Nesta quinta-feira, dia 18 de fevereiro, Massimo Moratti completou 15 anos como presidente da Inter. Em 1995, Ernesto Pellegrini (presidente nerazzurro desde 1984) concluiu a venda do clube para o filho de Angelo Moratti – dono da Beneamata na década de 60, época mais gloriosa do clube, quando Helenio Herrera e seu catenaccio levaram a Inter ao bicampeonato da Copa dos Campeões. Ironicamente, no início da mesma temporada 1994-95, a tríade formada por Antonio Giraudo, Luciano Moggi e Roberto Bettega começava a ter sucesso na Juventus que dominaria a Serie A por cerca de uma década, contrastando com os seguidos fracassos do time de Moratti.
Os primeiros anos de sua presidência foram cercados de expectativas. Chegaram jogadores como Zanetti, Paul Ince, Roberto Carlos, Zamorano e Djorkaeff. Porém, a primeira grande contratação da Era Moratti foi Ronaldo, que estava arrebentando no Barcelona. O primeiro título veio logo: o título da Copa da Uefa, conquistado sobre a Lazio em 1998. Foi o único título até a Coppa Italia da temporada 2004-2005. Entre os dois títulos, muitos problemas foram registrados e marcaram a gestão de Massimo Moratti até o scudetto que tirou a Inter de uma fila de 17 anos.
A Inter do fim dos anos 90 e do início dos anos 2000 ficou conhecida como o time do quase, da diretoria que não tinha paciência com os técnicos (na temporada 1998-99, o clube teve quatro treinadores diferentes e Moratti chegou a se demitir, mas permaneceu no cargo). Sobretudo, a diretoria da Inter ficou conhecida porque contratava – e vendia – muito mal. Nestes anos, técnicos como Marcello Lippi não deram certo a equipe meneghina, pela qual passaram jogadores do naipe de Georgatos, Gresko, Milanese, Domoraud e Sixto Peralta. Por outro lado, Pirlo, Seedorf e Roberto Carlos deixaram o clube em negociações que depois se mostraram nada vantajosas para os nerazzurri. Até a sorte estava “contra” o clube de Via Durini: Ronaldo, a estrela da companhia, lesionou o joelho gravemente por duas vezes.