumprir tabela para as equipes da Itália. Afinal, Lazio e Milan já estavam classificados e com a liderança garantida no grupo, e a Atalanta também já havia confirmado a passagem para a fase de 16 avos de final. A equipe bergamasca, porém, ainda poderia acrescentar uma glória à seu feito: ser a primeira colocada do grupo da morte. Conseguiu.

Os nerazzurri receberam o Lyon e precisavam de um empate por 0 a 0 ou 1 a 1 para ficarem com a liderança do Grupo E – as duas equipes estavam empatadas com 11 pontos e ficaram no empate por 1 a 1 na França. Antes da partida, o técnico Gian Piero Gasperini disse que considerava o confronto ideal para que sua equipe ganhasse cancha: “Não estamos habituados a partidas assim, então devemos nos provar”, declarou. E a Atalanta não se apequenou diante do semifinalista da última edição da Europa League, que ocupa atualmente a vice-liderança da Ligue 1, com o segundo melhor ataque da competição, com 40 gols, atrás apenas do Paris Saint-Germain.

Gasperini avisara que iria mandar força máxima a campo e assim o fez: o piemontês não quis nem poupar Papu Gómez, que não está na melhor forma física. A abordagem da partida por parte da Dea foi perfeita, já que o Lyon praticamente não deu sinais de vida. Totalmente dominado por quase todo o jogo no Mapei Stadium, o OL só ameaçou no início, com Mariano, e no final, quando Fekir acertou uma cobrança de falta na trave.

A Atalanta, por sua vez, além de conseguir neutralizar os pontos fortes do Lyon, marcou seu gol logo aos 10 minutos. Spinazzola levantou bola na área, Hateboer finalizou mal e Petagna aproveitou a sobra para ganhar dos zagueiros Marcelo e Diakhaby e escorar para as redes. O gol prematuro ajudou muito na exibição cheia de personalidade dos nerazzurri, que marcaram com pressão alta e mantiveram a posse de bola em grande parte do jogo, impedindo que os lioneses pudessem levar tanto perigo. No final das contas, festa merecida para os mais de 15 mil torcedores da Atalanta, que viajaram 154 quilômetros de Bérgamo até Reggio Emilia para incentivarem sua equipe e viram a fábula ter continuidade. Até mesmo o presidente Antonio Percassi entrou na celebração.

O desespero de Cutrone ilustra a péssima partida dos rossoneri na Croácia (LaPresse)

Ao mesmo tempo em que a Atalanta conseguia a liderança do grupo da morte e um lugar entre os cabeças de chave da próxima fase, o Milan adicionava um novo vexame à sua lista de vergonhas recentes. Em seu segundo jogo à frente do time rossonero, Gennaro Gattuso voltou a amargar um resultado negativo. Após empatar com o fraco Benevento, o Diavolo perdeu sua primeira partida contra uma equipe da Croácia: o já eliminado Rijeka fez 2 a 0 graças a um esplêndido gol de falta de Puljic e de uma conclusão de Gavranovic.

Tudo bem, Gattuso escalou uma equipe repleta de reservas e alguns pratas da casa, como Calabria, Zanellatto, Locatelli e Cutrone. De qualquer forma, perder de forma tão merecida para um time que mandou a campo cinco atletas que nunca se destacaram no futebol da Itália – quatro deles foram medíocres até na Serie B – não é algo que possa ser minimizado. Muito menos quando o Milan nem mesmo conseguiu acertar o gol adversário.

Após o jogo, o novo treinador assumiu a culpa. “É culpa minha. Me parece que, em nível mental, o time não consegue reagir. Quando algo ruim acontece, nos encolhemos. Tentei dar espaço a quem teve poucos minutos na temporada, mas não deu certo”, disse Ringhio. A crise em Milanello é grande e não promete cessar: além dos resultados negativos, o clube está se complicando com a Uefa por questões ligadas ao Fair play Financeiro.

Por fim, a Lazio também entrou em campo invicta e perdeu. Com a improvável derrota por 3 a 2 para o eliminado Zulte Waregem, os celestes viram cair por terra uma invencibilidade de 27 jogos na fase de grupos da Liga Europa.

A viagem à Bélgica serviu para que Simone Inzaghi desse espaço a reservas e jogadores criados em Formello: o trio de meias, por exemplo, foi formado por Murgia, Miceli e Crecco, enquanto Palombi atuou no ataque. A equipe não jogou bem e acabou sofrendo o primeiro gol já aos 8 minutos, graças a De Pauw. Aos 15 do segundo tempo, Heylen ampliou, após uma cobrança de escanteio. Os romanos até conseguiram o empate, graças a Caicedo e a um gol de calcanhar de Lucas Leiva, mas Leya Iseka deu números finais à partida.

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