Serie A

Guia da Serie A 2013-14

Juventus já começou a temporada com título, e pretende levantar mais taças (AP)

Neste fim de semana, a partir das 13 horas de sábado, 24 de agosto, tem início a temporada 2013-14 do Campeonato Italiano. O jogo de abertura lembrará muito os anos 80, quando o futebol do Belpaese ganhou destaque no Brasil com transmissões na TV aberta: em campo, estarão Verona e Milan. A bicampeã Juventus joga em seguida, às 15h45, fora de casa, contra a Sampdoria.

A Juve começa o campeonato como franca favorita ao título, mas o Napoli promete incomodar. Mais atrás, Milan, Roma e Fiorentina, com Inter, Lazio e Udinese correndo por fora, aparecem como outras forças de um campeonato que tem perdido craques, mas que tem lançado jovens e que, contrariando expectativas, conseguiu atrair alguns jogadores de renome para esta edição.

A 82ª temporada da Serie A como a conhecemos tem 46 jogadores brasileiros, quatro a menos que na última temporada. Os jogadores “verdeoro”, como se diz na Itália, estão presentes em 17 das 20 equipes do campeonato, e é a Roma a responsável pelo maior número: seis, ao todo. Lazio, Udinese e Verona vem em seguida, com cinco.

Nesta temporada, os direitos de transmissão da Serie A para o Brasil continuam com exclusividade do Fox Sports, mas o fã do futebol italiano também pode assistir ao campeonato caso tenha em seu pacote de TV por assinatura o canal RAI International, que retransmite a programação da Itália para o mundo. Os canais ESPN continuarão a transmitir um jogo da rodada em VT, às segundas-feiras, e o Esporte Interativo, através do Milan Channel, transmitirá as partidas dos rossoneri, também com algum delay, sendo o único canal aberto a ter jogos do campeonato transmitidos. A Coppa Italia, por sua vez, é dos canais ESPN.

Ontem, iniciamos nosso especial da Serie A com o perfil tático das 20 equipes que disputam o campeonato, que você pode ler aqui. Hoje, em parceria com a Trivela, ampliamos a análise com o guia do campeonato, com uma análise do que cada equipe pode aprontar em 2013-14. E, sem mais delongas, acompanhe o especial que preparamos. Boa leitura!

Atalanta  

Cidade: Bérgamo (Lombardia)
Estádio: Atleti Azzurri D’Italia (24.642 lugares)
Fundação: 1907
Apelidos: Nerazzurri, La Dea, Orobici
Principais rivais: Brescia, Inter e Milan
Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 5ª colocação)

Na última temporada: 15ª posição

Objetivo: Meio da tabela

Brasileiros no elenco: nenhum

Técnico: Stefano Colantuono (4ª temporada)

Destaque: Germán Denis

Fique de olho: Daniele Baselli

Principais chegadas: Constantin Nica (d, Dinamo Bucareste), Giulio Migliaccio (m, Palermo) e Mario Yepes (z, Milan)

Principais saídas: Davide Biondini (m, Genoa), Ivan Radovanovic (m, Chievo) e Facundo Parra (a, Independiente)

Time-base (4-3-3): Consigli; Nica, Stendardo, Yepes, Brivio; Migliaccio, Cigarini, Carmona; Livaja (Moralez), Denis, Bonaventura.

Com a filosofia de que a satisfação está nas pequenas coisas, a Atalanta entra na Serie A com o mesmo objetivo de sempre: fazer um campeonato sem sustos. A tradicional equipe lombarda mantém o técnico Colantuono (que só perde para Guidolin, da Udinese, em termos de tempo de trabalho) e confia nele e no atacante Denis para mais uma temporada de tranquilidade. Colantuono decidiu adotar o esquema 4-3-3, ao invés do 4-4-1-1 do ano anterior, mas o modo de jogar da equipe deve continuar muito parecido, privilegiando o jogo pelas pontas, buscando Denis, que marcou 34 gols nos últimos dois campeonatos. As chegadas dos experientes Yepes e Migliaccio, além do promissor romeno Nica, são interessantes devem fortalecer o setor defensivo, que já teve destaque em 2012-13. Olho ainda no meia Baselli, que faz parte da seleção sub-21 italiana e é cria da base atalantina, que já revelou nomes como Montolivo e Pazzini, além de Consigli, Cigarini e Bonaventura, que hoje são titulares na própria equipe.

Bologna

Cidade: Bolonha (Emília-Romanha)
Estádio: Renato Dall’Ara (39.444 lugares)
Fundação: 1909
Apelidos: Rossoblù, Felsinei, Petroniani
Principais rivais: Cesena e Fiorentina
Títulos da Serie A: sete

Na última temporada: 13ª posição

Objetivo: Meio da tabela

Brasileiros no elenco: nenhum

Técnico: Stefano Pioli (3ª temporada)

Destaque: Alessandro Diamanti

Fique de olho: Diego Laxalt

Principais chegadas: Rolando Bianchi (a, Torino), Francesco Della Rocca (m, Palermo) e Diego Laxalt (m, Inter)

Principais saídas: Alberto Gilardino (a, Genoa), Manolo Gabbiadini (a, Sampdoria) e Saphir Taïder (m, Inter)

Time-base (4-2-3-1): Curci; Garics, Antonsson, Cherubin, Morleo; Pérez, Krhin (Laxalt); Christodopoulos, Diamanti, Kone; Bianchi.

