A campanha: 14º colocado, 45 pontos. 12 vitórias, 9 empates e 17 derrotas
Ao fim de 2010: 14º colocado, 20 pontos, 5 vitórias, 5 empates e 7 derrotas
Fora da Serie A: Eliminado pelo Bologna na quarta fase da Coppa Italia
O ataque: 44 gols feitos
A defesa: 51 gols sofridos
Time-base: Agazzi; Perico (Pisano), Astori, Canini, Agostini; Biondini, Conti, Nainggolan; Cossu, Lazzari (Nenê, Matri); Acquafresca.
Os artilheiros: Alessandro Matri (11 gols), Robert Acquafresca (8) e Nenê (6)
Os onipresentes: Michael Agazzi (38 jogos), Davide Biondini e Robert Acquafresca (37)
Os técnicos: Pierpaolo Bisoli (até a 12ª rodada) e Roberto Donadoni (após a 12ª rodada)
O decisivo: Andrea Cossu
A decepção: Nenê
A revelação: Radja Nainggolan
O sumido: Federico Marchetti
Melhor contratação: Robert Acquafresca
Pior contratação: Alex Pinardi
Nota da temporada: 5,5 Existiram ao longo da temporada dois Cagliari diferentes: o primeiro era apático e forte candidato ao rebaixamento, comandado por Pierpaolo Bisoli; o segundo era melhor e deixou a impressão de que, caso Roberto Donadoni tivesse assumido antes, o time poderia almejar coisas maiores. A posição intermediária na tabela, porém, ficou de bom tamanho para um time que começou a Serie A vencendo apenas dois dos primeiros 12 confrontos que disputou. Para a torcida rossoblù, fica a esperança de que a próxima temporada poderá ser melhor com a manutenção de Donadoni e a chegada de alguns reforços. Marchetti, barrado no início da temporada pela direção por ter dito que gostaria de se transferir, deve ser o primeiro a ser negociado e deve ajudar a encher os cofres do clube, assim como Lazzari.
O ponto principal, porém, é a permanência de Robert Acquafresca, grande nome do time na disputa da Serie A. Se não foi o artilheiro matador que se esperava, anotando apenas oito gols em todo o campeonato, foi um ótimo parceiro para Matri, antes deste deixar o Cagliari para atuar pela Juventus na parada de inverno. E um ótimo parceiro é justamente o que o atacante precisa para desenvolver mais seu futebol. O brasileiro Nenê tentou, marcou alguns gols, mas não se mostrou capaz de resolver o problema, acabando preterido por Lazzari, que jogava mais recuado, ao lado de Cossu, no 4-3-2-1 que deixava Acquafresca um tanto isolado. É em cima do setor de ataque que a diretoria deve trabalhar, uma vez que o próprio Acquafresca já admitiu que fará os esforços necessários para continuar vestindo azul e vermelho. O seu setor principal, o meio-campo, contou mais uma vez com jogadores conscientes taticamente e bons marcadores e, por isso, foi o que mais venceu disputas de bolas na Serie A. Além do capitão Conti, foi destaque o belga Nainggolan, de 22 anos, que em seu segundo ano na elite, após transferir-se do Piacenza, barrou Lazzari e foi titularíssimo do meio-campo sardo, dando assistências e marcando golaços, como contra a Sampdoria. Brilhou também a estrela de Cossu, um dos meio-campistas mais efetivos de toda a Itália – e maior assistente do campeonato: dos seus pés saíram 13 passes para gols. É com essa base e confiando no trabalho de seu treinador que o Cagliari sonha voltar a surpreender, na próxima temporada. Para isso, precisa também manter uma regularidade que não foi vista em 2010-11.