Serie A

12ª rodada: o Milan segurou a Inter no dérbi e se manteve na liderança ao lado do Napoli

As grandes expectativas para o Derby della Madonnina da 12ª rodada foram cumpridas e tivemos um jogo cheio de tensão e oportunidades para ambos os lados. Candidatos a herói e vilão, respectivamente, Martínez e Tatarusanu inverteram os papéis na penalidade defendida pelo goleiro. O romeno pode dormir nas graças da torcida rossonera após ajudar na conquista de um ponto valioso. O empate permitiu que a equipe de Pioli continuasse grudada com o Napoli, que também não venceu.

Depois do tropeço frustrante na última rodada da temporada 2020-21, que jogou os partenopei para fora da Champions League, Insigne e companhia, em dia de homenagens a Maradona, não conseguiram vencer novamente o Verona. A equipe de Tudor, com Simeone em alta, segue engrossando o caldo contra os grandes e empolga não só pelos resultados, mas também pelo futebol apresentado.

O clássico que ficou devendo mais futebol foi o realizado entre Juventus e Fiorentina. Ainda sem encaixar uma sequência convincente, a Velha Senhora contou com um decisivo Cuadrado para garantir o triunfo em Turim já nos acréscimos da segunda etapa, não deixando o pelotão da frente desgrudar (muito). Ainda entre os times na metade de cima, Atalanta e Lazio venceram tranquilamente e a Roma perdeu mais uma vez.

O time de Mourinho precisa acender um alerta: já são três derrotas nas últimas cinco rodadas. Quem se deu bem nessa foi o Bologna, que se aproximou das primeiras colocações, e – obviamente – o Venezia, que superou um tabu de mais de duas décadas contra a equipe da capital. Além dos arancioneroverdi, Udinese e Spezia ganharam um respiro enquanto a dupla de Gênova se afundou – e teve até troca de técnico. Confira tudo isso e o que de melhor aconteceu no resumo da rodada.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Milan 1-1 Inter

Gols: Çalhanoglu (pênalti); De Vrij (contra)
Tops: Tomori (Milan) e Çalhanoglu (Inter)
Flops: Ballo-Touré (Milan) e Martínez (Inter)

Recheado de expectativa, o Derby della Madonnina atingiu o nível desejado e teve um resultado que não pode ser contestado por nenhum dos times. Talvez a Inter se sinta mais injustiçada, por ter sido superior em parte considerável do clássico, mas não faltaram chances para o lado rossonero de Milão também conseguir a vitória. No fim das contas, o resultado não ficou péssimo para ninguém. O Milan segue empatado com o Napoli na liderança e sua rival continua sete pontos atrás.

Não demorou muito para a partida ficar interessante. Logo com 10 minutos, Kessié fez uma bobagem tremenda. Começou a conduzir em direção à própria área e perdeu a bola para Çalhanoglu. Depois, tentou se recuperar e caiu no chão junto com o adversário. Doveri não teve dúvida: penalidade máxima. Na cobrança, o turco convenceu Martínez, foi para a cobrança e estufou as redes batendo forte no meio, fazendo valer a lei do ex. A vantagem durou pouco.

Aos 17 minutos, Tonali cobrou falta na grande área. Tomori, subiu, ensaiou uma cabeçada e saiu para a comemoração. Porém, o gol não foi seu. De Vrij acabou colocando contra sua própria meta – embora o zagueiro milanista merecesse um tento pelo nível de suas exibições recentes.

O jogo parecia destinado a ter mais gols e, 10 minutos depois do empate, um dos pontos frágeis do Milan foi bem explorado. Sem Hernandez, suspenso, Ballo-Touré ganhou uma chance. Com muitas dificuldades, foi explorado constantemente e, em uma de suas vaciladas, derrubou Darmian dentro da área depois de perder totalmente o tempo da bola. Candidato a vilão, Tatarusanu calou os críticos: foi buscar uma cobrança de pênalti forte, no cantinho, de Lautaro.

Ballo-Touré ainda teve um momento de glória antes de ser substituído no intervalo. Em jogada pela ponta esquerda, Bastoni tocou para trás e Barella chegou completando. Debaixo das traves, lá estava o lateral senegalês para tirar em cima da linha, evitando o empate nerazzurro. Durante a etapa inicial, Lautaro ainda tirou tinta da trave com um chute de dentro da área.

