Todo brasileiro que gosta de futebol costuma definir a Série A como o torneio mais difícil do mundo. Com 38 rodadas todos os anos, a competição premia aquele time que consegue se manter no topo da tabela ao final da corrida pelo título e hegemonia em nosso país.
Com mais de 50 anos de tradição, a primeira divisão do futebol brasileiro passou por diversos formatos e períodos. Agora, em 2025, parece viver uma “internacionalização” jamais antes vista — com astros internacionais e receitas bilionárias nos grandes clubes.
O sucesso da Série A no futebol sul-americano se deve a vários fatores, como a qualidade técnica dos jogadores e a crescente valorização da liga.
Mas, assim como os fãs de cassino buscam o melhor lugar para jogar slots online grátis, os torcedores de futebol também querem uma experiência de alto nível, com transmissões acessíveis e uma liga que ofereça competitividade e entretenimento de qualidade.
O desafio do Brasileirão, agora, é ir além das fronteiras nacionais e se tornar um produto assistido por fãs espalhados pelo mundo.
A evolução do futebol brasileiro nos últimos anos
Especialistas apontam que o futebol brasileiro se “descolou” dos mercados sul-americanos há alguns anos. E os números evidenciam que, de fato, há uma discrepância enorme entre os faturamentos de clubes da Série A e equipes argentinas, por exemplo.
Só em 2024, as receitas dos clubes da Série A cresceram 22% e atingiram um recorde de R$8,8 bilhões — um valor consideravelmente superior a qualquer outro mercado concorrente dentro do cenário sul-americano.
Em campo, um exemplo prático que deixa evidente o domínio brasileiro no continente é a sequência de campeões da Copa Libertadores. De 2019, desde quando o Flamengo venceu o River Plate em Lima (PER), apenas clubes do nosso país venceram a competição.
Fatores que explicam o sucesso da Série A
Essa ascensão dos clubes da Série A não é fruto do acaso, e diversos fatores contribuíram para o sucesso atual das equipes. Alguns pontos são:
1. Investimentos nas categorias de base
Clubes brasileiros têm intensificado os investimentos em suas categorias de base ao longo dos últimos anos — e esse parece ser o foco principal das novas gestões.
Durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello no Flamengo (2013-2018), houve essa “virada de chave”, e o resultado veio rapidamente. Naquele período, a base rubro-negra conquistou títulos importantes como a Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2016 e 2018.
2. Modernização da gestão e infraestrutura
A adoção de tecnologias avançadas e a profissionalização da gestão também vem contribuindo bastante para a melhoria e profissionalismo dos clubes brasileiros.
O Flamengo, que hoje é um exemplo de projeto esportivo no país, implementou o software SAP S/4HANA em 2016 para otimizar processos administrativos e financeiros.
Naquela época, a equipe carioca também foi pioneira na América do Sul ao adotar o Sports One, que auxilia na tomada de decisões táticas com base em análise de dados.
3. Exportação de talentos e geração de receitas
A lapidação de atletas na base tem como objetivo a venda para o exterior, e essa é uma das principais fontes de receita para os clubes brasileiros na atualidade.
Entre 2003 e 2023, as equipes do Brasil arrecadaram cerca de 6,6 bilhões de euros com transferências, com o São Paulo liderando com 903 milhões de euros.
Nos últimos anos, Flamengo e Palmeiras se destacaram com grandes negócios, em vendas de atletas como Vinícius Júnior, Endrick e Estêvão.
A chegada de jogadores de alto nível ao futebol brasileiro
Com clubes mais estruturados financeiramente, projetos esportivos ambiciosos e uma liga cada vez mais competitiva, o Brasil passou a ser um destino viável não apenas para os talentos que retornam, mas também para estrangeiros que enxergam aqui um desafio real.
Memphis Depay é um exemplo claro dessa movimentação. Depois de passagens por Barcelona e Atlético de Madrid, o atacante holandês fechou com o Corinthians e hoje é o jogador mais caro do futebol brasileiro.
Outro caso recente é o retorno de Neymar ao Santos, que ilustra como os clubes do nosso país conseguem cativar jogadores que têm oportunidades de atuar em quaisquer países ou ligas do mundo.
Conclusão: os desafios da Série A para alcançar o mundo em audiência
Apesar da crescente valorização do futebol brasileiro, a Série A ainda enfrenta desafios para se consolidar como um produto global.
A Premier League, La Liga e até a MLS conseguiram expandir suas audiências fora de seus países, enquanto o Brasileirão ainda encontra barreiras para alcançar o mesmo nível.
A principal dificuldade está na distribuição dos direitos de transmissão. Diferente das grandes ligas europeias, onde contratos centralizados garantem maior previsibilidade e visibilidade, os clubes brasileiros ainda negociam individualmente seus direitos de TV.
Além disso, a falta de horários estratégicos para atender ao público internacional prejudica bastante o alcance da liga.
Jogos do Brasileirão costumam ser transmitidos em horários que favorecem apenas a audiência local e dificultam o engajamento de torcedores de outras regiões do mundo.
Se os clubes e a CBF conseguirem unificar esforços para resolver esses desafios, o futebol brasileiro tem potencial para atrair uma audiência global e transformar a Série A em um campeonato com projeção muito além das fronteiras nacionais.
O produto existe, o talento está em campo, mas a internacionalização da liga depende de estratégia e organização para cativar fãs ao redor do mundo.