Serie A

28ª rodada: 100% em 2024, a Inter segue firme rumo a seu vigésimo scudetto

Favas contadas? O vigésimo scudetto da Inter parece questão de tempo. Até quando não tem atuações magníficas, a equipe nerazzurra vence adversários complicados, como o Bologna em sua versão 2023-24, e os adversários não acompanham o seu ritmo. A Juventus, por exemplo, empatou com a Atalanta em casa e deu a vice-liderança da Serie A de bandeja para o Milan. O resultado disso? A Beneamata ampliou sua frente para incríveis 16 pontos, com 30 ainda em disputa, e pode garantir o título no Derby della Madonnina da 33ª rodada.

Enquanto a Inter caminha a passos largos rumo à taça, as disputas por vagas europeias e pela permanência seguem quentes. Na primeira dessas corridas, o fim de semana bem que poderia ter sido representado por um freio: nenhum time colocado entre a terceira e a nona posição venceu. Na parte inferior da tabela, ao contrário: Udinese, Verona e Cagliari conseguiram triunfos importantes, ao passo que a vitória do Sassuolo pode dar um novo sentido à temporada neroverde. Confira, abaixo, o que de melhor aconteceu na rodada.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Bologna 0-1 Inter

Gol e assistência: Bisseck (Bastoni)
Tops: Bastoni e Sommer (Inter)
Flops: Zirkzee e Saelemaekers (Bologna)

Considerando o recorte temporal iniciado em fevereiro de 2024, Inter e Bologna eram os times de melhor aproveitamento na Serie A até o confronto de sábado. A forma recente do adversário sugeria dificuldades para a equipe de Simone Inzaghi, líder do campeonato. Assim foi. Porém, os nerazzurri têm mesmo estado num patamar diferente das demais participantes do certame: foram eficientes no ataque no primeiro tempo, souberam se defender mesmo dosando energias para o duelo com o Atlético de Madrid, pela volta das oitavas de final da Champions League, e conseguiram a 13ª vitória nas 13 partidas disputadas em 2024, além do 17º clean sheet no torneio. De quebra, ainda ampliaram a vantagem na liderança para 16 pontos.

Pensando na Liga dos Campeões, Inzaghi decidiu poupar peças como Pavard, Dimarco e o artilheiro Lautaro, além de dar ritmo de jogo a Acerbi, Çalhanoglu e Thuram, que voltaram de lesão. Com essa escalação alternativa, a Inter fez Skorupski trabalhar seriamente ao menos duas vezes antes da metade do primeiro tempo – numa delas, após erro crasso de Kristiansen na entrada da área, Barella desperdiçou chance clara cara a cara com o arqueiro. O gol sairia aos 37, numa jogada com movimentos típicos dessa equipe da Beneamata. Bastoni subiu como lateral-esquerdo e, muito aberto pelo flanco, efetuou cruzamento perfeito para Bisseck, o zagueiro do outro lado, aparecer nas costas de Saelemaekers e testar para a rede.

Na segunda etapa, a Inter reduziu o seu ritmo e esperou o Bologna – sequer finalizou a gol após o intervalo, diga-se de passagem. Ao mesmo tempo, pouco sofreu e segurou a vitória com relativa tranquilidade. Os únicos momentos de algum afã ocorreram num chute forte de Posch, que passou à direita da baliza, e numa chance desperdiçada por Zirkzee, bem defendida por Sommer, que já havia rebatido um petardo de Ferguson anteriormente. No fim das contas, a derrota sequer mudou de forma significativa a situação do time de Thiago Motta. Os rossoblù continuam na quarta posição, mas com um ponto a menos de vantagem sobre Atalanta e Roma, que empataram no domingo.

