Liga Europa

Resta uma: Lazio será a única equipe italiana nas quartas da Liga Europa

Nesta quinta-feira decisiva de Liga Europa, deu o esperado. A Lazio conseguiu a vaga nas quartas de final da competição ao impor sua força contra o Dynamo Kyiv, na Ucrânia, enquanto o Milan não teve sucesso em reverter a ótima vantagem construída pelo Arsenal na partida de ida. Na manhã desta sexta o time romano conhecerá seu adversário na próxima fase do torneio.

O empate por 2 a 2 em Roma havia sido frustrante para uma Lazio que jogara melhor do que o Dynamo e fizera o suficiente para vencer. Para a volta, no Olímpico de Kyiv, os celestes carregavam um retrospecto muito bom: apenas uma derrota em 11 partidas contra adversários ucranianos, acontecida em 1975-76. Os donos da casa estavam invictos no estádio pela competição desde 2014, mas só haviam vencido times italianos duas vezes em sua história, uma delas no tapetão. Histórico não entra em campo, mas dizem algo – e a Lazio fez valer a sua aparente superioridade.

Logo nos minutos iniciais, Immobile conseguiu driblar o goleiro Boyko e só não abriu o placar porque a cobertura de Kádár foi perfeita. A defesa ucraniana, porém, acabou falhando aos 23, numa cobrança de escanteio de Luis Alberto: Boyko saiu mal do gol e Lucas Leiva apareceu sozinho na área para cabecear para as redes. Com a vantagem, a equipe celeste continuou pressionando e teve duas chances de ampliar com Immobile, mas o camisa 17 não estava com a pontaria calibrada.

Após o intervalo, o ritmo continuou parecido. O Dynamo só ameaçava em chutes de longa distância, enquanto a Lazio perdia chances inacreditáveis – na melhor delas, num rebote, Patric chutou por cima da meta desguarnecida dos ucranianos. O gol que definiu a vitória de 2 a 0 a favor da equipe italiana só foi marcado aos 83, em nova cobrança de escanteio. O brasileiro Luiz Felipe desviou a bola no primeiro pau e De Vrij apareceu para concluir e dar a vaga à Lazio.

Minutos depois de os aquilotti se garantirem nas quartas de final, o Milan entrou em campo contra o Arsenal com a dura tarefa de reverter um 2 a 0 sofrido em casa. Duríssima, na verdade, considerando que os rossoneri tinham em seu currículo apenas uma classificação em torneios europeus após perderem em San Siro na ida – na distante Copa dos Campeões de 1955-56, contra o Saarbrücken, da Alemanha. Tinham, também, apenas uma vitória em 16 partidas em solo inglês, conquistada diante do Manchester United, em 2005. E continuaram com uma: o 3 a 1 aplicado pelos Gunners foi a décima derrota milanista na Inglaterra.

Gattuso escalou o Milan num 4-4-2 bem ofensivo, com Borini de lateral direito, Suso e Çalhanoglu nas pontas e Cutrone e André Silva como atacantes de área. Nesse sistema, o time italiano fez uma partida positiva no primeiro tempo e chegou ao gol aos 39 minutos, quando seu camisa 10 apareceu. Çalhanoglu recebeu a bola no lado esquerdo, cortou para o centro e arriscou um chute cheio de efeito de longa istância, que morreu nas redes de Ospina. Tudo ia bem até que, em seguida, o árbitro auxiliar indicou para Jonas Eriksson um pênalti inexistente de Rodríguez sobre Welbeck. O atacante mesmo cobrou e empatou.

O empate e a forma como ele veio afetaram os jogadores do Milan. O Arsenal cresceu no jogo e a única boa chance criada pelos rossoneri foi num voleio e Cutrone, no segundo tempo. Os Gunners, por sua vez, fizeram Donnarumma trabalhar demais: ainda antes do intervalo, o goleiro precisou fazer uma grande defesa em um chute forte de Wilshere.

Gigio continuou em evidência com boas defesas, mas falhou no segundo gol do Arsenal, quando não segurou uma finalização de longa distância de Xhaka. Já no finalzinho, Welbeck anotou mais uma vez e decretou o fim da participação do Diavolo na Liga Europa. Ao menos, à parte o resultado, o Milan mostrou melhora em relação ao jogo da semana passada. Com objetivos a serem cumpridos ainda na temporada, os rossoneri precisarão manter a mesma toada do restante de 2018.

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