Serie A

Parada de inverno: Roma

Francesco Totti: a fase espetacular continua, apesar das lesões

A campanha
2ª colocação. 17 jogos, 36 pontos. 10 vitórias, 6 empates, 1 derrota. 33 gols marcados, 18 sofridos. O time-base
Doni, Panucci, Mexès, Juan, Tonetto; De Rossi, Pizarro; Cassetti (Giuly), Mancini, Vucinic; Totti.
O comandante
Luciano Spalletti. O técnico florentino está no comando da Roma desde 2005, quando deixou a disputa da Liga dos Campeões com a Udinese em favor de um elenco desestruturado, em crise de identidade e uma sociedade em estado pré-falimentar. Fez limonada de seu próprio jeito, reencontrando o futebol de gente como Perrotta e Mancini em posições jamais pensadas. Os fantásticos resultados em seus dois primeiros anos lhe renderam também o cargo de manager do clube. Seu 4-2-3-1, porém, não surte mais o efeito de outras temporadas, como dito aqui.O herói
Daniele De Rossi, meio-campista. Totti, que passou metade da temporada lesionado, sempre entrou em campo para decidir – a sua média de gols é ainda superior à da última temporada, quando terminou com a Chuteira de Ouro européia. Aquilani, que fez apenas cinco jogos e ficou fora do restante da temporada, saiu como o melhor em campo em pelo menos três destes. Dos “não-lesionados”, De Rossi garantiu de vez sua condição de ídolo romanista: marcou o o gol que deu a Supercoppa à Roma em pleno Meazza e tem mostrado sua boa técnica mesmo como esteio de um time bastante ofensivo.
O vilão
Mirko Vucinic, atacante. O montenegrino teve sua grande fase na temporada: no dérbi marcou um gol e deu uma assistência, e ainda anotou em dois jogos da LC, em outubro. Mas parou por aí. Sem Totti, coube a Vucinic o papel de substitui-lo, mas sempre pareceu perdido nos contra-ataques puxados pelo time giallorosso. Com Totti, Vucinic foi recuado para cobrir alguma das posições na linha de três armadores romanistas, mas sempre sem grandes méritos. A decepção com o capitão de Montenegro já é evidente na torcida. Bem como com Giuly, que veio para garantir um toque de experiência internacional, mas decepciona a cada partida pelo campeonato.A perspectiva
Luta pelo título, chegar às quartas na Liga dos Campeões. A Roma se encontra numa condição parecida com a de um ano atrás: a diferença para a Inter é a mesma e as oitavas-de-final da LC reservaram um adversário bem problemático, o já conhecido Real Madrid. As perspectivas romanistas, porém, são interessantes. O time terminou o ano instável, mas gente como Totti, Aquilani e Taddei aproveitou essa pausa para se recuperar e voltar no ritmo puxado. Com o retorno dos dois últimos, aliás, espera-se que a defesa fique mais guarnecida, evitando a sobrecarga na dupla de zaga.

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2 comentários

  • Taddei e Aquilani fizeram muita falta ao Spalletti. Estou curioso de ver o Aquilani de volta pois a sua inclinaçao a se machucar com frequencia està me preocupando.
    Abraço

  • À Roma, faltou a sorte de times como o Porto.

    O Real Madrid é, ao meu ver, um dos três principais candidatos a levar a Champions League.

    Até por isso, considero tarefa complicada para a Roma passar para as quartas-de-final da LC.

    Se passar – tudo no futebol é possível -, que se sonhe com o título europeu, já que não há nada tão mais difícil que o Real Madrid Europa afora.

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