Juventus 2-2 Atalanta

Gols e assistências: Cambiaso (McKennie) e Milik (McKennie); Koopmeiners (Pasalic) e Koopmeiners (Djimsiti)
Tops: McKennie (Juventus) e Koopmeiners (Atalanta)
Flops: Miretti (Juventus) e Ruggeri (Atalanta)

A Juventus segue em queda livre. Com apenas uma vitória – conquistada nos acréscimos, vale lembrar – nas últimas sete rodadas, a equipe de Massimiliano Allegri viu a liderança da Serie A, que tinha no fim de janeiro, escorrer pelos dedos. Pior, caiu para a terceira posição do campeonato, já que o Milan vem em bom momento. A Atalanta, por outro lado, chegou a três jogos sem triunfos no certame, mas não pode reclamar muito: somou boas atuações no período e empatou, fora de casa, contra o Diavolo e a Velha Senhora. Assim, apesar de seguir na sexta posição, se vê próxima do Bologna, que abre o G4.

Num primeiro tempo de escassas emoções, os jogadores da Juventus simplesmente esqueceram de uma das principais características do futebol de Koopmeiners – um dos possíveis reforços dos bianconeri para a próxima temporada. Aos 35 minutos, a Atalanta teve falta a seu favor e a cobrança ensaiada encontrou o holandês sozinho na risca da grande área. Sem o peso do suspenso Vlahovic no comando do ataque, a Velha Senhora só conseguiu sua reação na segunda etapa. A equipe havia mostrado algumas boas construções de jogadas em trocas de passes e, através de um lance do tipo, o diálogo entre Chiesa e McKennie terminou na conclusão de biquinho de Cambiaso, na casa dos 66.

O gol animou a Juventus, que vinha em crescimento, e o cenário da partida mudou drasticamente. Aos 70 minutos, Iling-Junior levantou na altura da marca do pênalti, McKennie ajeitou de peito e Milik, sozinho, chutou forte para fazer o seu primeiro em 2024. Entretanto, se alguém imaginava que a Atalanta sentiria o baque, se enganou. A equipe de Gian Piero Gasperini tem muita força mental e, principalmente, confiança em seu futebol. Não à toa, com uma troca de passes característica do trabalho do técnico, na casa dos 75, o zagueiro Djimsiti avançou até a entrada da área rival e deixou Koopmeiners em ótimas condições para finalizar rasteiro, por baixo de Szczesny, e anotar a doppietta. Não só: o seu décimo tento nesta Serie A.

Vivendo um momento bastante negativo, a Juventus tropeçou de novo e perdeu a vice-liderança para o Milan (AFP/Getty)

Milan 1-0 Empoli

Gol e assistência: Pulisic (Okafor)
Tops: Pulisic e Loftus-Cheek (Milan)
Flops: Zurkowski e Luperto (Empoli)

Muitos torcedores do Milan têm implorado pelo fim do trabalho de Stefano Pioli, mas o fato é que o time rossonero vem em grande momento: são 30 pontos conquistados nas 13 últimas rodadas, nas quais perdeu apenas uma vez. Por isso, conseguiu tomar da Juventus a vice-liderança da Serie A. No domingo, contra o Empoli, bastou a sétima vitória por 1 a 0 no campeonato. O Diavolo é o time que mais somou triunfos pelo placar mínimo na atual edição do torneio.

Sem Rafael Leão, suspenso, o Milan teve uma atuação mais comedida, ainda que sólida. Contando com Loftus-Cheek na condição de termômetro no meio-campo e com uma boa exibição de Okafor aberto na ponta esquerda, substituindo o seu craque, o Diavolo dominou o Empoli e chegou ao ataque muito frequentemente no ritmo dessas peças. Na primeira etapa, o gol saiu quando o suíço acionou Pulisic: de dentro da área, o norte-americano finalizou e ainda contou com desvio em Luperto para vencer Caprile.

Tendo a vantagem no placar, o time de Pioli controlou o adversário e só chegou “na boa”. As melhores oportunidades, em meados do segundo tempo, surgiram num chute de meia distância de Loftus-Cheek e num bom levantamento de Okafor para Calabria, que não direcionou a cabeçada. Apesar disso, o Milan ainda foi agraciado por um ex, já no finalzinho: Destro ficou livre na cobrança de escanteio, mas testou fraco e só recuou para Maignan. Às vezes a sorte anda ao lado dos competentes.