Na segunda etapa, o comando das ações continuou com o time de Simone Inzaghi. Porém, a organização defensiva do oponente seguia suficiente para evitar que as chances se transformassem em gols. Na melhor delas, Vidal carimbou duas vezes Kalulu. Provavelmente, teria marcado se não fosse o defensor no meio do caminho. E, já no final do jogo, o Milan cresceu, após o substitutos da Inter não terem entrado no nível do titulares. Saelemaekers, de muito longe, emendou um balaço rasteiro. A bola bateu e voltou após acertar o pé na trave. Com apenas Handanovic em sua frente, Kessié chegou finalizando de primeira e mandou para fora.

Napoli 1-1 Verona

Gols e assistências: Di Lorenzo (Ruiz); Simeone (Barák)
Tops: Insigne (Napoli) e Barák (Verona)
Flops: Osimhen (Napoli) e Bessa (Verona)

Pedra no sapato dos grandes times, o Verona de Tudor não se intimidou com o líder Napoli e jogou de igual para igual em diversos momentos na partida disputada no Diego Armando Maradona. Inclusive, a lenda argentina foi homenageada pelos azzurri com um uniforme um tanto quanto exótico, que contava com o seu rosto. O ponto somado fora de casa para os mastini prova a boa fase que vivem: somente os dois líderes da Serie A pontuaram mais desde a chegada do técnico.

Dentro das quatro linhas, a frustração certamente fica com os donos da casa, mesmo tendo saído atrás do placar. Com 13 minutos, Barák chamou Mário Rui para dançar, ultrapassou o lateral e cruzou rasteiro. Antecipando a defesa, o iluminado Cholito Simeone completou, deixando sua marca pela nona vez no campeonato. Porém, a vantagem durou pouco.

Em sobra de bola parada aos 18 minutos, Ruiz tocou na medida para Di Lorenzo chutar por entre as pernas de Montipò. Depois do empate, Osimhen chegou a carimbar a trave em jogadaça de Politano. Na segunda etapa, a pressão crescia e o Verona começava a se complicar com a indisciplina. Primeiro Bessa, depois Kalinic, ambos foram expulsos por dois cartões amarelos. Mas, mesmo assim, o Napoli não chegou ao empate. Na última finalização de maior perigo, Mertens viu sua ótima cobrança de falta parar no pé da trave.

Pedra no sapato: o Verona voltou a fazer o Napoli tropeçar (Getty)

Juventus 1-0 Fiorentina

Gol e assistência: Cuadrado (Locatelli)
Tops: McKennie e Cuadrado (Juventus)
Flops: Milenkovic e Terracciano (Fiorentina)

Começando em marcha lenta, a Juventus se superou no fim da partida e garantiu mais um triunfo magro. Na vitória de número 200 da carreira de Allegri no comando da Vecchia Signora, os bianconeri sofreram bastante na mão de uma organizada Fiorentina. A Viola teve suas chances, não as converteu e agora acumula a terceira derrota consecutiva fora de casa pelo mesmo placar. No campeonato, ainda briga na parte de cima, mas acabou por perder uma boa oportunidade de já entrar na zona de classificação para as competições europeias.

O grande ponto de virada foi a expulsão de Milenkovic. Fazendo faltas sucessivas, o sérvio não conseguia entrar na linha e acabou levando dois amarelos a menos de 20 minutos do fim do jogo. Com um a mais e apoio do Allianz Stadium, a Juve melhorou e Allegri deixou o time mais ofensivo. A primeira grande chance veio com Chiesa, que estourou o travessão emendando uma pancada de primeira. Depois, ele mesmo iria aproveitar um cruzamento e parar em boa defesa de Terracciano. Morata, para variar, também teve gol anulado por impedimento.

O salvador da equipe do Piemonte veio do banco. Cuadrado, que entrou no lugar do Rabiot, resolveu a parada sozinho. Já nos acréscimos, partiu para cima de Biraghi. Fintando o lateral com suas pedaladas características, ficou meio sem ângulo, porém, mesmo assim, decidiu finalizar. Deu sorte: Terracciano fechou mal o seu canto e a bola passou entre o goleiro e a trave.

