É provável que os admiradores mais jovens do futebol italiano tenham Fabio Cannavaro como exemplo de zagueiro. Rápido, veloz e inteligente, na maioria das vezes estava um passo a frente dos atacantes. Mas o especialista real nesse atributo surgiu há algumas décadas: Giuseppe Bergomi.
Apelidado de Lo Zio (o tio, em italiano) devido ao peculiar bigode e vastas sobrancelhas, Bergomi entrou nas categorias de base da Inter, em 1979, para nunca mais abandonar a agremiação. Estreou na equipe principal nerazzurra em 1981, e, demonstrando consciência e desenvoltura de um veterano, participou no ano seguinte do título mundial da Squadra Azzurra, em 1982, com apenas 18 anos.

Titular em final de Copa com apenas 18 anos, Bergomi chega duro em Rummenigge, que seria seu companheiro na Inter (imago)
Na Copa, Bergomi teve atuações destacadas contra o Brasil de Zico, quando entrou na vaga de Collovati, machucado; e na final, contra a Alemanha. Na decisão, o jovem teve a ingrata e bem-sucedida missão de marcar Rummenigge, vencedor da chuteira de prata da competição.
E esta foi apenas a primeira das quatro Copas do Mundo de que participou. Em 1986, resistiu à renovação pela qual passou a equipe e chegou às quartas-de-final. Em 1990, com o prazer e a responsabilidade de ser o capitão do time que disputava o torneio em casa, ficou em terceiro lugar. Em 1998, sete anos após ser chamado pela última vez para defender a Itália, recebeu voto de confiança de Cesare Maldini e, aos 35 anos, foi titular na Copa do Mundo disputada na França – e novamente parou nas quartas.
Jogador de extrema precisão e bons posicionamento e antecipação, desarmava como poucos, com bastante lealdade e segurança, mas sem aliviar. Também teve a carreira marcada pelo profissionalismo e pela fidelidade à Inter. Bergomi jogou em nerazzurro por 20 anos e formou uma dupla de zaga que impunha muito respeito, com outro Giuseppe Baresi. Mas conquistou poucos títulos, com destaque para a Serie A de 1989 sob o comando de Giovanni Trapattoni, único scudetto conquistado pelo jogador.
Em 1999, aos 36 anos, se aposentou após defender a Inter em 756 jogos oficiais, o que o torna o jogador com mais presenças pelo clube, à frente de nomes como Javier Zanetti, Giacinto Facchetti e Giuseppe Meazza. O argentino, no entanto, o ultrapassaria e chegaria a 858 aparições, deixando Lo Zio com a medalha de prata.
Depois de pendurar as chuteiras, Bergomi foi técnico das categorias de base de Inter, Atalanta, Monza e Como, além de trabalhar como comentarista esportivo. Na Sky Italia, ganhou ainda mais notoriedade durante a Copa de 2006, ao lado do narrador Fabio Caressa.
Giuseppe Bergomi
Nascimento: 22 de dezembro de 1963, em Milão
Posições: zagueiro e lateral-direito
Clubes: Inter (1979-99)
Títulos: Coppa Italia (1982), Copa do Mundo (1982), Serie A (1989), Supercopa Italiana (1989) e Copa Uefa (1991, 1994, 1998)
Seleção italiana: 81 jogos e 6 gols
Muito bom.
O que me chama a atençao sao seus 3 titulos de copa da Uefa.
Valeu galera tudo de bom.
Vou encomodar voces novamente, agora peço humildemente o perfil de um bom atacante italiano, Fabrizio Ravanelli, se nao for atrapalhar a programaçao de vcs, pf.
Tudo de bom.
Eu não conhecia esse jogador. Que curriculo bom desse Bergomi. Belo post, estão de parabéns.
Pedido anotado 😉
Valeu 8)
Realmente esta página vem em grande fase, perfis belíssimos. Parabéns
Mito em azul e preto!
Infelizmente só o vi em final de carreira.
Por que será que os jogadores recordistas de jogos por um clube são quase sempre jogadores de defesa?