Listas

Os 5 maiores brasileiros da história da Juventus

Nas primeiras postagens do especial de melhores jogadores, diversas nacionalidades foram consideradas na eleição e montagem das listas. A história muda um pouco a partir de hoje. Os próximos textos serão sobre atletas de determinados países no clube em questão.

A Juventus é novamente o primeiro time a ser homenageado. Os bianconeri não têm uma história repleta de atletas do Brasil. O primeiro foi Pedro Sernagiotto, em 1932; os últimos, Rubinho, ainda integrante do elenco juventino, e o ítalo-brasileiro Rômulo, que acabou de ser contratado e ainda não entrou em campo pela Velha Senhora. Ao todo, 18 brasileiros fizeram ao menos um jogo pela Juve – e muitos passaram longe de fazer história, como o próprio goleiro, Gladstone, Athirson, Lúcio ou Fernando Puglia, na década de 1960. Outros, chegaram com grandes expectativas e fracassaram, como Diego e Felipe Melo. Optamos, assim, por enxugar o top 10 para apenas cinco atletas.

Dentre os brasileiros que já passaram pelo time turinês, dois não estão na nossa lista e merecem menção honrosa. O primeiro é o zagueiro Júlio César, que passou quatro anos na equipe e ganhou uma Copa da Uefa. O defensor, que defendeu a Juve entre 1990 e 1994, e tem a Copa de 1986 no currículo, no entanto, foi coadjuvante da equipe e, segundo nosso critérios, ficou na sexta posição. Logo atrás vem o meia-atacante brasileiro Nenê, que fez uma boa temporada em 1963-64, depois de ser vendido pelo Santos. Porém, ele brilhou mesmo em 12 anos pelo Cagliari, onde foi campeão italiano.

Para montar as listas, o Quattro Tratti levou em consideração a importância de determinado jogador na história do clube, qualidade técnica do atleta versus expectativa, identificação com a torcida e o dia a dia do clube (mesmo após o fim da carreira), grau de participação nas conquistas, respaldo atingido através da equipe e prêmios individuais. Listas são sempre discutíveis, é claro, e você pode deixar a sua nos comentários!

Observações: Para saber mais sobre os jogadores, os links levam a seus perfis no site. Os títulos e prêmios individuais citados são apenas aqueles conquistados pelos jogadores em seu período no clube. Também foram computadas premiações pelas seleções nacionais, desde que ocorressem durante a passagem dos jogadores nos clubes em questão. Confira também: Os 10 maiores jogadores da história da Juventus.

Brasileiros da história da Juventus (por ordem alfabética e, em seguida, no ranking):
Amauri, Armando Miranda, Athirson, Bruno Siciliano, Chinesinho, Diego, Dino da Costa, Emerson, Felipe Melo, Fernando Puglia, Gladstone, José Altafini, Júlio César, Leonardo Colella, Lúcio, Ministrinho e Nenê.

5º – Dino da Costa

Posição: atacante
Período em que atuou: 1963 a 1966
Títulos conquistados: Coppa Italia (1964-65)
Prêmios individuais: nenhum

Dino da Costa (à esquerda na foto, com o compatriota Nenê e o espanhol Luis del Sol) estava com 31 anos quando a Juventus o buscou na Atalanta. Ele era um jogador importante no esquema de jogo de Paolo Tabanelli, em Bérgamo, que levou o time a conquistar sua única Coppa Italia na história.

O brasileiro chegou a Turim para substituir Armando Miranda, atacante brasileiro grandalhão que ficou somente uma temporada na Juve. Dino da Costa não foi brilhante nos três anos com a camisa bianconera. Ele foi titular apenas na época 1964-65, exatamente quando a equipe venceu a copa nacional. O ex-artilheiro do Italiano, pela Roma, marcou 11 gols em 51 partidas pela Juventus.