O grande feito do Bologna na pré-temporada foi manter Diamanti, destaque da equipe nos últimos dois anos. O meia da seleção italiana continuará como estrela do time, auxiliado pelo bom coadjuvante Kone, e terá o terceiro companheiro diferente como referência de ataque: depois de Di Vaio e Gilardino, é a vez de Bianchi, que foi ídolo no Torino em cinco anos de passagem pelo clube. A dúvida é se ele terá cacife para substituir Gilardino, que voltou a ser um atacante letal na Emília e, por isso, voltou ao Genoa, que o havia emprestado. Os números mostram que o novo centroavante marcou apenas dois gols a menos que Gilardino na última temporada, e os bolonheses estão apostando nisso. Outra aposta é Alibec, que terá sua primeira chance na Serie A, e espera trilhar o mesmo caminho de Gabbiadini, jovem atacante que teve boa passagem pelo time do Renato Dall’Ara.

Cagliari

Cidade: Cagliari (Sardenha)
Estádio: Nereo Rocco (28.565 lugares)
Fundação: 1920
Apelidos: Rossoblù, Isolani e Casteddu
Principal rival: Napoli
Títulos da Serie A: um

Na última temporada: 11ª colocação

Objetivo: Meio da tabela

Brasileiros no elenco: Danilo Avelar e Nenê

Técnico: Diego López (2ª temporada)

Destaque: Marco Sau

Fique de olho: Nicola Murru

Principais chegadas: Rui Sampaio (m, Beira-Mar) e Marios Oikonomou (d, PAS Giannina)

Principais saídas: Thiago Ribeiro (a, Santos)

Time-base (4-3-1-2): Agazzi; Pisano (Dessena), Astori, Rossetini, Murru; Ekdal, Conti, Nainggolan; Cossu; Ibarbo, Sau.

Mais uma vez, o Cagliari poderá fazer um campeonato sem jogos em casa. Isso porque terá de mandar seus jogos inicialmente em Trieste, a mais de 1.000 km da sede do time, na Sardenha. Em busca da regularização do Sant’Elia, que pode acontecer ainda neste mês, a equipe aposta novamente na manutenção de uma boa base, que tem levado o time a boas campanhas. O time tem muitos talentos individuais, mas se vale pelo conjunto, que é muito forte – hoje, o elenco tem 25 jogadores, mas raramente mais de 18 rodam entre o campo e o banco de reservas. Nos últimos dias da janela, os sardos ainda tentarão segurar quatro de seus principais jogadores: Agazzi, Astori, Nainggolan e Ibarbo, líderes do elenco ao lado de Cossu, Conti e do artilheiro Sau, interessam bastante ao grupo dos mais fortes times italianos. Mesmo perdendo uma ou duas peças, o Cagliari continua forte, e pode sonhar em repetir a temporada 2012-13.

Catania


Cidade: Catania (Sicília)

Estádio: Angelo Massimino (20.266 lugares)
Fundação: 1908

Apelidos: Rossoazzurri, Etnei, Elefanti
Principais rivais: Palermo e Messina
Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 8ª colocação)
Na última temporada: 8ª colocação

Objetivo: Liga Europa
Brasileiros no elenco: nenhum

Técnico: Rolando Maran (2ª temporada)

Destaque: Pablo Barrientos

Fique de olho: Norbert Gyömbér

Principais chegadas: Sebastián Leto (m, Panathinaikos), Panagiotis Tachtsidis (m, Roma) e Gino Peruzzi (d, Vélez Sarsfield)

Principais saídas: Francesco Lodi (m, Genoa), Alejandro Gómez (m, Metalist Kharkiv) e Giovanni Marchese (d, Genoa)

Time-base (4-3-3): Andújar; Peruzzi, Spolli, Legrottaglie, Monzón; Izco, Tachtsidis, Almirón; Castro (Leto), Bergessio, Barrientos.

O Catania chega a 2013-14 no auge de sua história. O clube vem crescendo gradativamente e, na última temporada, alcançou seu recorde de pontos e sua melhor classificação na história da Serie A. Para esta temporada, o grande desafio será superar as saídas de Lodi, Gómez e Marchese, titularíssimos – os dois primeiros quase donos do time. O primeiro grande desafio do técnico Maran é implantar um novo estilo de jogo para a equipe, que não terá mais a habilidade de Lodi na meia cancha, mas sim mais voluntarismo, com o grego Tachtsidis e, por isso, dependerá mais de Barrientos. Outra mudança é o fato de o flanco esquerdo perder importância com a saída de Marchese e o foco mudar para o direito, que ganha muita força ofensiva e defensiva com a chegada do ótimo Peruzzi  – ele já anulou Neymar quando atuava pelo Vélez. Com nove argentinos entre os titulares e um ataque rápido e habilidoso, que trabalhará em prol de gols de Bergessio, os etnei podem dar mais um passo para se estabelecerem como uma equipe de médio porte no futebol italiano.

Chievo
Cidade: Verona (Vêneto)
Estádio: Stadio Marc’Antonio Bentegodi (38.402 lugares)
Fundação: 1929
Apelidos: Gialloblù, Ceo, Burros Alados
Principal rival: Verona
Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 4ª colocação)

Na última temporada: 12ª posição

Objetivo: Salvar-se do rebaixamento

Brasileiros no elenco: Claiton

Técnico: Giuseppe Sannino (1ª temporada)

Destaque: Cyril Théréau

Fique de olho: Maxwell Acosty

Principais chegadas: Maxwell Acosty (m, Fiorentina), Dejan Lazarevic (m, Genoa) e Ivan Radovanovic (m, Atalanta)

Principais saídas: Isaac Cofie (m, Genoa), Marco Andreolli (z, Internazionale) e Luciano (m, Mantova)

Time-base (4-4-2): Puggioni; Sardo, Dainelli, Cesar, Dramé; Acosty, Rigoni, Radovanovic, Lazarevic (Improta); Théréau, Paloschi.