Fiorentina 2-2 Roma

Gols e assistências: Ranieri (González) e Mandragora (Belotti); Aouar e Llorente (Ndicka)
Tops: Belotti (Fiorentina) e Svilar (Roma)
Flops: Biraghi (Fiorentina) e Huijsen (Roma)

Em jogo que marcou a recordação do ex-zagueiro Astori, falecido há seis anos por conta de um ataque cardíaco, a Fiorentina ficou a segundos de vencer a Roma – outra agremiação que foi defendida pelo eterno capitão violeta. O empate obtido no último minuto da partida frustrou os toscanos, que não conseguiram se aproximar dos giallorossi: seguem na oitava posição, cinco pontos atrás da adversária de domingo, que é a quinta colocada.

A Fiorentina mereceu a vitória. E mostrou isso desde os primeiros minutos contra uma Roma que, pela primeira vez desde a chegada de Daniele De Rossi ao comando, foi inconsistente na defesa. Logo aos 18 minutos, depois de cobrança de escanteio de Lopez, González desviou no primeiro pau e Ranieri empurrou para as redes, inaugurando o placar. Na sequência, Mancini cometeu diversas faltas e, já amarelado, teve de ser sacado pelo treinador. O problema, para a Loba, é que Huijsen teve um desempenho tão ruim quanto o do titular.

A Roma poderia ter descido para os vestiários com um passivo maior e, certamente, comemorou o placar mínimo. Os capitolinos voltaram mais ligados e ficaram perto de empatar com um arremate de Cristante, de dentro da área, mas Terracciano salvou os mandantes. Em seguida, Dybala construiu nova jogada pela esquerda e o cruzamento desviado de Angeliño terminou na cabeça de Aouar, que deixou tudo igual, na casa dos 58 minutos.

Só que a Fiorentina ainda era melhor em campo e não se intimidou com o empate. Aos 68, Belotti, que já tivera chance salva por Paredes quase em cima da linha, subiu no terceiro andar para, de cabeça, ajeitar a bola na medida para Mandragora anotar o segundo. O ex-atacante da Roma ainda sofreu pênalti pouco depois. Entretanto, Biraghi cobrou mal e Svilar manteve a Loba viva. Vivíssima, na verdade. Tanto é que, na casa dos 95, Ndicka saltou sozinho na entrada da área violeta e deixou a pelota à feição para Llorente. O espanhol encheu o pé e acertou o ângulo de Terracciano, dando números finais à peleja.

Com apenas uma derrota nas últimas 13 rodadas, o Milan ascendeu na tabela e assumiu a segunda posição da Serie A (AFP/Getty)

Napoli 1-1 Torino

Gols e assistências: Kvaratskhelia (Mário Rui); Sanabria
Tops: Kvaratskhelia (Napoli) e Milinkovic-Savic (Torino)
Flops: Anguissa (Napoli) e Pellegri (Torino)

Jogando em casa, o Napoli colecionou mais um tropeço e vai enxergando a vaga na Champions League da próxima temporada cada vez mais distante. É verdade que Francesco Calzona segue invicto desde que chegou ao Napoli, mas graças a três empates por 1 a 1 em quatro jogos. O Torino, por sua vez, deve se resignar com mais um ano no meio da tabela, sem maiores ambições e sem correr riscos.

O primeiro tempo foi marcado por um embate entre Kvaratskhelia e Milinkovic-Savic. Aos 14 minutos, Kvara recebeu de Politano e parou em defesa do sérvio – no escanteio batido em sequência, Osimhen cabeceou para fora. Na casa dos 43, o georgiano aproveitou cruzamento e emendou um peixinho no canto, mas Vanja saltou para espalmar. Entre essas ocasiões, aos 28, o Torino teve uma ótima oportunidade no momento em que Zapata pegou sobra de bola na meia-lua e disparou um forte arremate rasteiro. Só que Meret apareceu bem e colocou para a linha de fundo.

