Liga Europa

Liga Europa: resumo da primeira perna dos 16 avos de final

Napoli colocou os dois pés nas oitavas da Liga Europa (Giornalettismo)

O mata-mata da Liga Europa começou com resultados majoritariamente positivos para os times italianos. Confira a análise das partidas de Napoli, Inter, Roma, Fiorentina e Torino.

Trabzonspor 0-4 Napoli

O Napoli parece que está
levando a Liga Europa a sério. Na visita à Turquia, em jogo
válido pela fase de 16 avos de final, os napolitanos venceram o
Trabzonspor com autoridade: 4 a 0. Sem as presenças de Zúñiga, Michu e
Insigne, o técnico Rafa Benítez promoveu a estreia internacional de
Gabbiadini. Além dos jogadores impossibilitados de atuar, o goleiro
Rafael foi preterido por Andújar após a falha grotesca na última rodada
da Serie A, e também por causa de um rodízio comum na competição.

A
equipe italiana foi dominante durante toda a partida. Se Higuaín teve
um gol negado por Arikan no minuto inicial de jogo. O goleiro, porém,
nada pode fazer na finalização de Henrique, aos 6, após rebote. O Napoli triplicou a
vantagem em 20 minutos, com Pipita e Gabbiadini. O ex-jogador da
Sampdoria vai mostrando porque foi a melhor contratação da janela de
inverno. Nos últimos cinco confrontos do Napoli, Gabbiadini balançou a
rede em quatro oportunidades. Mertens teve a chance de definir o
resultado no segundo tempo, porém, chutou o pênalti (duvidoso) para fora. Zapata,
no rebote de uma finalização de Callejón, marcou o quarto gol.

Os
italianos encaminharam muito bem, a vaga para a próxima fase da
competição. A ampla vitória ante o Trabzonspor mostrou que os
napolitanos estão completamente focados no torneio. Ofensivamente, com
Higuaín, De Guzmán, Martens e, sobretudo, Gabbiadini, o time mostrou uma
coesão incrível. Defensivamente, a equipe também jogou bem, apesar de
que, é verdade, pouco sofreu nos pés de Óscar Cardozo e Yilmaz. (Murillo Moret)

Celtic 3-3 Inter

Finalmente mostrando crescimento com Mancini, a Inter não poderia
desejar melhor momento para jogar na fase final da Liga Europa, para
acompanhar as vitórias no campeonato e superar a eliminação da Coppa Italia.
Contudo, a atual Inter de Mancio ainda é muito inconsistente e não
mantém a mesma performance durante todo o jogo. Na frente do placar por
duas vezes e em 70 minutos, novamente sofreu um gol nos acréscimos e não
manteve a vantagem para o jogo em Milão, ainda que tenha saído com um
bom resultado e com três gols fora de casa. A “revanche” da final da Copa dos Campeões de 1967 acabou não acontecendo.

Dominante nos
primeiros 20 minutos, os nerazzurri já tinham 2 a 0 com menos de um quarto do
jogo, graças aos gols de Shaqiri (4’) e Palacio (13’), aproveitando
vacilos defensivos dos donos da casa, o talento do suíço e o oportunismo
do argentino. Mas não é fácil jogar no Celtic Park e os escoceses
souberam aproveitar bem isso, mantendo o pressing e usando da força da
torcida para gerar erros dos italianos. Em menos de dois minutos, aos
24’ e 25’, o jogo já estava empatado com gols de Armstrong e Campagnaro,
contra. Os dois gols surgiram pela direita, com Matthews e Mackay-Steven jogando em cima de um
Santon sem apoio de Kuzmanovic. Ainda contribuíram para os gols a desatenta dupla Ranocchia e Juan
Jesus. Nem mesmo a cobertura de Medel e a boa partida de Carrizo
foram capazes de evitar o tropeço.

A partir de então, a Inter
perdeu o controle do jogo e quase levou a virada. Só que novamente um
erro levou a Beneamata para frente do placar, quando após lançamento de
Medel, o goleiro Gordon saiu mal e orquestrou tudo para Palacio fazer o
terceiro, com gol livre, minutos antes do intervalo. Mancini, que já tinha
percebido a perda do controle e deficiências defensivas, saiu do
4-3-1-2 para um 4-5-1, povoando o meio-campo e buscando mais apoio aos
laterais. Manteve isso no segundo tempo, mas não foi capaz de solucionar
o que tem sido o maior problema interista: a dupla de zaga Ranocchia e
Juan. Com Vidic no banco e Andreolli lesionado, não pode fazer muito e teve que esperar que as falhas não
comprometessem o resultado. O que acabou não acontecendo, no final das
contas, mesmo com o time criando algumas jogadas no segundo tempo –
totalmente dependente de Shaqiri -, mas ainda sofrendo muito na defesa a
cada ataque escocês. E nem mesmo a mudança para o 5-3-1-1 nos minutos
finais foi capaz de dar maior cobertura e segurança, e Guidetti,
completamente livre na área após passe de Henderson, empatou aos 93’,
decretando o empate e mantendo a invencibilidade dos escoceses em confrontos contra a Inter. (Arthur Barcelos)