A grande novidade que o Chievo traz para esta temporada é o fato de ser a única das 20 equipes da Serie A a utilizar um 4-4-2 clássico, em linha. A chegada do técnico Sannino deve deixar a equipe mais arrumada taticamente e também proporcionar mais cobertura a uma das equipes que, tradicionalmente, mais se utilizam de um futebol burocrático na Itália. Como contraponto, os jovens pontas Acosty e Lazarevic, de boa experiência na última Serie B, são dois jogadores habilidosos e que podem despontar em sua primeira oportunidade real na elite – por Fiorentina e Genoa, nunca chegaram a serem considerados opções reais. O esquema pode favorecer a Paloschi, cada vez mais referência no ataque, já que o capitão Pellissier está envelhecendo, e também a Théréau, artilheiro do time em 2012-13. A saída do promissor Cofie pode ser sentida, uma vez que Radovanovic é apenas regular, mas não deve atrapalhar.

Fiorentina
Cidade: Florença (Toscana)
Estádio: Artemio Franchi (46.389 lugares)
Fundação: 1926
Apelidos: Viola, Gigliatti
Principais rivais: Juventus, Roma e Bologna
Títulos da Serie A: dois
Na última temporada: 4ª posição

Objetivo: Liga dos Campeões

Brasileiros no elenco: Neto e Ryder Matos

Técnico: Vincenzo Montella (2ª temporada)

Destaque: Mario Gómez

Fique de olho: Marko Bakic

Principais chegadas: Mario Gómez (a, Bayern Munique), Josip Ilicic (m, Palermo) e Joaquín (m, Málaga)

Principais saídas: Stefan Jovetic (a, Manchester City), Emiliano Viviano (g, Palermo) e Luca Toni (a, Verona)

Time-base (3-5-2): Neto; Tomovic (Roncaglia), Rodríguez, Savic; Cuadrado, Borja Valero, Pizarro, Aquilani, Pasqual; Gómez, Rossi.

Ainda é cedo para saber se a Fiorentina vai poder chorar a saída do ídolo Jovetic para o Manchester City, mas não dá para criticar a atitude dos florentinos. A venda do montenegrino financiou a chegada de Gómez e Ilicic, e ainda deve servir para contratar um goleiro titular, uma vez que o brasileiro Neto ainda não pareceu convencer a comissão técnica – a indefinição pode acabar custando caro. No ataque, Giuseppe Rossi tomará o lugar de Jovetic (Ilicic e Ljajic, se não for vendido, também podem executar bem a função) e Gómez deve se converter no goleador que faltou à equipe na última temporada, por mais que Toni tenha feito um papel muito digno. Muito bem montada por Montella, a Fiorentina almeja a classificação para a Champions, que bateu na trave em 2012-13, mas pode surpreender e acabar até lutando pelo título. Com poucas mudanças e Valero, Cuadrado e Pasqual em grande fase, se Rossi e Gómez se adaptarem rapidamente ao time, teremos diversão na ponta da tabela.

Genoa
Cidade: Gênova (Ligúria)
Estádio: Stadio Luigi Ferraris (36.536 lugares)
Fundação: 1893
Apelidos: Grifone, Grifo, Rossoblù, Vecchio Balordo
Principal rival: Sampdoria
Títulos da Serie A: nove

Na última temporada: 17ª posição

Objetivo: Salvar-se do rebaixamento

Brasileiros no elenco: Matuzalém e Zé Eduardo

Técnico: Fabio Liverani (1ª temporada)

Destaque: Francesco Lodi

Fique de olho: Šime Vrsaljko

Principais chegadas: Francesco Lodi (m, Catania), Alberto Gilardino (a, Bologna) e Mattia Perin (g, Pescara)

Principais saídas: Marco Borriello (a, Roma), Andreas Granqvist (d, Krasnodar) e Sébastien Frey (g, Bursaspor)

Time-base
(4-3-3): Perin; Vrsaljko, Portanova, Gamberini, Antonelli; Kucka, Lodi, Cofie; Bertolacci, Gilardino, Santana.

Por dois anos consecutivos, os investimentos não tiveram bom retorno e o Genoa quase caiu – ficou em 17º em 2011-12 e 2012-13. Nesta temporada, a expectativa é diferente: os investimentos foram reduzidos, as inúmeras negociatas a que o presidente Preziosi associa os jogadores também, e os lígures terão um time jovem e um técnico estreante. Liverani, ex-jogador (e primeiro negro a vestir a camisa da seleção da Itália) aplicará um ofensivo 4-3-3, com quatro jogadores de menos de 22 anos entre os titulares (Perin, Vrsaljko, Cofie e Bertolacci), que serão guiados por outros experientes e de muita qualidade. Força física e qualidade técnica estão garantidas no meio-campo, e Gilardino tem tudo para marcar uma pá de gols, servido pelos ótimos Lodi e Bertolacci, além do eficiente Santana. Potencial para uma campanha acima da média dos últimos anos não vai faltar.