4º – Ministrinho

Posição: meia
Período em que atuou: 1931 a 1934
Títulos conquistados: 2 Serie A (1932-33 e 1933-34)
Prêmios individuais: nenhum

Ministrinho (de boina e blusa branca) ficou conhecido na Itália com seu nome de batismo, Pedro Sernagiotto. Ele foi o primeiro brasileiro a vestir a camisa da Juventus na história – o 8º estrangeiro, no geral. Os bianconeri negociaram com o Palmeiras em 1930 para a contratação do jogador. O meio-campista viajou à Itália, porém, só pode atuar no ano seguinte.

Durante a viagem, dirigentes do Genoa fizeram Ministrinho assinar contrato com o clube. A Federação Italiana suspendeu o jogador por um ano. Com a camisa da Juventus, o rápido meia de 1,59 m fez 50 partidas, marcou 14 gols e ajudou na conquista dos campeonatos de 1933 e 1934. Ele também foi convocado por Vittorio Pozzo para a seleção B da Itália.

3º – Emerson

Posição: volante
Período em que atuou: 2004 a 2006
Títulos conquistados: nenhum
Prêmios individuais: nenhum

Emerson ainda é tratado como mercenário pelos torcedores da Roma em referência à negociação de 12 milhões de euros (mais os direitos de Brighi) com a Juventus. O volante era um dos principais jogadores da equipe da capital durante o início da década de 2000. Foi assim também na Juve, quando desembarcou em Turim no ano de 2004 para fazer uma das duplas de volantes mais duras que a Itália já viu, ao lado de Vieira.

O time montado por e para Fabio Capello conquistou dois scudetti (revogados após a denúncia de manipulação de resultados) com Emerson ao lado de Vieira, Nedved e Camoranesi no fortíssimo meio de campo. Desta forma, sem títulos, o brasileiro deixou a Juve quando a equipe foi rebaixada à Serie B como condenação à manipulação de resultados e precisava enxugar as despesas. O brasileiro partiu para o Real Madrid, mas com o pensamento de que fez muito pela equipe do Piemonte.

2º – Chinesinho

Posição: meia
Período em que atuou: 1965 a 1968
Títulos conquistados: Serie A (1966-67) e Coppa Italia (1964-65)
Prêmios individuais: nenhum

Na Itália, Chinesinho virou Cinesinho. O antigo ídolo do Palmeiras passou por Modena e Catania antes de se aventurar na Juventus, clube no qual jogou por três temporadas. Ele foi contratado para substituir ninguém menos que Omar Sivori, um dos dez maiores atletas da história do clube – inclusive pegou a camisa 10 do argentino.

Com a sua extraordinária capacidade de driblar e dar assistências, Chinesinho ajudou na conquista da Serie A de 1966-67. A Juve amargava um jejum de seis anos sem o título. O meia-esquerda marcou oito gols em 85 partidas com a camisa bianconera. Ele não tinha a técnica de Sivori, mas Chinesinho ganhou os torcedores por seu empenho fora de jogo e com dinamismo e inteligência dentro de campo. Depois de sair da Juve, foi para o Vicenza, onde virou ídolo de um pequeno Roberto Baggio.

1º – José Altafini

Posição: atacante
Período em que atuou: 1972 a 1976
Títulos conquistados: 2 Serie A (1972-73 e 1974-75)
Prêmios individuais: nenhum

Em 1972, a Juventus buscou Altafini no Napoli, na mesma janela em que também retirou Dino Zoff da Campânia. O atacante marcou época em azzurro e no Milan, mas já não estava no auge de sua carreira. Aos 34 anos, o brasileiro readaptou seu esquema de jogo, portanto. Inteligentíssimo e com extrema técnica, Mazzola (como era chamado no Palmeiras) foi um dos primeiros jogadores a se destacar como calciatore part-time.

Altafini geralmente entrava no decorrer das partidas para mudar a história do confronto. Mesmo sem a explosão de outrora, o atacante marcou 25 gols em 74 partidas com a camisa bianconera. Ele fez história no Brasil e na terra natal de seus pais, Gioacchino Altafini e Maria Marchesoni. Altafini é o maior jogador brasileiro que atuou na Juve.

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