Roma 1-1 Feyenoord

Mais vaias. Vencer em casa parece um obstáculo cada vez mais intransponível para a Roma, que não consegue um triunfo no Olímpico desde 30 de novembro – com exceção de partida na Coppa Italia contra o Empoli, vencida na prorrogação. Dessa vez, na estreia do time na Liga Europa, a vitória até ficou próxima, mas depois do gol de empate do Feyenoord, a equipe da casa quase levou a virada. Algo que poderia inflamar ainda mais os ânimos de todos e provocar confusão. Principalmente porque os hooligans holandeses aprontaram enorme arruaça na Cidade Eterna antes e depois do jogo, com a destruição de ônibus, monumentos históricos e muita sujeira e urina na rua, provocando incidente diplomático entre Itália e Holanda. 28 foram presos.

Dentro de campo, a Roma perdeu várias chances com Gervinho, que também foi o autor do gol que abriu o placar, completando de letra um cruzamento rasteiro de Torosidis. O jogo era tranquilo para a Roma, mas as chances perdidas e as falhas de Manolas na defesa impediam que o time de fato conseguisse controlar a partida. E foi assim que o Feyenoord chegou ao empate, aos 10 da segunda etapa. Immers cabeceou com força no ângulo, Skorupski foi buscar, a bola tocou na trave e, no rebote, Kazim-Richards, impedido, empatou. Com o gol, o time holandês, comandado pelo meia Clasie, foi para cima, e ganhou campo, embora com poucos chutes a gol. Na Roma, Totti e De Rossi, mal no jogo, foram substituídos, mas Keita, Florenzi e principalmente Doumbia não acrescentaram em nada. Agora, a vice-líder da Serie A precisará vencer em Roterdam – ou empatar por dois ou mais gols – para seguir em frente. (Nelson Oliveira)

Tottenham 1-1 Fiorentina
Depois da fase de grupos sem um adversário à altura, a Fiorentina enfim encarou um time que a colocasse a prova na Liga Europa. E no primeiro teste, um bom resultado. Ante o Tottenham, jogando em Londres, a Viola empatou em 1 a 1 na primeira partida da fase 16 avos de final e agora leva vantagem para o jogo de volta, em Florença, na próxima quinta-feira. O resultado se torna ainda melhor dado o fraco jogo que a equipe de Montella apresentou. E o gol logo no início, marcado por Soldado, numa temporada tão ruim quanto a de Mario Gómez, refletiu isso.

Após o gol, a Fiorentina soube se organizar e pouco a pouco foi ganhando espaço em campo. O gol, porém, saiu após um bate-rebate na área, em que Basanta aproveitou para igualar o marcador. Na segunda etapa, as equipes arriscaram com os chutes de média distância. Pizarro assustou Lloris e Tatarusanu apenas observou o chute de Bentaleb. Nas avançadas de Alonso pela esquerda e nos esporádicos momentos de criatividade de Salah, a Viola conseguia chegar no ataque, mas bastava a bola cair nos pés de Gómez que o ataque ficava comprometido. Um 0 a 0 no Artemio Franchi classifica os italianos. (Caio Dellagiustina)

Torino 2-2 Athletic Bilbao
O Bilbao
que desembarcou em Turim na quarta-feira carregava na bagagem uma crise
que parecia que podia ajudar o Torino nessa primeira perna da fase de
mata-mata da Liga Europa: com só duas vitórias nos últimos 10 jogos e
uma escalação mista. Dentro de campo, porém, os espanhóis mostraram que
não precisavam de força máxima para vencer o Torino e quase ficaram com a
vitória. Williams abriu o placar para os visitantes logo aos nove
minutos de jogo. Maxi López empatou dez minutos depois e virou aos 42 da
etapa inicial, dando esperança aos torcedores granata.
No
segundo tempo, porém, o Athletic voltou a dominar as ações e criou mais
chances de perigo. O empate saiu com Gurpegi, aos 28 minutos. Aos 37,
ele quase virou, acertando a trave de Padelli. O empate por 2-2 mantém a
invencibilidade do Torino desde novembro, mas se desenha como um
resultado muito complicado para o jogo de volta, em Bilbao. Na
quinta-feira que vem, dia 26, os espanhós podem empatar por 0-0 e 1-1
que ainda ficam com a classificação para as oitavas de final. O Toro,
por sua vez, terá que perseguir uma vitória fora e contra um adversário
que deve ter mais titulares do que teve na partida de ida. (Rodrigo
Antonelli)
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