Inter
Cidade: Milão (Lombardia)
Estádio: Giuseppe Meazza (80.018 lugares)
Fundação: 1908
Apelidos: Nerazzurri, Beneamata, Biscione
Principais rivais: Milan e Juventus
Títulos da Serie A: 18

Na última temporada: 9ª posição

Objetivo: Liga dos Campeões

Brasileiros no elenco: Jonathan, Juan Jesus e Wallace

Técnico: Walter Mazzarri (1ª temporada)

Destaque: Samir Handanovic

Fique de olho: Patrick Olsen

Principais chegadas: Mauro Icardi (a, Sampdoria), Ishak Belfodil (a, Parma) e Hugo Campagnaro (d, Napoli)

Principais saídas: Antonio Cassano (a, Parma), Walter Gargano (m, Napoli) e Dejan Stankovic (m, sem clube)

Time-base
(3-5-2): Handanovic; Campagnaro, Ranocchia (Samuel), Juan); Nagatomo, Guarín, Cambiasso, Kovacic, Pereira; Palacio, Icardi (Milito).

O segundo ano consecutivo fora da LC fez a Inter passar por uma revolução. Sem dinheiro para grandes contratações, o time investiu principalmente em jovens promissores (Icardi, Belfodil, Taïder, Laxalt), peças de reposição a custo zero (Andreolli) e jogadores experientes e baratos, com lenha para queimar (Capagnaro). A grande contratação da temporada foi o técnico Mazzarri, que teve quatro ótimos anos no Napoli e pode fazer o time render em um bom nível. O grande desafio inicial é arrumar a defesa, que tem sofrido muitos gols nos últimos anos, mas também implantar um futebol veloz e combativo – em suas equipes, além disso, atacantes costumam brilhar, marcando muitos gols. Entre os novos contratados, Campagnaro e Icardi chegam para ser titulares de um time sem muitas estrelas, mas que pode atingir seu objetivo primário – voltar à “Europa que conta”. A venda de parte do clube para o magnata indonésio Thohir, quase concretizada, pode fazer a equipe mudar de patamar, com contratações mais ousadas. Resta saber se dará tempo de fazer isso nessa janela.

Juventus
Cidade: Turim (Piemonte)
Estádio: Juventus Arena (41.000 lugares)
Fundação: 1897
Apelidos: Bianconeri e Velha Senhora
Principais rivais: Torino e Inter
Títulos da Serie A: 29

Na última temporada: campeã

Objetivo: Título

Brasileiros no elenco: Rubinho

Técnico: Antonio Conte (3ª temporada)

Destaque: Andrea Pirlo

Fique de olho: Fausto Rossi

Principais chegadas: Carlos Tévez (a, Manchester City), Fernando Llorente (a, Athletic Bilbao) e Angelo Ogbonna (z, Torino)

Principais saídas: Emanuele Giaccherini (m, Sunderland), Nicholas Anelka (a, West Bromwich) e Nicklas Bendtner (a, Arsenal)

Time-base

(3-5-2): Buffon; Barzagli, Bonucci, Chiellini; Lichtsteiner, Vidal, Pirlo, Marchisio (Pogba), Asamoah; Tévez, Vucinic (Llorente).

A bicampeã italiana começa a temporada mais uma vez como o time a ser batido, e com ampla superioridade sobre os rivais – embora Napoli, Fiorentina e Roma tenha se reforçado bem. A Velha Senhora já passou o trator sobre a Lazio na Supercopa da Itália e deixou claro que pode brincar em solo nacional. O verdadeiro objetivo é fazer uma ótima campanha na LC, e as contratações de Tévez e Llorente agregam valor a um time que já era forte, mas que carecia de atacantes mais gabaritados. Com a 10 que era de Boniperti, Platini e Del Piero, o argentino já mostrou a que veio na partida contra a Lazio e será a referência juventina. Mais atrás, Pirlo provavelmente deve jogar um pouco menos, uma vez que tem 34 anos e quer estar bem para a disputa da Copa de 2014, e quem deve aparecer mais é Pogba, em vias de se tornar um craque de nível mundial. O francês deve ganhar ainda mais destaque e será um dos grandes nomes desta forte Juve.

Lazio
Cidade: Roma (Lácio)
Estádio: Olímpico de Roma (73.481 lugares)
Fundação: 1900
Apelidos: Biancocelesti, Biancazzurri, Aquilotti
Principais rivais: Roma, Napoli, Livorno, Pescara, Milan, Juventus e Atalanta
Títulos da Serie A: dois

Na última temporada: 7ª posição, campeã da Coppa Italia

Objetivo: Liga dos Campeões

Brasileiros no elenco: André Dias, Vinícius, Ederson, Hernanes e Felipe Anderson

Técnico: Vladimir Petkovic (2ª temporada)

Destaque: Miroslav Klose

Fique de olho: Brayan Perea

Principais chegadas: Felipe Anderson (m, Santos), Lucas Biglia (m, Anderlecht) e Diego Novaretti (d, Toluca)

Principais saídas: Mobido Diakité (d, Sunderland)

Time-base

(4-5-1): Marchetti; Konko, Biava, André Dias (Novaretti), Radu; Candreva, Biglia, Ledesma, Hernanes, Lulic; Klose.

