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Com novo técnico e bom encaixe dos reforços, o Milan sonha em conquistar vaga europeia (AP) |
13 pontos em seis partidas. Só a Juventus, com 14 pontos em seis jogos, é superior. Essa é a sequência de Seedorf desde que chegou ao Milan. Uma conta que deixa os rossoneri vivos na briga por uma vaga europeia, apenas quatro pontos atrás do Verona, que abre a zona de classificação para a Liga Europa. O que parecia impossível, começa a se tornar realidade, uma vez que o holandês encaixou a equipe, que com os reforços de Hona, Taarabt, Rami e Essien, ganhou força. Uma mesma renovação que chegou, em ritmo mais lento à Lazio, que também cresce. Hoje, com uma briga nada emocionante no topo da tabela, oito equipes lutam por três vagas na Liga Europa. Quem diria que isso poderia acontecer na Serie A? Os tempos são outros.
Sampdoria 0-2 Milan
Apesar de todos os problemas e limitações,
é indiscutível a melhora de rendimento e resultados do Milan nos
últimos jogos. A equipe tem o terceiro melhor aproveitamento no
campeonato desde a chegada de Seedorf (13 pontos em 6 jogos), atrás
apenas da Juventus (14 pontos) – considerando que Roma e Parma tem um jogo a menos, entre elas, uma das duas equipes pode superar o Milan, já que tem 13 e 11 pontos nos últimos cinco jogos. O time chegou aos
35 pontos nesta rodada, agora a apenas quatro do Verona, o último
colocado na zona europeia. Com o ex-meia o time tem quase o dobro de
pontos por jogo e aproveitamento do que com Allegri: 1,15 antes, 2,16 agora; e 38,5% antes,
72,2% agora.
Agressivos, os comandados de Seedorf começaram o jogo a mil por hora.
Aos 12 minutos, Taarabt recebeu cruzamento de Rami, cabeceou para a
defesa parcial de Da Costa e aproveitou o rebote para abrir o marcador.
Os rossoneri, mesmo com a vantagem e sem Balotelli e Kaká, seguiram
perigosos e criaram boas chances com Taarabt, mais uma vez destaque
milanista, Pazzini, Honda, Saponara e Constant. Com apenas um chute de
Gabbiadini no primeiro tempo, o time da casa não conseguiu repetir as
últimas atuações, quando especialmente contra times maiores oferecia
resistência com marcação pressão – ainda não tinha sofrido revés em casa desde a
chegada de Mihajlovic. Aos 58, o Milan voltou a mexer no placar e em
jogada semelhante a do primeiro gol, Taarabt cruzou na área, Pazzini
ganhou de Da Costa, em péssima saída, e Rami tocou para
definir o resultado. A Sampdoria ainda teve Maxi López expulso e
oportunidades com Éder, defendidas por Amelia. (Arthur Barcelos)
Napoli 1-1 Genoa
No
encerramento da rodada, o Napoli pagou pela soberba e ficou apenas no
empate com o Genoa, em pleno San Paolo, com direito à tão famosa “lei do
ex”. Sem medo de novas lesões e mostrando ainda querer brigar pelo
título, Benítez mandou a campo o que tinha e melhor, incluindo o
quarteto ofensivo Callejón, Hamsík, Mertens e Higuaín, enquanto o Genoa
vinha com muitos desfalques, como Kucka, Gamberini e Vrsaljko. O jogo
começou com total pressão napolitana e Mertens fez Perin trabalhar já
nos primeiros minutos. De tanto pressionar, o Napoli chegou ao gol aos
18, com Higuaín, que recebeu na área e só deu um toque na saída
do goleiro genovês.
Os
azzurri seguiram em busca do segundo gol, com tentativas de Higuaín e
Hamsík, enquanto Fernández salvou a melhor oportunidade genovesa, criada
por Konaté. Na segunda etapa, o Napoli se acomodou, talvez pensando na
partida contra o Swansea e apenas controlou a partida, sem muito
esforço. Percebendo a apatia, Benítez apostou nas entradas de Insigne e
Inler, mas foram Fetfatzidis e Calaiò quem mudaram o jogo, pelo lado do
Genoa – Gilardino, mal no jogo, acabou sendo substituído pelo meia grego no intervalo. E coube a Calaiò, ex-jogador napolitano, empatar o jogo em uma bela
cobrança de falta, a poucos minutos do fim, para revolta dos 40 mil
torcedores que foram ao estádio. Com mais um tropeço, o Napoli se
distancia da Roma (6 pontos) e mantém a invencibilidade de Gasperini no
Sao Paolo como treinador dos grifoni. (Caio Dellagiustina)
Parma 2-2 Fiorentina
Em jogo de duas das equipes que se destacam da temporada, Parma e
Fiorentina ficaram em um amargo empate. Para a Fiorentina, ficou o alento de que nem Napoli nem Inter venceram. Além disso, os comandados de Montella jogaram fora
de casa, atuaram boa parte do segundo tempo com um jogador a menos e ainda
tiveram forças para buscar um empate e se manter na briga por vaga na Champions
League. Apesar do jogo equilibrado, as duas equipes permaneceram reticentes em se
expor, deixando o primeiro tempo sem muitas emoções. Nas duas únicas chances,
dois gols. Aos 39, Amauri fez bela jogada na linha de fundo e cruzou para o
meio, encontrando Cassano livre para marcar. Mas nem deu tempo para comemorar,
pois um minuto depois, a Fiorentina chegou ao empate. Matri cruzou da
esquerda, a bola passou por Valero e Cuadrado, sozinho na segunda trave,
empatou a partida.
