Seleção italiana

Apesar de derrota, Itália de Di Biagio mostra evolução contra Argentina

Além de protagonizarem uma das maiores rivalidades do futebol mundial, Argentina e Itália chegaram a março de 2018 com a necessidade de afirmação. Enquanto a albiceleste precisa provar que é uma real candidata ao título na Copa do Mundo, a Squadra Azzurra tem o dever de se reconstruir e se recuperar do vexame, com a desclassificação para a competição que será disputada na Rússia. Neste sentido, o 2 a 0 para os argentinos não foi significativo para nenhuma das duas seleções, já que os sul-americanos não brilharam sem Messi e os italianos mostraram pouca evolução.

No Etihad Stadium, a Itália fazia a sua primeira partida após a queda contra a Suécia, que a deixou fora da Copa. A federação local segue sem presidente desde que Carlo Tavecchio se demitiu, à época da eliminação, e também continua com indefinição no comando técnico. Treinador da seleção sub-21, o interino Luigi Di Biagio assumiu a fogueira deixada por Gian Piero Ventura com o duro objetivo de se tornar efetivo, vencendo a concorrência de nomes como Carlo Ancelotti, Antonio Conte, Roberto Mancini e Claudio Ranieri. Em seu primeiro jogo com o time principal, ao menos fez mais do que seu antecessor.

Itália e Argentina fizeram uma partida equilibrada no primeiro tempo, sem grandes oportunidades para ambos os lados. As melhores chances ficaram com os sul-americanos: Otamendi, Tagliafico e Higuaín experimentaram, mas Buffon respondeu com sua habitual segurança. Após o intervalo, a Nazionale melhorou e, após a saída de Di María, principal criador de jogadas dos albicelestes, até foi superior por alguns minutos.

Neste momento de predomínio azzurro, o gol não saiu por falta de pontaria e por causa da boa atuação do goleiro Caballero. Primeiro, Paredes saiu jogando errado, mas Insigne não aproveitou o desenrolar da jogada e, sozinho frente ao arqueiro, chutou para fora. Depois disso, Caballero negou o gol a Chiesa e a Immobile, que recebeu um belo passe de um Verratti mais propositivo que o habitual na seleção.

Quando a Itália era melhor, porém, um erro na defesa e um contra-ataque eficaz definiram o placar a favor dos argentinos. Primeiro, Cristante perdeu a bola na frente da própria área e Banega aproveitou a sequência da jogada para finalizar no contrapé de Buffon, aos 75. Dez minutos depois, Higuaín soube lidar com a desarrumada zaga italiana para dar uma assistência para Lanzini ampliar, com um belo chute.

Poucos indicativos de crescimento, mas um time mais criativo e voluntarioso do que com Ventura: até agora, foi o que Di Biagio conseguiu, com poucos dias de trabalho. Contra a Inglaterra, na terça, será possível ver melhor o quanto sua interinidade merece crédito no sentido de uma preparação mais rápida para o novo ciclo. Afinal, nada mudará substancialmente na seleção até uma definição no comando da FIGC e da Nazionale.

Argentina 2-0 Itália

Argentina: Caballero; Bustos (Mercado), Otamendi, Fazio, Tagliafico; Biglia, Paredes (Banega); Lo Celso (Pavón), Lanzini, Di María (Perotti); Higuaín. Técnico: Jorge Sampaoli.
Itália: Buffon; Florenzi (Zappacosta), Bonucci, Rugani, De Sciglio; Parolo (Pellegrini), Jorginho (Belotti), Verratti (Cristante); Chiesa (Candreva), Immobile (Cutrone), Insigne. Técnico: Luigi Di Biagio.
Gols: Banega e Lanzini.
Local: Etihad Stadium, em Manchester, Inglaterra.
Árbitro: Mark Atkinson (Inglaterra).
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