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Mesmo com 26 anos, Parolo pode ser considerado uma das grandes revelações do campeonato. O meio-campista de força e boa técnica foi essencial para a permanência do Cesena na elite (Getty Images) |
Review da temporada: Cesena
A campanha: 15ª colocação, 43 pontos. 11 vitórias, 10 empates, 17 derrotas
Ao final de 2010: 18ª colocação
Fora da Serie A: Eliminado pelo Novara na terceira fase da Coppa Italia
O ataque: 38 gols, o quinto pior
A defesa: 50 gols
Time-base: Antonioli; Ceccarelli, Von Bergen, Pellegrino, Lauro; Caserta, Colucci, Parolo; Jiménez, Bogdani (Budan), Giaccherini
Os artilheiros: Luis Jiménez (9 gols), Erjon Bogdani (8) e Emanuele Giaccherini (7)
Os onipresentes: Francesco Antonioli (37 jogos), Marco Parolo (37) e Emanuele Giaccherini (36)
O técnico: Massimo Ficcadenti
O decisivo: Emanuele Giaccherini
A decepção: Alessandro Rosina
A revelação: Marco Parolo
O sumido: Davide Santon
Melhor contratação: Luis Jiménez
Pior contratação: Diego Cavalieri
Nota da temporada: 5
Após 19 anos longe da elite do futebol italiano, o Cesena voltou à Serie A e conseguiu cumprir sua meta na temporada de reestreia: permanecer por mais tempo entre os melhores. O início foi surpreendente (empate contra a Roma, no Olímpico, e vitória por 2 a 0 sobre o Milan, em casa), dando uma amostra de que seria um adversário duro – e, realmente foi, sobretudo para os grandes, contra os quais lutou muito e vendeu caro alguns pontos, conquistando outros. No entanto, a equipe passou a perder pontos importantes em casa e rondou a zona de rebaixamento, uma constante no campeonato. A partir da 8ª rodada, os bianconeri figuraram entre os cinco piores times da competição 31 vezes. Ou seja, em todas as rodadas restantes. Pela zona de rebaixamento, o time passeou 14 vezes.
A coisa só não foi pior porque alguns jogadores, como Antonioli, Giaccherini, Jiménez e Parolo, superaram as expectativas e renderam no máximo de suas capacidades. O primeiro foi um dos melhores goleiros do campeonato e nem seus 41 anos de idade impediram que realizasse grandes defesas – inclusive, barrou Diego Cavalieri, um dos maiores flops deste campeonato, que acabou rescindindo seu contrato após amargar a eterna reserva. Lá na frente, Giaccherini e Jiménez, que jogando mais avançado teve suas melhores atuações, se juntaram à Bogdani na artilharia do time e funcionaram sempre como motores para a equipe. No meio de campo, era a revelação Marco Parolo quem mandava. Revelação porque, apesar de seus 26 anos, o jogador ainda não tinha aparecido tão bem em fase nenhuma de sua carreira. Com bom porte físico, noção de marcação aguçada e passes de qualidade, foi peça essencial na caminhada até a salvezza e chegou a ser convocado por Cesare Prandelli para a seleção italiana. Interessa a Roma, Inter, Fiorentina e Genoa.
Enquanto isso, jogadores como Budan, Rosina e Santon ficaram bem aquém das expectativas e pouco ajudaram a equipe. O atacante Budan chegou no último dia de tranferências para ser o comandante do ataque bianconero, mas passou muito tempo lesionado, entrou em campo apenas 17 vezes e marcou um único gol na temporada. Mesma número e motivo de Rosina, que atuou apenas dez vezes. Não podemos deixar de citar o (esquecível) ex-lateral da Inter, Davide Santon. Apontado como possível grande revelação do futebol italiano nos últimos anos, o jogador ainda não conseguiu demonstrar seu potencial e só atuou 11 vezes em 2010-11. Para a próxima temporada, o time busca uma salvezza mais tranquila – como esta poderia ter sido, se Massimo Ficcadenti explorasse o total potencial do time. O treinador, que não seguirá no comando dos cavalos marinhos, até fez bom trabalho de vestiários, mas recusou-se a lançar jovens de bom potencial e quase colocou a permanência do time em risco.