Liga Europa

Com expressiva goleada sobre o Brighton, a Roma colocou um pé nas quartas da Liga Europa

Muitas vezes o futebol relembra a desavisados que é disputado num campo com 11 jogadores de um lado, 11 do outro e dois técnicos desenvolvendo estratégias – e não numa planilha ou no mundo fantasioso dos games. Nesta quinta, 7 de março, a Roma recebeu o Brighton, no estádio Olímpico, pela partida de ida das oitavas de final da Liga Europa, e obteve um resultado que constrangeu os mais empedernidos amantes da Premier League. Empurrada por uma casa lotada, a equipe treinada por Daniele De Rossi não tomou conhecimento do time de Roberto De Zerbi, goleou por 4 a 0 e colocou pelo menos um pé na próxima fase da competição.

A amizade entre os técnicos De Rossi e De Zerbi ficou de lado no confronto entre Roma e Brighton. E o ex-volante giallorosso, que protagoniza um belo início de trabalho pela equipe capitolina, mostrou que sua preparação para a partida foi mais eficiente do que a do italiano que comanda o time inglês – apesar de as gaivotas contarem com importantes desfalques, como os de Mitoma, Milner e João Pedro. Desde o início, os mandantes mostraram uma superioridade que se refletiu no placar elástico construído no Olímpico.

O jogo mal havia iniciado e Spinazzola cruzou na cabeça de Lukaku, que fez com que Steele espalmasse para escanteio. Em seguida, a defesa do Brighton saiu jogando errado e o belga arriscou chute em diagonal, que passou ao lado do gol. Aos 7 minutos, na primeira chegada dos visitantes, Enciso fez boa jogada na direita e tentou encontrar um colega no centro da área, mas a bola desviou em Ndicka e bateu na trave. Foi um dos poucos sustos sofridos pela Roma, que logo reagiu.

Dança entre amigos: De Rossi, técnico da Roma, fez De Zerbi e o seu Brighton bailarem (AFP/Getty)

Aos 13 minutos, Paredes efetuou um lindo passe  em profundidade para Dybala. Dunk, capitão do time inglês, falhou ao tentar cortar a bola e La Joya aproveitou: driblou o goleiro Steele e, completando para o gol vazio, abriu o placar. A Roma seguiu melhor no jogo e ainda somou duas boas chances posteriormente, com uma cabeçada de Lukaku por cima da baliza e um chute desviado de Pellegrini.

Na casa dos 43 minutos, então, Dunk voltou a enterrar o Brighton – com o perdão do infame trocadilho bilíngue. O zagueiro tentou amortecer um lançamento de Paredes e acabou dando um presente para Lukaku, que avançou e bateu sem chances para Steele, ampliando para a Roma. Nos acréscimos do primeiro tempo, as gaivotas tentaram reagir: Welbeck recebeu cruzamento da esquerda e levou a melhor sobre Mancini na cabeçada, fazendo com que Svilar espalmasse para escanteio. Não era suficiente para abalar a Loba.

O segundo tempo começou como o primeiro. Spinazzola cruzou e Lukaku cabeceou, fazendo com que Steele evitasse o terceiro gol giallorosso. Aos 57 minutos, Adingra puxou bom contra-ataque e passou para Welbeck, mas o centroavante inglês finalizou por cima da baliza e perdeu uma boa oportunidade de diminuir a diferença. Custou caríssimo.

Num espaço de cinco minutos, El Shaarawy chamou a responsabilidade e fez a vitória incontestável se transformar em goleada. Aos 64, após a sobra de escanteio, El Shaarawy cruzou e Mancini se atirou na bola para desviá-la para as redes, marcando o terceiro. O Pequeno Faraó ainda recebeu na área e, de trivela, encontrou um solitário Cristante, que só escorou para o gol, de cabeça, marcando o quarto da Roma.

Muita Roma e pouco Brighton: os giallorossi deram show no Olímpico e ficaram perto das quartas da Europa League (Getty)

Sofrendo um atropelo que não só comprometia suas chances de, na bola, conseguir reverter a desvantagem, o Brighton ainda viu o psicológico de seus jogadores ser afetado até os últimos minutos da peleja. Satisfeita com o resultado, a Roma diminuiu o ritmo e cedeu a posse da pelota para os ingleses, que foram ficando nervosos com oportunidades perdidas. Buonanotte, Lamptey, Ansu Fati e Dunk tiveram boas ocasiões, mas nenhum deles causou problemas para Svilar. Assim, os comandados de De Zerbi descontaram a tensão nas faltas – que aumentaram até o apito final.

No fim das contas, a Roma segurou o 4 a 0 e deu a De Rossi uma invejável estatística para se gabar: são sete vitórias em 10 partidas no comando da equipe, com derrota apenas para a Inter, que tem praticado um esporte diferente das demais participantes da Serie A. Ademais, a Loba, que era de fazer poucos gols na gestão de José Mourinho, soma 26 marcados desde que o ídolo giallorosso assumiu o comando – além de ter sofrido apenas 11.

Tranquila na Liga Europa, antes de provavelmente confirmar a sua vaga nas quartas de final, em visita a Brighton, a Roma se dedicará a um importante compromisso na Serie A, competição em que busca vaga na Champions League. No domingo, os giallorossi farão confronto direto com a Fiorentina.

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