A goleada sofrida ante a Juventus na Supercopa da Itália não deve influenciar a temporada da Lazio. Os aquilotti já sabiam que o abismo em relação à Juve havia aumentado, e apesar de quererem um título, a preocupação para 2013-14 é voltar à LC após seis anos. A briga será grande e, apesar de ter se reforçado bem e não ter perdido peças importantes, a Lazio parte atrás de Napoli, Fiorentina, Milan e Roma (e da Juve, evidentemente), e em paridade com a Inter, por uma das três vagas italianas na competição. Klose, Hernanes, Candreva e Marchetti seguem como principais jogadores de uma equipe que tem mais opções em cada setor e que pode evoluir ao longo do campeonato. A grande contratação foi o argentino Biglia, que chega para auxiliar Ledesma a manter o equilíbrio e a posse de bola no meio-campo. Felipe Anderson começa a temporada como uma espécie de 12º jogador do time e pode se destacar na primeira temporada no futebol europeu.

Livorno

Cidade: Livorno (Toscana)

Estádio: Armando Picchi (19.238 lugares)

Fundação: 1915

Apelidos: Amaranto, Labronici

Principal rival: Pisa

Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 2ª posição)

Na última temporada: 3º colocado na Serie B

Objetivo: Salvar-se do rebaixamento

Brasileiros no elenco: Emerson e Paulinho

Técnico: Davide Nicola (2ª temporada)

Destaque: Paulinho

Fique de olho: Francesco Bardi

Principais chegadas: Francesco Bardi (g, Inter), Leandro Greco (m, Olympiacos) e Nahuel Valentini (d, Rosario Central)

Principais saídas: Vincenzo Fiorillo (g, Sampdoria) e Savvas Gentsoglou (m, Sampdoria)

Time-base

(3-4-3): Bardi; Bernardini, Emerson, Valentini; Piccini, Duncan, Greco, Gemiti; Siligardi, Paulinho, Dionisi.

O time de segundo melhor ataque da última Serie B chega à elite podendo dar trabalho a qualquer equipe. Bem montada por Nicola, a equipe livornense tem um futebol ofensivo e tem no brasileiro Paulinho, autor de 20 gols e 18 assistências na segundona, o seu maior destaque. Revelado no Juventude, o ex-jogador da seleção sub-20 continuará como referência da equipe, apesar do grande jogo de equipe – dos 77 gols marcados na segundona, 60 foram marcados por quatro jogadores: além de Paulinho, Belingheri, Siligardi e Dionisi. A Inter acabará dando uma ajudinha ao campeonato dos toscanos: quatro dos jogadores contratados são da equipe, e todos eles são jovens promissores. Destaque para Bardi, considerado herdeiro de Buffon na seleção italiana, e para Duncan, jovem volante ganês que foi reemprestado para ganhar experiência na elite após bela metade de campeonato atuando no Livorno. Um problema pode ser o elenco curto: hoje, são apenas 22 jogadores à disposição.

Milan
Cidade: Milão (Lombardia)
Estádio: San Siro (80.018 lugares)
Fundação: 1899
Apelidos: Rossoneri, Diavolo
Principais rivais: Inter e Juventus
Títulos da Serie A: 18
Na última temporada: 3ª posição

Objetivo: Liga dos Campeões

Brasileiros no elenco: Gabriel e Robinho

Técnico: Massimiliano Allegri (4ª temporada)

Destaque: Mario Balotelli

Fique de olho: Riccardo Saponara

Principais chegadas: Riccardo Saponara (m, Empoli), Andrea Poli (m, Sampdoria) e Jherson Vergara (d, Deportes Quindio)

Principais saídas: Massimo Ambrosini (m, Fiorentina), Mathieu Flamini (m, sem clube) e Mario Yepes (d, Atalanta)

Time-base

(4-3-1-2): Abbiati; Abate, Zapata, Mexes, De Sciglio; Poli, De Jong, Montolivo; Boateng; Balotelli, El Shaarawy.

A contratação de Balotelli em janeiro parecia indicar que o Milan iria com sede ao pote também no mercado de verão. Ledo engano: Balotelli foi uma exceção à regra e a grande contratação também para esta temporada, uma vez que fez a pré-temporada sob o comando de Allegri. O time é praticamente o mesmo em relação ao ano passado, e ganha dois reforços jovens e de muita qualidade no meio-campo, que chegam para brigar por posição: Poli, de bons anos na Sampdoria e uma passagem regular pela Inter, e Saponara, que brilhou no Empoli e é visto como um novo Kaká. A antes questionada defesa se ajeitou no segundo turno da última Serie A, foi melhor até que a da Juventus, e um reforço de peso para o setor, tido como certo até antes de janeiro, não foi contratado – chegou apenas Vergara, uma boa aposta para o futuro. Outra novidade é o retorno de De Jong, que sofreu grave lesão. Brigar pelo título parece difícil, mas o time competirá com força por uma vaga na LC.

Napoli
Cidade: Nápoles (Campânia)
Estádio: San Paolo (60.240 lugares)
Fundação: 1926
Apelidos: Azzurri, Partenopei
Principais rivais: Verona, Juventus, Inter e Milan
Títulos da Serie A: dois

Na última temporada: vice-campeão

Objetivo: título

Brasileiros no elenco: Rafael e Bruno Uvini

Técnico: Rafa Benítez (1ª temporada)

Destaque: Marek Hamsík

Fique de olho: Josip Radošević

Principais chegadas: Gonzalo Higuaín (a, Real Madrid), Pepe Reina (g, Liverpool) e Dries Mertens (a, PSV)

Principais saídas: Edinson Cavani (a, Paris Saint-Germain), Morgan De Sanctis (g, Roma) e Hugo Campagnaro (d, Inter)

Time-base

(4-2-3-1): Reina; Maggio, Cannavaro, Albiol, Zúñiga; Behrami, Dzemaili (Inler); Callejón (Pandev), Hamsík, Mertens; Higuaín.