Na segunda etapa, já aos 61 minutos, Kvaratskhelia finalmente levou a melhor na sua disputa pessoal com o goleiro do Torino e marcou pelo terceiro jogo consecutivo no campeonato. Após Juan Jesus roubar bola no campo defensivo, o Napoli trocou passes e o georgiano, que participou da construção da jogada, apareceu na área para escorar o cruzamento de Mário Rui. Imediatamente após o gol sofrido, Ivan Juric – suspenso e representado pelo auxiliar Matteo Paro – optou por sacar Pellegri e colocar Sanabria na partida. Em seu primeiro toque na pelota, o paraguaio assinou uma pintura: depois de cobrança de escanteio, a redonda tocou em Anguissa e subiu, sobrando na medida para que o camisa 9 emendasse uma lindíssima bicicleta a partir da linha da pequena área e empatasse o duelo.

Depois do gol, o Torino não ficou recuado em seu campo, tentando segurar o empate, mas o Napoli tomou mais atitude e foi em busca da vitória – afinal, precisava dos três pontos para se aproximar de forma mais séria do G4. Não adiantou. Milinkovic-Savic voltou a aparecer bem, com defesas seguras ante Osimhen e Juan Jesus, além de uma rebatida importante no forte chute de Kvaratskhelia.

Lazio 1-2 Udinese

Gols e assistências: Giannetti (contra); Lucca (Kamara) e Zarraga (Thauvin)
Tops: Lovric e Okoye (Udinese)
Flops: Lazzari e Romagnoli (Lazio)

Crise aberta na Lazio. Com a eliminação na Champions League e a terceira derrota seguida na Serie A, o que não ocorria desde 2020, fica cada vez mais improvável a permanência de Maurizio Sarri na agremiação da capital após o fim da temporada – a queda de desempenho em relação à campanha do vice-campeonato é maior do que a modesta nona posição no certame evidencia. Para a Udinese, cenário inverso. O triunfo alivia demais a situação dos comandados de Gabriele Cioffi, que agora ocupam a 13ª colocação, três pontos acima da zona de rebaixamento.

A Lazio foi a campo com vários desfalques. Além de Rovella e Patric, que estão machucados há algum tempo, Marusic, Pellegrini e Guendouzi cumpriam suspensão devido às expulsões que amargaram contra o Milan – gancho também para o técnico Sarri, que foi representado pelo auxiliar Giovanni Martusciello na segunda. A equipe da casa dominou o jogo durante o primeiro tempo e teve suas melhores oportunidades após erros de saída de bola da Udinese. Zaccagni, contudo, acertou a trave numa dessas chances, aos 4 minutos, e já na casa dos 28, falhou ao não se coordenar para finalizar de dentro da pequena área, mandando o cruzamento de Felipe Anderson para longe.

Perto do intervalo, então, as habituais incertezas defensivas que a Lazio tem mostrado em 2023-24 quase lhe colocaram em desvantagem. Depois de bola espirrada, Kamara, sozinho, só não marcou porque Provedel foi reativo e colocou para escanteio. Na cobrança, Giannetti cabeceou e o arqueiro teve que se esticar para evitar o gol bianconero.

No início da segunda etapa, não houve jeito. Aos 47 minutos, Kamara apareceu sozinho no flanco esquerdo, teve todo o tempo do mundo para preparar o arremate e Lucca, mesmo entre dois marcadores, teve liberdade para escorar para a rede. Constrangedor. No lance seguinte, Zaccagni tentou cruzar para trás e Giannetti fez contra, mas a reação dos aquilotti foi inútil. Afinal, na casa dos 51, o péssimo sistema defensivo celeste observou a Udinese fazer linha de passe dentro da área e Zarraga, desmarcado na meia-lua, só colocou no cantinho.

Depois dos minutos de frenesi do início da etapa complementar, a Udinese recuou um pouco e a Lazio buscou o empate. Aos 58, os biancocelestes engataram contragolpe, mas Okoye foi preciso: defendeu o chute central de Lazzari e ainda mandou para escanteio o rebote, de Isaksen. Na sequência, foi reativo duas vezes ante Immobile. No fim da peleja, ainda houve tempo para Provedel quase cometer uma lambança ao tentar driblar Lucca e se lesionar na área adversária, quando buscava o empate no desespero. Pérez, da equipe friulana, também foi expulso.