Diferente da primeira etapa, o segundo tempo começou agitado
e logo aos três minutos, Biabiany sofreu pênalti de Tomovic. Na cobrança,
Amauri recolocou os donos da casa na frente. A situação da equipe de Florença se
complicou quando minutos depois, Diakité entrou duro em Cassano e foi para o
chuveiro mais cedo. Montella arrumou o time com Gómez e Ilicic, enquanto o Parma
se retrancou, criando poucas, mas boas oportunidades. Mas foi a terceira
substituição da Fiorentina quem definiu o jogo. A cinco minutos do fim, Mati
Fernández, recém-entrado, acertou o ângulo de Mirante, em cobrança de falta e garantiu um
importante ponto para a Viola. No final, Munari e Borja Valero se estranharam e acabaram expulsos – o espanhol pegou gancho de quatro jogos, entre os quais aqueles contra Juve e Napoli. Apesar de não tem vencido, o empate não foi de
todo mal para o Parma, que ainda segue na briga pela Liga Europa e chegou à 13ª
partida sem derrota. A situação poderia ser melhor, porém, porque o time poderia se aproximar da Inter, quinta colocada, e da própria Fiorentina, que tem 8 pontos a mais. (CD)
Inter 1-1 Cagliari
Sem Hernanes, poupado, a Inter voltou a tropeçar no Italiano. Após a chegada do brasileiro, que foi titular nas duas últimas partidas, o time de Milão voltou a jogar bem, mas sem ele em campo, teve menos ideias e acabou esbarrando na trave, no goleiro Avramov e na confusa arbitragem de Carmine Russo. O juizão de Nola acertou ao conceder pênalti por toque de mão de Juan, logo aos 6 minutos de jogo, mas não viu empurrão de Astori sobre Icardi, que pulava para cabecear para o gol vazio. O empate não foi de todo mal para a Inter, quinta colocada, porque Fiorentina e Napoli também tropeçaram, mantendo a distância em 5 e 11 pontos, respectivamente. Porém, Verona, Milan e Lazio se aproximam, enquanto Parma e Torino seguem de olho em vaga europeia. O Cagliari segue em 15º, com 25 pontos.
Em campo, logo nos primeiros minutos, Ibarbo deu uma canseira à zaga nerazzurra, mas foi Pinilla, que no pênalti cometido por um desatento Juan, abriu o placar. Contando com a volta de Álvarez, a Inter tentou chegar ao empate, mas Palacio e Milito faziam partida abaixo das expectativas. No segundo tempo, com Icardi no lugar do Príncipe, tudo mudou: o jovem atacante quase marcou em seu primeiro toque na bola; no segundo apenas ajeitou para Rolando empatar e, pouco depois, acertou a trave com uma cabeçada – no rebote, foi deslocado por Astori e não conseguiu marcar. Tentando alçar bolas na área e chegar ao gol com tiros de longe, a Inter empenhou Avramov, que fez algumas boas defesas e segurou o placar. (Nelson Oliveira)
Livorno 2-3 Verona
No confronto entre torcidas rivais, desta vez sem maiores problemas com proteção de seguranças e policiais, a movimentação ficou por conta dos jogadores. A partida de cinco gols, 37 finalizações, 11 na direção do gol, seis defesas, 14 escanteios, 35 roubadas de bola, 32 faltas e seis cartões amarelos terminou com resultado mais do que positivo para o Verona, que conquistou três pontos preciosos fora de casa após três derrotas seguidas no até então inviolável Marcantonio Bentegodi. O resultado deixa o time de Mandorlini com confortável margem de salvezza: 39 pontos – agora pronto para “brincar” no campeonato. Para o Livorno, de volta a zona de rebaixamento, uma dura derrota em seus domínios depois de boa reação com Di Carlo no comando.
Com a bola rolando, o jogo corrido foi marcado por várias chances nos primeiros 45 minutos para ambos os lados, mas predomínio gialloblù no placar: 3 a 0. Aos 33, Jankovic cruzou, Bardi esperou toque que nunca ouve e quando reagiu a bola já estava dentro do gol. Aos 43, Iturbe puxou contra-ataque, abriu para um Toni tinindo na ponta direita e o centroavantão cruzou para o desvio de Rômulo. Três minutos depois, novo contra-ataque veronês. Jankovic lançou forte para Iturbe, mas o argentino acreditou na jogada, avançou e tocou para Toni ampliar a vantagem. Na volta do intervalo o Livorno voltou mais agressivo e ofensivo, porém demorou para diminuir a vantagem. Somente aos 72 o time descontou, primeiro com Paulinho em forte chute de fora da área, e depois com Greco, em chute colocado após pivô do atacante brasileiro. O trio Paulinho, Emeghara, Belfodil, com as ajudas de Greco, Emerson e Duncan, seguiu incomodando até o apito final, mas não conseguiu voltar a mexer no placar. (AB)