O Napoli é o time que mais mudou entre aqueles da linha de frente da Serie A. Primeiro, trocou de técnico, e agora jogará de forma totalmente diferente: nada mais do 3-5-2 mazzarriano, mas sim um 4-2-3-1 com Benítez, que volta à Itália para dar a volta por cima, após fracasso na Inter. Benítez está reconstruindo o time e terá que lidar com a forte sombra de Mazzarri, que teve quatro ótimos anos em Fuorigrotta – mas é justamente em trabalhos quase do zero em que o espanhol brilha. A equipe também precisará superar a saída dos veteranos De Sanctis e Campagnaro e, principalmente, a do ídolo Cavani. Para isso, o clube trouxe dois bons goleiros (Rafael e Reina) e um dos melhores atacantes disponíveis no mercado, Higuaín. Mais reforçado em todos os setores, o time azzurro é o candidato a brigar com a Juventus pelo título e pode até ir longe na Champions. A grande referência agora é Hamsík, que terá Higuaín como novo parceiro, mas também a ajuda de Mertens, Callejón, Pandev e um Insigne pronto para explodir de vez, em um dos ataques mais insinuantes do campeonato. Um problema está nas laterais, já que Maggio, Zúñiga e Armero são muito ofensivos e vinham atuando como alas.

Parma
Cidade: Parma (Emília-Romanha)
Estádio: Ennio Tardini (23.486 lugares)
Fundação: 1913
Apelidos: Gialloblù, Crociati e Ducali
Principais rivais: Bologna e Reggiana
Títulos da Serie A: nenhum (melhor desempenho: 2ª posição)
Na última temporada: 10ª posição

Objetivo: Liga Europa

Brasileiros no elenco: Felipe e Amauri

Técnico: Roberto Donadoni (3ª temporada)

Destaque: Antonio Cassano

Fique de olho: Filip Janković

Principais chegadas: Antonio Cassano (a, Inter), Afriyie Acquah (m, Hoffenheim) e Mattia Cassani (d, Fiorentina)

Principais saídas: Ishak Belfodil (a, Inter), Andrea Coda (d, Udinese) e McDonald Mariga (m, Inter)

Time-base

(3-5-2): Mirante; Benalouane (Cassani), Paletta, Lucarelli; Biabiany, Marchionni (Acquah), Valdés, Parolo, Gobbi; Amauri, Cassano.

Com poucas mudanças, o Parma chega nesta temporada com a expectativa de fazer um campeonato sem sustos e, quem sabe, com uma surpresa no final. A saída de Belfodil para a Inter é uma perda, pensando no futuro, mas foi muito bem sanada no presente com a contratação de Cassano, que chegou com status de estrela da companhia – e, quando Fantantonio é dono do time, normalmente não arranja confusões. Com Amauri como companheiro de ataque, as chances de que o Parma tenha dois nomes entre os principais artilheiros da Serie A é grande – relembrando a Sampdoria que Cassano e Pazzini comandavam, com muitos gols e assistências. Donadoni, que emplaca mais um ótimo trabalho em equipe mediana, ainda contará com um meio-campo muito forte e bem distribuído tática e tecnicamente. Além de Cassano, quem também pode voltar a brilhar é seu quase homônimo Cassani, bom jogador que já teve chances na seleção italiana, mas viu sua carreira perder o rumo há pouco mais de dois anos.

Roma
Cidade: Roma (Lácio)
Estádio: Olímpico de Roma (72.481 lugares)
Fundação: 1927
Apelidos: Giallorossi, Lupi, A Maggica
Principais rivais: Lazio e Juventus
Títulos da Serie A: três
Na última temporada: 6ª posição, vice da Coppa Italia

Objetivo: Liga dos Campeões

Brasileiros no elenco: Julio Sérgio, Leandro Castán, Maicon, Dodô, Marquinho e Taddei

Técnico: Rudi Garcia (1ª temporada)

Destaque: Francesco Totti

Fique de olho: Tin Jedvaj

Principais chegadas: Kevin Strootman (m, PSV), Maicon (d, Manchester City) e Morgan De Sanctis (g, Napoli)

Principais saídas: Marquinhos (d, Paris Saint-Germain), Erik Lamela (a, Tottenham) e Pablo Osvaldo (a, Southampton)

Time-base

(4-3-3): De Sanctis; Maicon, Benatia, Leandro Castán, Balzaretti; Florenzi, De Rossi, Strootman; Pjanic, Totti (Destro), Gervinho.

A nova gestão da Roma inicia seu terceiro ano com mais certezas do que nos dois anteriores. A equipe aposta novamente em um técnico estrangeiro: depois de Luis Enrique e Zeman, vem Garcia, de ótima passagem pelo Lille, da França, onde chegou a ser campeão francês e da copa local em 2011. Além disso, a equipe trocou muitas peças, e bem. A começar por Stekelenburg, que não teve sucesso em Roma e deixou espaço para o experiente De Sanctis. Outra boa venda foi a de Osvaldo, que é goleador, mas tumultua o ambiente – além disso, Totti e Destro podem fazer sua função. Lamela e Marquinhos, duas das jovens estrelas da companhia, receberam propostas de valor muito alto e a equipe optou por vendê-los e reinvestir. Com esse aporte financeiro, a Roma trouxe bons nomes, como Maicon, Benatia, Strootman e Gervinho (pupilo de Garcia no Le Mans e no Lille), todos prováveis titulares. Os últimos dias do mercado ainda podem reservas surpresas, e podem dizer se a Roma terá cacife para dar um passo a frente: lutar pelo título é demais, mas o time parte com força para retornar à LC.