Venezia 3-2 Roma

Gols e assistências: Caldara (Aramu), Aramu (pênalti) e Okereke (Ampadu); Shomurodov e Abraham (Shomurodov)
Tops: Aramu e Okereke (Venezia)
Flops: Cristante e Kumbulla (Roma)

Não faltaram chances para a Roma conseguir uma vantagem confortável e levar os três pontos para a capital italiana. O jogo foi totalmente aberto, agradável de ver, inclusive, mas é de se lamentar para os visitantes, que amargaram a segunda derrota consecutiva na Serie A. Do outro lado, um inteligente Venezia contou com Aramu inspirado e um ataque veloz, que aproveitou as oportunidades que teve. E conseguiu um triunfo importantíssimo – o primeiro sobre os romanos desde fevereiro de 1999.

Na primeira falta mais perigosa, o time do Vêneto aproveitou bem. Aos três minutos, Aramu colocou na área e Caldara, entre os defensores romanistas, se atirou na bola para vencer Rui Patrício. Na sequência, quase o empate. Abraham foi lançado, acabou derrubado e Aureliano marcou pênalti. Porém, Pellegrini estava impedido na jogada.

Melhor no jogo, a equipe de Mourinho seguia criando e buscou a virada ainda na primeira etapa. Abraham carimbou a trave aos 26 minutos (de novo) mas estava bem e seu gol era questão de tempo. Primeiro veio o de Shomurodov, que aproveitou rebote na cabeçada do inglês. Depois, aí sim, o camisa 9 giallorosso recebeu bom cruzamento do companheiro uzbeque, venceu Caldara dentro da área e marcou com a esquerda.

Na volta para o segundo tempo, o Venezia começou a melhorar depois dos 60 minutos e foi recompensado. Cristante, ao tentar afastar uma bola, chutou Caldara e o juiz apontou a marca da cal. Na cobrança, Aramu coroou sua excelente exibição deslocando Rui Patrício e empatando a movimentada partida.

Zanetti havia colocado mais um zagueiro após a igualdade e a Roma estava em busca da vitória. Exposta, sofreu o revés em uma bola longa, mesmo estando melhor. Ampadu, aos 74 minutos, encontrou Okereke nas costas da defesa. Cara a cara, o atacante nigeriano pedalou para fintar o goleiro e bateu com o outro pé no cantinho. Golaço, cheio de frieza. Até o apito final, os arancioneroverdi resistiram e puderam comemorar com a sua torcida.

Alívio: mesmo jogando mal, a Juventus conseguiu arrancar a vitória contra a Fiorentina (Getty)

Lazio 3-0 Salernitana

Gols e assistências: Immobile (Pedro), Pedro e Luis Alberto (Felipe Anderson)
Tops: Pedro e Luis Alberto (Lazio)
Flops: Gyömbér e Zortea (Salernitana)

Imparável em casa, a Lazio garantiu a quarta vitória consecutiva no Olímpico e com muito estilo. Sem sofrer, apesar de levar duas bolas na trave, atropelou a vice-lanterna Salernitana. A dupla espanhola formada por Pedro e Luis Alberto viveu grande noite, com o ponta infernizando o lado direito da equipe de Colantuono. Ribéry, claramente um degrau acima de seus companheiros, quase deixou o seu. Aos 38 anos, não tem sido capaz de, só com o seu talento, tirar os granata do fundo do poço.

O primeiro gol saiu com participação dos principais nomes do ataque celeste. Em boa trama com Milinkovic-Savic e Felipe Anderson, Pedro deu uma casquinha em cruzamento do sérvio e o artilheiro Immobile cabeceou com precisão, fora do alcance do Belec. Mais um para o artilheiro da Serie A, que chegou a 10 gols e alcançou uma marca curiosa: Ciro se tornou o primeiro laziale a bater dois dígitos de tentos em seis temporadas consecutivas.

Dois minutos depois, Pedro apareceu de novo, desta vez para deixar sua marca. Gyömbér deixou um passe para trás passar de forma proposital e o camisa 9 foi mais rápido, roubando a bola. Saindo livre, na cara do gol, só chapou no cantinho, como característico do ponta -squerda. Para fechar o placar, o mago Luis Alberto fez uma pintura: matou um lançamento longo de Felipe Anderson com classe. No mano a mano com o zagueiro eslovaco, colocou entre as pernas do defensor e no ladinho da rede.