A Fiorentina permitiu que a Roma empatasse o confronto direto no fim e não conseguiu voltar à disputa pela quinta posição (Getty)

Cagliari 4-2 Salernitana

Gols e assistências: Lapadula (Zappa), Gaetano (Nández), Shomurodov e Shomurodov; Kastanos (Zanoli) e Maggiore (Candreva)
Tops: Shomurodov e Lapadula (Cagliari)
Flops: Fazio e Manolas (Salernitana)

Enquanto o Cagliari mostra que vai lutar até o fim para se salvar do rebaixamento, a Salernitana parece entregue: amassada na Sardenha, a equipe campana se vê a 11 pontos do Empoli, primeiro time fora da zona de descenso, e certa de que permanecerá na lanterna por pelo menos mais três rodadas, já que o Sassuolo, penúltimo, tem nove a mais. Se fala até mesmo na demissão de Fabio Liverani, que comandou o time em apenas quatro jogos, colecionando três derrotas e um empate. É o tamanho do abismo grená.

Logo aos 12 minutos, o Cagliari saiu na frente. Zappa efetuou um lançamento longo e Fazio mostrou toda a sua lentidão ao tentar correr atrás de Lapadula. O ítalo-peruano driblou Ochoa, deixou Manolas estatelado no chão e só não entrou com bola e tudo por humildade. No fim do primeiro tempo, a Salernitana estava lançada ao ataque para uma cobrança de escanteio e foi pega de calças curtas num contragolpe puxado por Nández e concluído por Gaetano. Pouco após o retorno do intervalo, foi a vez de Shomurodov contar com erro de passe de Fazio e, no rebote do arqueiro grená, marcar o terceiro.

Fatura liquidada? Nem tanto. A Salernitana aproveitou dois cochilos seguidos do Cagliari, que marcara aos 51, e, na casa dos 56 e dos 58, reduziu a desvantagem. Primeiro, Mina só observou o cruzamento rasteiro de Zanoli chegar a Kastanos na marca do pênalti; depois, Jankto esqueceu de fechar o espaço de Maggiore na cobrança de escanteio de Candreva. Só que a equipe da Campânia tinha Fazio. E a atuação do argentino era terrível. Aos 76, depois de o zagueiro dar um presentaço para Shomurodov quando os seus colegas estavam todos no campo de ataque, o placar foi definido. Ochoa, como anteriormente, até tentou limpar a barra do companheiro com uma defesa na cavadinha do uzbeque. Mas, no rebote, o asiático fechou a conta e levou os sardos à 14ª posição, empatados com o Verona.

Lecce 0-1 Verona

Gol e assistência: Folorunsho (Suslov)
Tops: Folorunsho e Suslov (Verona)
Flops: Krstovic e Piccoli (Lecce)

No Via del Mare, o placar foi magro, mas a insanidade foi abundante. Depois do apito final, Roberto D’Aversa, então técnico do Lecce, foi até Henry, do Verona, e lhe desferiu uma cabeçada – provocando a reação do francês, que terminou sendo expulso pelo árbitro Daniele Chiffi por reclamação. Ao treinador, o gesto destemperado custou muito mais caro: o cargo.

O Lecce, que terminou a rodada na 16ª posição, um ponto acima da zona de rebaixamento, não teve mesmo um bom dia. Aos 14 minutos, Banda saiu cara a cara com Montipò, mas não conseguiu vencê-lo. Em seguida, Folorunsho recebeu na entrada da área e chutou mal. Entretanto, a bola desviou em Baschirotto e morreu no fundo do barbante. Foi o gol que deu ao Verona a vitória no confronto direto e o levou à 14ª posição.

O restante do jogo foi de poucas oportunidades claras – mas de mais azar para o Lecce. Ainda no primeiro tempo, aos 28 e aos 31 minutos, o time salentino acertou o travessão em duas ocasiões. Depois, foi a vez de Krstovic parar numa defesa difícil de Montipò. No fim das contas, o técnico Marco Baroni levou a melhor sobre o time em que fez seu trabalho anterior e deixou a Apúlia com três importantes pontos na mala.

