Seleção italiana

Itália dá espaços demais e perde para a França no segundo jogo de Mancini

A França é uma das maiores rivais da Itália no plano esportivo. No entanto, desde 2008 a equipe do Belpaese não consegue bater o adversário transaplino: com o amistoso de hoje, já são 12 jogos de jejum. Dessa vez, os italianos nem mesmo chegaram a flertar com a vitória e foram presa fácil para a seleção comandada por Mbappé e Griezmann, que venceu por 3 a 1.

Em seu segundo jogo frente à Squadra Azzurra, Roberto Mancini voltou a utilizar o 4-3-3, mas com algumas modificações na escalação. O time “alternativo” teve sete mudanças em relação ao usado contra a Arábia Saudita, com destaque para as estreias de Caldara, Mandragora e Berardi pela Nazionale. Um dos mantidos foi Balotelli, que era dúvida por causa de um desconforto muscular, mas conseguiu se recuperar e se apresentou frente ao torcedor de Nice, onde mora.

Desde os primeiros minutos, porém, a França mostrou outro nível de preparação. O que é compreensível, considerando o tempo de trabalho de Didier Deschamps e o fato de os franceses estarem motivados por chegarem à Copa do Mundo como favoritos – sem falar na qualidade técnica da equipe, é claro. Aos 8 minutos, os donos da casa já venciam: após cruzamento na área, Chiesa não acompanhou Mbappé e, após Sirigu negar o gol ao atacante do Paris Saint-Germain, Umtiti estufou as redes.

O restante do primeiro tempo foi uma verdadeira blitz francesa. No meio-campo, Mandragora, Jorginho e Pellegrini davam espaços demais para que o trio formado por Dembelé, Griezmann e Mbappé pudesse trabalhar entre as linhas e bombardeassem a defesa azzurra. Só na etapa inicial o próprio Mbappé teve duas oportunidades claras e Kanté acertou a trave. Além disso, Hernández infiltrou-se nas costas da defesa e foi derrubado por Mandragora, permitindo que Griezmann ampliasse.

Nos últimos lances que antecederam o intervalo a Itália empatou. Balotelli foi derrubado dentro da área, mas o árbitro deu falta – e não foi corrigido pelo VAR. Não acabou fazendo diferença, já que Super Mario soltou um foguete na cobrança e Bonucci aproveitou o rebote de Lloris para diminuir. O gol deu alguma moral para a equipe italiana, que voltou mais incisiva para o segundo tempo, arriscando mais.

Apesar do pequeno crescimento da Itália, a França ainda mandava no jogo. Mbappé continuou provocando o caos na defesa italiana e Dembelé começou a entrar mais no jogo. Num contra-ataque rapidíssimo, o jogador do Barcelona quase fez um golaço, após cortar dois marcadores e acertar o travessão. A pintura não demorou a sair: após uma sobra de bola, encobriu Sirigu e fez 3 a 1. O goleiro do Torino, que não jogava pela seleção desde junho de 2016, ainda fez uma linda defesa nos minutos finais, negando um gol de voleio de Thauvin.

Assim como contra a Arábia Saudita, a partida contra a França ainda não pode ser usada como régua para o trabalho de Mancini. Até porque, além de não triunfar sobre os Bleus há uma década, a Itália não vence em terras francesas desde 1954. Uma lição, no entanto, pode ser aprendida: pelas características do elenco azzurro, dar espaço para jogadores técnicos e agudos é pedir para sofrer.

França 3-1 Itália

Françaa: Lloris; Pavard, Rami, Umtiti, Hernández (Mendy); Tolisso (Matuidi), Kanté, Pogba (Nzonzi); Dembelé (Lemar), Griezmann (Giroud), Mbappé (Thauvin). Técnico: Didier Deschamps.

Itália: Sirigu; D’Ambrosio (Florenzi), Bonucci, Caldara, De Sciglio; Pellegrini (Cristante), Jorginho (Bonaventura), Mandragora; Chiesa, Balotelli (Belotti), Chiesa (Insigne). Técnico: Roberto Mancini.

Gols: Umtiti, Griezmann, Dembelé; Bonucci.
Local: Allianz Riviera, em Nice, França.
Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra).

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