Cagliari 1-2 Atalanta

Gols e assistências: João Pedro (Godín); Pasalic (Zappacosta) e Zapata (Koopmeiners)
Tops: Zapata e Koopmeiners (Atalanta)
Flops: Zappa e Strootman (Cagliari)

Alcançando o posto de segundo time que mais marcou gols em 2021 dentro das cinco principais ligas europeias, a Atalanta podia até ter balançado mais as redes, porém, ficou com a vitória pela vantagem mínima. Tendo diversas chances, principalmente no primeiro tempo, por meio dos pivôs imparáveis de Zapata, a equipe da Gasperini marcou os dois tentos com participações do colombiano. Do outro lado, o Cagliari buscou criar perigo nas bolas longas, obteve pouco sucesso, e agora amarga quatro derrotas seguidas e a lanterna da Serie A.

Na primeira descida de maior perigo, a Dea abriu o placar. Aos seis minutos, Zapata encontrou Zappacosta nas costas de Lykogiannis e o ala cruzou forte rasteiro em direção à segunda trave. Pasalic, livre, só empurrou para dentro. Dominando as ações, a equipe de Bérgamo mantinha uma posse ofensiva, atacava mais e acabou vítima do único chute no gol do Cagliari. Godín, com a qualidade de um meia, lançou João Pedro, que venceu o zagueiro improvisado De Roon na velocidade. Cara a cara com Musso, não se intimidou e empatou a partida.

Pouquinho antes do intervalo, Zapata, sendo a principal arma ofensiva, apareceu de novo. Recebendo do jeito que gosta, de costas para o zagueiro dentro da área, o camisa 91 girou para cima de Godín após bom passe Koopmeiners e bateu forte com a perna esquerda. Cragno, que já havia feito uma excelente defesa antes em finalização do centroavante, chegou a tocar na bola com a mão, mas não deu para evitar o gol na pancada. No segundo tempo, a Dea se contentou em administrar o resultado e pouco foi incomodada neste intento.

O  Venezia venceu a Roma num jogo de duas viradas e complicou a vida de Mourinho (Getty)

Empoli 2-2 Genoa

Gols e assistências: Di Francesco (Zurkowski) e Zurkowski (Parisi); Criscito (pênalti) e Bianchi (Caicedo)
Tops: Zurkowski (Empoli) e Criscito (Genoa)
Flops: Fiamozzi (Empoli) e Sturaro (Genoa)

Da mesma maneira que não é anormal ver Ballardini chegando para comandar o Genoa, não é estranho vê-lo saindo. Demitido pela quarta vez pelo clube rossoblù, o comandante não aguentou mais um empate consecutivo, desta vez cedido ao bom Empoli de Andreazzoli. Devendo um futebol melhor, os visitantes estão com a mesma pontuação que a rival Sampdoria, primeiro time da zona de rebaixamento. Agora, contarão com a lenda ucraniana Shevchenko no comando técnico.

E jogo começou bem para os visitantes. Com 10 minutos, Galdames cruzou na área e Fiamozzi acabou interceptando com o braço. Exímio cobrador de pênaltis, o capitão Criscito não desperdiçou e abriu o placar. No segundo tempo, a entrada de Zurkowski mudou tudo: primeiro, o polonês deu assistência em boa trama azzurra no lado direito, que terminou em gol de Di Francesco, livre próximo a meta. Pouco tempo depois, o próprio Zurkowski resolveu deixar sua marca. Recebendo de Parisi a uma longa distância da meta, não teve medo de arriscar e acertou uma bela finalização de longa distância. O segundo tento em dois jogos para o “super sub”.

O balde de água fria para os toscanos também veio do banco de reservas. Perto do fim dos 90 minutos, Caicedo desviou um passe forte e deixou na medida para Bianchi. Na cara de Vicario, o jovem atacante não desperdiçou e chutou alto para garantir o empate – o sexto do Genoa na competição. Nenhum outro clube dividiu pontos mais vezes.

Sampdoria 1-2 Bologna

Gols e assistências: Thorsby (Yoshida); Svanberg (Soriano) e Arnautovic (Svanberg)
Tops: Arnautovic e Svanberg (Bologna)
Flops: Gabbiadini e Caputo (Sampdoria)

Se o rival Genoa já trocou de técnico, a Sampdoria não parece estar longe de seguir o mesmo caminho – embora o discurso seja de confiança em D’Aversa. Com um elenco suficiente para obter resultados melhores, o treinador não consegue fazer os blucerchiati jogarem um bom futebol. Desta vez, o time foi vítima do ótimo Bologna de Mihajlovic, que chegou a 18 pontos e está apenas um da Roma, atual dona da vaga para a Conference League.

