O jovem Pogba saiu do banco de reservas para fazer 2 a 0 e decidir o jogo para a Juve. Com elenco reforçado, time mostra que pode sim jogar em alto nível na Serie A e na LC (Reuters)
Sábado reservou dois bons jogos para os apreciadores do futebol italiano. Para começar a rodada, o duelo entre os líderes Juventus e Napoli não decepcionou. Em jogo muito equilibrado, a Velha Senhora só conseguiu decidir no fim, com gols de dois jogadores saídos do banco de reservas. Agora, tem três pontos a mais que o Napoli e continua sendo o time a ser batido na Bota.
Mais tarde, a Lazio foi melhor que o Milan durante boa parte do jogo e chegou a estar vencendo por 3 a 0. O time de Milão conseguiu diminuir a diferença, mas somou sua quinta derrota no campeonato. A zona da degola já é preocupação real e Galliani, diretor esportivo do time, mandou a equipe ficar concentrada durante toda a semana. Vamos aos resumos dos jogos:
Juventus 2×0 Napoli
No principal confronto do final de semana, a Juventus mostrou porque é a favorita ao título e venceu seu maior rival na corrida pelo scudetto. Agora, é líder isolada do campeonato, com três pontos a mais que o Napoli (22 a 19), e única equipe ainda invicta na competição. O time de Turim sai do duelo com a cabeça erguida: para os que duvidavam que a Velha Senhora seria capaz de manter o alto nível no nacional mesmo disputando a Liga dos Campeões, veio a prova de que, com elenco amplo, é possível sim. Cáceres e Pogba mostraram que os reservas também são decisivos.
A partida começou em ritmo intenso, mas com poucas chances claras de gol. O Napoli foi um pouco melhor no primeiro tempo e até teve posse de bola um pouco superior a dos donos da casa: 51%. Na melhor ocasião, Cavani acertou cobrança de falta no travessão de Storari. A Juve sofria com a ausência de Vucinic (gripado) e não levava perigo ao gol de De Sanctis, com Giovinco e Quagliarella. Pirlo, muito marcado, pouco aparecia para o jogo. Na segunda etapa, o jogo continuou equilibrado, mas o Napoli parece ter aceitado o empate cedo demais. A equipe de Mazzarri deixou de ser vertical como no primeito tempo e deu espaço para a Juve.
A entrada de Matri no lugar de Quagliarella deu profundidade ao time bianconero, que melhorou também com as entradas de Cáceres e Pogba, nos lugares de Asamoah e Vidal, respctivamente. E os substitutos logo decidiram: Cáceres completou cobrança de escanteio de Pirlo para fazer 1 a 0, a dez minutos do fim, e Pogba fechou o placar em grande chute de fora da área. O Napoli continua sendo o principal concorrente da Juve ao título, mas a Velha Senhora mostrou que ainda é a equipe a ser batida na Itália. Agora, já soma 47 jogos de invencibilidade na Serie A.
Enquanto isso, o Milan, quem diria, começa a temer a zona de rebaixamento. O time de Allegri não se encontra e já soma cinco derrotas na competição (no campeonato passado, foram seis derrotas ao longo das 38 rodadas). Na 15ª colocação, os rossoneri têm apenas sete pontos conquistados, mesma quantidade que o Pescara, primeiro time na zona da degola. Desde a temporada 1941-42, não tinha cinco derrotas em oito partidas. Para piorar, o time não consegue fazer gols: foram só 10 marcados até aqui, por apenas três jogadores (Pazzini, El Shaarawy e De Jong).
O time bem montado de Petkovic, que nada tem a ver com os problemas do Milan, aproveitou para somar mais três pontos e continuar a perseguição à Juve e Napoli. Escalada no usual 4-5-1, a equipe mostrou a força do seu meio de campo, principalmente por causa de Hernanes e Mauri, e já na primeira etapa abriu 2 a 0, com gols de Hernanes e Candreva. Logo no início do segundo tempo, Klose ampliou.
E só a partir daí o Milan começou a jogar. Allegri colocou Pato no lugar de Nocerino e Emanuelson no posto de Boateng. A equipe melhorou e, com De Jong e, claro, El Shaarawy, diminuiu para 3 a 2. Mas já era tarde demais. Apesar da pressão nos minutos finais, o Milan não conseguiu empatar o jogo e amargou mais uma derrota. A volta de Pato deu maio mobilidade ao ataque rossonero e é uma das poucas coisas a se destacar do Milan. Do lado da Lazio, preocupa a queda de rendimento (em grande parte, físico), no segundo tempo.