Serie A

Review da temporada: Atalanta

Peluso chora, após marcar gol contra que decretou o rebaixamento da
Atalanta após quatro temporadas na Serie A (Getty Images)

A CAMPANHA 18ª colocação, 35 pontos. 9 vitórias, 8 empates, 21 derrotas. Rebaixada para a Serie B.
FORA DA SERIE A Eliminada na quarta fase da Coppa Italia pelo Lumezzane.
O ATAQUE 37 gols, o segundo pior.
A DEFESA 53 gols.
OS ARTILHEIROS Simone Tiribocchi (11 gols), Jaime Valdés (7) e Adriano Ferreira Pinto (3).
OS ONIPRESENTES Simone Tiribocchi (37 jogos), Simone Padoin (36) e Jaime Valdés (33).
O TÉCNICO Angelo Gregucci (até a 4ª rodada), Antonio Conte (da 5ª até a 18ª rodada), Walter Bonacina (19ª rodada) e Bortolo Mutti (a partir da 20ª).
QUEM DECIDIU Jaime Valdés
QUEM DECEPCIONOU Robert Acquafresca
QUEM SURGIU Fabio Ceravolo
QUEM SUMIU Edgar Barreto
MELHOR CONTRATAÇÃO Simone Tiribocchi
PIOR CONTRATAÇÃO Robert Acquafresca
NOTA DA TEMPORADA 1,5

Para quem sonhava com uma vaga na Liga Europa no início da temporada, a temporada da Atalanta acaba completamente melancólica, com o inesperado rebaixamento para a Serie B. Inesperado porque o elenco bergamasco é superior ao de algumas equipes que permaneceram na elite, como Bari e Chievo e porque o time se mexeu bem no mercado, à exceção da contratação do técnico Angelo Gregucci, que substituiria Luigi Del Neri. Gregucci foi demitido após quatro derrotas nas quatro primeiras rodadas – e apenas um gol marcado. Antonio Conte até fez o time somar os primeiros pontos e vencer os primeiros jogos, mas manteve o time na zona de rebaixamento. Bortolo Mutti, ídolo do clube, melhorou a performance nerazzurra, somando seis vitórias no restante do torneio e mais nenhuma derrota em casa. No entanto, o péssimo primeiro turno impediu uma recuperação efetiva.

Além do problema relacionado aos treinadores na primeira parte do torneio, destacaram-se também as decepções em torno de algumas contratações – sobretudo Robert Acquafresca. Se esperava que o atacante preenchesse o espaço deixado por Sergio Floccari, mas a inacreditável marca de apenas um gol marcado resultou em sua devolução ao Genoa. Edgar Barreto, contratado para substituir Luca Cigarini, se lesionou gravemente e mal entrou em campo. Paolo Zanetti e Sergio Volpi, que chegaram em janeiro, mal foram utilizados em detrimento de um decadente Diego De Ascentis, o que sobrecarregou demais a ótima dupla formada por Tiberio Guarente e Simone Padoin – que dificilmente deve permanecer na Lombardia. A defesa, outrora sólida, sofreu com a falta de continuidade e com os erros incalculáveis do fraco Paolo Bianco, enquanto o capitão do time, Cristiano Doni, também atuou abaixo da média, prejudicado pelos problemas físicos decorrentes de sua idade avançada, e pode se aposentar.

De positivo, além de Guarente e Padoin, também valeu a pena acompanhar as temporadas de Jaime Valdés e Simone Tiribocchi. O chileno de 29 anos, esterno pela esquerda, foi, por várias vezes, o único meia ofensivo da Atalanta, graças ao longo período de lesão do brasileiro Ferreira Pinto. Com estilo de jogo sempre vertical, unindo velocidade, bons dribles e chutes de fora da área, El Pajarito atraiu o interesse do Milan. Tiribocchi, por sua vez, foi contratado para ser reserva de Acquafresca, mas chamou a responsabilidade e virou titular, chegando a ultrapassar a cota de 10 gols na temporada. Bons também os momentos milagrosos do goleiro Consigli, como na última rodada, contra o Palermo. Por outro lado, sua irregularidade ainda é notável: capaz de grandes defesas, o ex-goleiro da seleção sub-21 também comete erros infantis, como contra a Roma. Para a próxima temporada, a confirmação de Mutti no comando do time, bem como a permanência de alguns jogadores importantes – como Ferreira Pinto, que deve ficar – fará com que a Atalanta seja favorita a um retorno imediato para a elite, corrigindo o apagão desta temporada.

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