Os mandantes até tiveram um bom primeiro tempo. Skorupski fez intervenções importantes para manter a meta inviolável. Na volta do intervalo, o Bologna entrou mais ligado e marcou o seu: logo com dois minutos, após bom cruzamento rasteiro de Soriano, Svanberg encheu o pé, próximo da marca do pênalti, e venceu Audero.

Na jogada que vem dando os melhores resultados para a Samp, o time chegou à igualdade. Candreva, sempre ele, cruzou na área em bola parada e Yoshida desviou de cabeça. Para completar, Thorsby chegou de carrinho e empurrou para o fundo das redes. A felicidade durou pouco para a torcida presente no Luigi Ferraris: um minuto depois, Arnautovic aproveitou cruzamento primoroso de Svanberg e cabeceou no contrapé do arqueiro, garantindo a vitória.

Mágico, Luis Alberto fez o último gol da elástica vitória da Lazio sobre a Salernitana (Getty)

Udinese 3-2 Sassuolo

Gols e assistências: Deulofeu (Rodrigo Becão), Frattesi (contra) e Beto (Pereyra); Berardi e Frattesi (Rogério)
Tops: Pereyra e Deulofeu (Udinese)
Flops: Silvestri (Udinese) e Defrel (Sassuolo)

Mais uma vez, o português Beto foi decisivo e ajudou a Udinese a pontuar no campeonato. O atacante foi o autor de quatro gols até aqui, quase um terço do que produziu o time da Friul-Veneza Júlia, e todos foram decisivos de alguma forma: ou levaram ao empate ou à vitória pela margem mínima, como no duelo agitado contra o Sassuolo.

Na primeira descida ao ataque, os bianconeri já saíram na frente. Rodrigo Becão, fazendo uma de ponta-direita, caiu pelo lado, fintou o compatriota Rogério com uma certa falta de habilidade e tocou no meio da área. Lá estava Deulofeu, completando para o gol e dando a vantagem para seu time. O empate chegou de bandeja para os visitantes: Silvestri saiu jogando errado e tocou no pé de Berardi. O camisa 25 não desperdiçou a oportunidade, chutando entre as pernas do goleiro.

O primeiro tempo eletrizante ainda reservou tempo para mais dois gols. Em boa trama do Sassuolo, Rogério tocou de primeira na área e Frattesi antecipou a defesa adversária para virar a partida. Pouco antes do intervalo, o jovem volante dos neroverdi passaria da alegria à decepção: viria a desviar um chute de longe de Molina, matando qualquer chance de defesa, fazendo contra.

Em cinco minutos da segunda etapa, mais uma virada, desta vez para os donos da casa. Walace tentou arriscar de fora da área, mas a bola desviou e caiu nos pés de Pereyra. Cara a cara com Consigli, foi solidário e tocou para o lado. Beto, com apenas o gol pela frente, só completou. E, mais uma vez, decidiu.

Spezia 1-0 Torino

Gol e assistência: Sala (Kovalenko)
Tops: Sala e Erlic (Spezia)
Flops: Linetty e Belotti (Torino)

O Torino segue com dificuldades fora de casa, ainda mais contra o Spezia. Além de somar agora sua terceira derrota consecutiva jogando longe de Turim, os granata ainda não venceram a equipe da Ligúria na primeira divisão: são duas derrotas e um empate. Triunfo importantíssimo para o time de Thiago Motta, que escapa da zona de rebaixamento, empurra a Sampdoria e o Genoa para baixo. E as boas notícias não param: pela primeira vez, os aquilotti terminaram uma partida nesta temporada sem sofrer gols.

A melhor chance dos comandados de Juric veio com seu capitão, Belotti, aos 20 minutos. Em cruzamento que passou por toda defesa, o camisa 9 conseguiu pegar de primeira com o pé ruim e acabou carimbando o travessão. Por pouco não foi marcado um pênalti na jogada, mas o atacante estava em posição irregular. Já para o Spezia, Sala acertou um balaço de longe e fez o único gol da partida. Os chutes de fora da área vêm sendo arma constante: é o time que marcou mais vezes assim na Serie A, empatado com Milan e Verona.

Seleção da rodada

Tatarusanu (Milan); Erlic (Spezia), Caldara (Venezia), Tomori (Milan); Darmian (Inter), Çalhanoglu (Inter), Svanberg (Bologna), Luis Alberto (Lazio), Pedro (Lazio); Aramu (Venezia); Zapata (Atalanta). Técnico: Paolo Zanetti (Venezia).

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