Erro fatal: Kaio Jorge perdeu pênalti nos acréscimos e, com derrota no confronto direto com o Sassuolo, o Frosinone entrou na zona de descenso (Getty)

Sassuolo 1-0 Frosinone

Gol e assistência: Thorstvedt (Racic)
Tops: Racic e Thorstvedt (Sassuolo)
Flops: Kaio Jorge e Lirola (Frosinone)

Sassuolo e Frosinone chegaram a este confronto direto em pleno desespero e ambos com apenas uma vitória nas 14 rodadas anteriores. No fim do duelo, o time neroverde até levou a melhor, mas os dois terminaram o fim de semana dentro da zona de rebaixamento. Os emilianos, com um pouco mais de esperança após reencontrarem o triunfo e terem um novo trabalho, comandado por Davide Ballardini, começando. Os canários, por outro lado, viram mais pontos escaparem por eventos desafortunados no finalzinho de uma partida.

Depois de um primeiro tempo parelho, com raras boas chances para os dois times, a temperatura subiu no segundo tempo. Aos 55, Thorstvedt se envolveu num choque com Mazzitelli, ex-Sassuolo, e Federico La Penna assinalou a penalidade. Por orientação do VAR, o lance foi revisado e anulado. O próprio meia norueguês passou de quase vilão a mocinho três minutos depois, quando recebeu de Racic e encheu o pé para abrir o placar.

O Sassuolo até teve uma ótima chance de ampliar o placar na sequência, mas o chute de trivela de Pinamonti raspou a trave. Até o apito final, entretanto, as melhores oportunidades seriam dos visitantes. Lirola, outro ex-neroverde envolvido na peleja, recebeu lançamento em profundidade e, mesmo cara a cara com Consigli, mandou a bola na lua. Já no apagar das luzes, Ferrari cometeu um pênalti estúpido em Çuni e concedeu ao Frosinone a chance do empate. Só que, na casa dos 90, Kaio Jorge bateu para fora e afundou os giallazzurri.

Genoa 2-3 Monza

Gols e assistências: Gudmundsson e Vitinha; Pessina (Colpani), Mota (Colpani) e Maldini
Tops: Colpani e Maldini (Monza)
Flops: Strootman e Sabelli (Genoa)

Genoa e Monza fizeram um confronto direto menos interessante da rodada. Afinal, falávamos do embate entre o 11º e o 12º colocados, que nada mais têm nos planos até o fim da temporada. Talvez pela despreocupação envolvida, tivemos um duelo de cinco gols e bom futebol – além de um placar que levou os vitoriosos a ultrapassarem o Torino na tabela.

Mais qualificado tecnicamente, o Monza começou voando e abriu uma boa vantagem precocemente, após duas bolas levantadas na área. Aos 8 minutos, Colpani ajeitou de cabeça para o capitão Pessina completar; depois, ele próprio alçou a pelota na área para Mota acertar um voleio e marcar um dos gols mais bonitos da temporada. Colpani ainda teve a sua chance de guardar com um petardo. Porém, Martínez raspou na pelota e a fez explodir no travessão.

Bem no início do segundo tempo, um episódio devolveu o Genoa ao jogo. Pablo Marí colocou a mão na bola sem querer e o árbitro assinalou a penalidade. Gudmundsson parou em Di Gregorio, mas aproveitou o rebote e fez o seu décimo gol no campeonato. Depois, aos 68, Akpa Akpro cochilou na intermediária, perdeu a posse para Retegui e Vitinha aproveitou para calibrar a canhota e mandar a pelota no cantinho, deixando tudo igual. O Monza ficou levemente atordoado e só não levou a virada porque Mota, providencial, tirou o doce da boca de um Badelj em ótimas condições de concluir. Com a cabeça no lugar, o time de Raffaele Palladino decidiu a peleja após uma bela troca de passes. No rebote de Martínez, Maldini anotou o tento definitivo.

Seleção da rodada

Okoye (Udinese); Bisseck (Inter), Acerbi (Inter), Bastoni (Inter); McKennie (Juventus), Lovric (Udinese), Racic (Sassuolo), Koopmeiners (Atalanta), Kamara (Udinese); Colpani (Monza); Shomurodov (Cagliari). Técnico: Gabriele Cioffi (Udinese).

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