Adriano, em entrevista coletiva, anunciou que iria parar de jogar futebol por tempo indeterminado. Como defendi dias atrás, creio que seria o melhor para sua carreira, momentaneamente. No entanto, ele me surpreendeu, ao dizer que não estava depressivo (embora Marco Aurélio Cunha, presidente do São Paulo diga que seu caso é psiquiátrico), mas que sumiu porque se sentia “infeliz e pressionado na Itália”. A segunda parte já era sabida: no Brasil ele se sente bem e acolhido, especialmente na Vila Cruzeiro.
No fim das contas, seu sumiço serviu para mostrar que ele quer sair da Inter a todo custo, mesmo dizendo que Moratti se comporta como um pai. Após essas declarações e ainda projetar seu futuro no futebol brasileiro, sua situação no clube italiano deve ficar ainda mais insustentável. Havia maneiras mais interessantes de mostrar isso para a direção nerazzurra. Mais: seu sumiço só seria justificável se ele estivesse mesmo em depressão.
Legal. O cara tem um contrato absurdo, um compromisso milionário, dá bola fora com mais frequência do que faz gols e aí, de uma hora pra outra, some. Foge. Simplesmente foge, como se fosse um tratado verbal no bairro pela posse do escorregador do parquinho. E agora decide simplesmente se afastar, parar por um tempo. Sumir. É muita cara-de-pau.
Nelson,
Pois é, acho que o Adriano é ‘vítima’ de um sistema que acaba endeusando os jogadores de futebol.
Daí, depois de auferir rendimentos irreais e ser bajulado a todo momento, ‘L’Imperatore’ simplesmente teve uma atitude condizente com tudo isso – resolveu parar de brincar, como um garotinho mimado, simplesmente porque não vem sendo tratado como acredita merecer pelo Mourinho e ainda ter passado os jogos da seleção no banco.
Aliás, tenho certeza de que a atitude seria diferente se ele viesse como titular na Inter e no Brasil…
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Abraços,