Sampdoria
Cidade: Gênova (Ligúria)
Estádio: Marassi (36.703 lugares)
Fundação: 1946
Apelidos: Blucerchiati, Doria, Samp
Principal rival: Genoa

Títulos da Serie A: um

Na última temporada: 14ª posição
Objetivo: meio da tabela
Brasileiros no elenco: Júnior Costa, Renan e Éder
Técnico: Delio Rossi (2ª temporada)
Destaque: Angelo Palombo
Fique de olho: Michele Fornasier
Principais chegadas: Manolo Gabbiadini (a, Atalanta), Vasco Regini (d, Empoli) e Bartosz Salamon (d, Milan)
Principais saídas: Mauro Icardi (a, Inter), Sergio Romero (g, Monaco) e Andrea Poli (m, Milan)
Time-base

(3-5-2): Júnior Costa; Gastaldello, Palombo, Regini; De Silvestri, Obiang, Krsticic, Renan, Costa; Éder, Gabbiadini.

Delio Rossi terá muito trabalho nesta temporada. A Sampdoria é um time claramente enfraquecido em relação à última temporada. As saídas de peças fundamentais ao time, como Icardi, Romero e Poli (além de Maxi López, Munari, Maresca e Estigarribia) não foi bem reposta e, se o time titular é bom, o reserva não tem grandes nomes. Até mesmo entre os titulares há lacunas: por exemplo, dois brasileiros de nível questionável, como Júnior Costa, ex-Santo André, e Renan, ex-Atlético Mineiro, devem ter vaga – o outro brasileiro da companhia, Éder, também será titular, mas depois de realizar ótima Serie A. Com isso, a responsabilidade recai sobre os ombros dos bons e experientes Palombo e Gastaldello, mas podem acabar respingando em Obiang, Krsticic, Salamon, Soriano, Mustafi, Berardi e nos recém-chegados Gentosglou, Regini e Gabbiadini. Todos os citados são jovens jogadores que terão uma prova de fogo para amadurecer, sem saírem chamuscados. Fazer um campeonato sem sustos será lucro para este elenco modesto.

Sassuolo
Cidade: Sassuolo (Emília-Romanha)
Estádio: Città del Tricolore (20.084 lugares)
Fundação: 1920
Apelidos: Neroverdi, Sasòl
Principal rival: Modena

Títulos da Serie A: nenhum (estreante)

Na última temporada: campeão da Serie B
Objetivo: salvar-se do rebaixamento
Brasileiros no elenco: Diego Farias
Técnico: Eusebio Di Francesco (2ª temporada)
Destaque: Jasmin Kurtic
Fique de olho: Domenico Berardi
Principais chegadas: Simone Zaza (a, Juventus), Jasmin Kurtic (m, Palermo) e Jonathan Rossini (d, Sampdoria)
Principais saídas: Richmond Boakye (a, Juventus), Andrea Catellani (a, Catania) e Gennaro Troianiello (a, Palermo)
Time-base

(4-3-3): Rosati; Gazzola, Rossini, Terranova, Ziegler; Kurtic, Magnanelli (Chibsah), Missiroli; Berardi, Zaza, Alexe.

Campeão da última Serie B, o pequeno Sassuolo é o único estreante desta temporada do Campeonato Italiano. A equipe que tem a peculiar combinação entre verde e preto como cores sociais, se dará por satisfeita se permanecer na elite. O clube, cujo dono é presidente de uma multinacional de adesivos e impermeabilizantes, tem um bom aporte financeiro, mas também responsabilidade nas ações de mercado. Tanto é que a diretoria valorizou o trabalho do grupo que subiu à elite e manteve o técnico Di Francesco (que chegou a ser cotado na Roma), e quase todo o grupo, afinal o conjunto foi o maior responsável pelo título: mesmo com a terceira melhor defesa e o melhor ataque da competição, não houve grandes destaques individuais. A equipe perdeu apenas jogadores que saíam por empréstimo, além de Troianiello, vendido ao Palermo, e entre as contratações, destaque para Rosati e Ziegler, que voltam a ter chances em uma equipe da Serie A como titulares, e para Kurtic e Zaza, prováveis referências da equipe, ao lado de Berardi. Kurtic fez ótima pré-temporada e Zaza vem gabaritado por 18 gols na última Serie B.

Torino

Cidade: Turim (Piemonte)
Estádio: Olimpico di Torino (28.140 lugares)
Fundação: 1906
Apelidos: Toro, Granata
Principais rivais: Juventus, Sampdoria, Roma
Títulos da Serie A: sete
Na última temporada: 16ª posição
Objetivo: salvar-se do rebaixamento
Brasileiros no elenco: Barreto
Técnico: Gian Piero Ventura (3ª temporada)
Destaque: Alessio Cerci
Fique de olho: Nikola Maksimović
Principais chegadas: Nikola Maksimović (d, Estrela Vermelha), Ciro Immobile (a, Genoa) e Nicola Bellomo (m, Bari)
Principais saídas: Rolando Bianchi (a, Bologna), Angelo Ogbonna (d, Juventus) e Mario Santana (m, Genoa)
Time-base

(3-5-2): Padelli; Glik, Maksimović, Moretti (Bovo); Darmian, Basha, Farnerud, El Kaddouri (Bellomo), D’Ambrosio; Cerci, Immobile.

O Torino perdeu dois de seus principais jogadores, mas não mudou de status: se reforçou dignamente e continuará trabalhando para ter um campeonato sem sustos, embora o objetivo seja a permanência na elite. O bom Immobile terá o trabalho de substituir o experiente Bianchi e será o novo companheiro de Cerci no ataque, que ainda tem Barreto, Meggiorini e o novo reforço Larrondo como opções. Na defesa, Ogbonna não vinha jogando, por problemas físicos, e o promissor Maksimovic é uma ótima aposta para suprir a sua saída para a rival Juventus. Outros dois jovens que foram contratados pela direção grená e podem brilhar nesta Serie A são El Kaddouri, que surgiu no Brescia mas estava encostado no Napoli, e Bellomo, um dos principais jogadores da última Serie B, competição que disputou pelo Bari, de sua cidade natal. Ainda falta contratar um goleiro, visto que Padelli não é garantia de nada e Gillet foi suspenso por envolvimento em manipulação de jogos. Um arqueiro seguro e experiente será fundamental para uma equipe em que as grandes referências tem menos de 25 anos.

Udinese


Cidade: Údine (Friuli)

Estádio: Friuli (41.652 lugares)
Fundação: 1896
Apelidos: Bianconeri e Zebrette
Principais rivais: Venezia
 e Triestina
Títulos da Serie A: nenhum (melhor colocação: vice-campeã)
Na última temporada: 5ª posição
Objetivo: Liga Europa
Brasileiros no elenco: Allan, Naldo, Danilo, Gabriel Silva e Maicosuel
Técnico: Francesco Guidolin (4ª temporada)
Destaque: Antonio Di Natale
Fique de olho: Nico López
Principais chegadas: Ivan Kelava (g, Dinamo Zagreb), Nico López (a, Roma) e Igor Bubnijc (d, Slaven Belupo)
Principais saídas: Medhi Benatia (d, Roma), Davide Faraoni (m, Watford) e Gabrielle Angella (d, Watford)
Time-base

(3-5-1-1): Kelava (Brkic); Heurtaux, Danilo, Domizzi; Basta, Pereyra, Pinzi, Allan, Gabriel Silva; Muriel; Di Natale.

Desde 2008-09, a Udinese não inicia um campeonato com uma equipe tão similar a da temporada anterior. Na verdade, à exceção do goleiro, e apenas por lesão de Brkic, todo o restante do time friulano é formado por jogadores que já estavam em Údine no último certame. A única perda considerável é a do ótimo Benatia, que foi para a Roma, mas não jogou muito em 2012-13 por questões físicas. Entre os contratados, muitos jovens atletas que podem despontar nos próximos anos e apenas dois jogadores com mais rodagem, os goleiros Kelava e Benussi – o que já aponta para uma cessão de Brkic num futuro próximo. Com isso, o time aposta novamente em Di Natale, que renovou até 2015, e é certeza de muitos gols para os alvinegros. Ele terá Muriel como companheiro mais uma vez: na última temporada, os dois foram responsáveis por 34 dos 59 gols da equipe, e o ótimo colombiano só fez uma temporada regular, a partir de janeiro. Guidolin, o “Ferguson de Údine”, começa com o mesmo discurso: primeiro, 40 pontos para evitar o rebaixamento, e depois, pensar em algo mais. Um “algo mais” bem possível.

Verona
Cidade: Verona (Vêneto)
Estádio: Stadio Marc’Antonio Bentegodi (38.402 lugares)
Fundação: 1903
Apelidos: Mastini, Scaligeri, Butei
Principais rivais: Vicenza, Brescia e Napoli

Títulos da Serie A: um

Na última temporada: vice-campeão da Serie B
Objetivo: salvar-se do rebaixamento
Brasileiros no elenco: Rafael, Raphael Martinho, Nicolas, Rômulo e Jorginho
Técnico: Andrea Mandorlini (4ª temporada)
Destaque: Jorginho
Fique de olho: Jorginho
Principais chegadas: Luca Toni (a, Fiorentina), Nikolay Mihaylov (g, Twente) e Ezequiel Cirigliano (m, River Plate)
Principais saídas: José Crespo (d, Bologna), Luca Ceccarelli (d, Spezia) e Armin Bacinovic (m, Palermo)
Time-base

(4-3-3): Mihaylov (Rafael); Rômulo (Cacciattore), Maietta, González, Agostini; Jorginho, Donati (Cirigliano), Hallfredsson; Sala, Toni (Cacia), Raphael Martinho.

Fora da Serie A há 11 anos, o tradicional Verona volta à elite pensando em ficar. A equipe, comandada há três anos pelo ex-zagueiro Mandorlini, mantém a estrutura tática e muitas das peças que levaram a equipe da terceira à primeira divisão neste período, e ainda montaram o melhor ferrolho da Serie B – como, por exemplo, o brasileiro Rafael. Porém, os veroneses ainda se reforçaram bem, e trouxeram o goleiro titular da seleção búlgara, Mihaylov, além de jogadores que tiveram status de titular em equipes de primeira linha, como Rômulo e Toni. Duas grandes apostas são as contratações de Cirigliano e Sala: o primeiro, herdeiro de Mascherano no quesito disciplina tática e marcação forte, e o segundo, um raro ponta no futebol italiano, devem ganhar vaga como titulares no 4-3-3 de Mandorlini. Titular absoluto e destaque do time, o meia central Jorginho terá a chance de ser visto no país em que nasceu: revelado pelo Imbituba-SC, foi cedo para a Itália e já joga pela seleção sub-21 azzurra. Olho nele e nos surpreendentes butei.

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