Serie A

Parada de inverno: Fiorentina

Não passou de um ensaio: após um dia movimentado, nesta quinta-feira o mercado italiano voltou a esfriar e nenhum clube da Serie A fechou com algum reforço. Enrique Cerezo, presidente do Atlético de Madrid, negou que Maniche estivesse sendo negociado com a Inter e arrefeceu um pouco os rumores da transferência do português.

As equipes preparam-se para o retorno da Serie A, neste fim de semana. Amanhã, portanto, encerramos as análises de intertemporada com os quatro times que hoje estariam classificados para a Liga dos Campeões: Udinese, Juventus, Roma e, claro, Internazionale.

FIORENTINA

Adrian Mutu: o homem-chave do time de melhor futebol no país

A campanha
5ª colocação. 17 jogos, 28 pontos. 7 vitórias, 7 empates, 3 derrotas. 26 gols marcados, 16 sofridos. O time-base
Frey, Ujfalusi (Potenza), Gamberini, Dainelli, Pasqual; Donadel, Liverani, Montolivo; Santana, Pazzini (Vieri), Mutu.
O comandante
Cesare Prandelli. O mentor desta Fiorentina ofensiva teve seu trabalho valorizado e no início da temporada renovou seu contrato até 2011. Adepto dos trabalhos táticos e com uma gestão amistosa de grupo, tem o elenco nas mãos de forma bem próxima. Talvez por isso a morte de sua esposa Manuela tenha interferido tanto no rendimento do time, que não tinha mais no banco o técnico de forma tão participativa: Gabriele Pin, ex-meia de Lazio e Parma e atualmente seu auxiliar, dirigiu o time por três partidas. Com essa pausa para a superação pessoal, é a hora de comandar a reta final de um ano decisivo para o futuro de sua Fiorentina.
O herói
Adrian Mutu, atacante. O afilhado de Gheorghe Hagi valeu cada um dos euros que custou à família Della Valle. Jogando à esquerda no apoio ao centroavante, nesta temporada conseguiu resultados ainda melhores que o do ano passado e é artilheiro da Fiorentina. Além de um dos três melhores jogadores da temporada italiana até aqui, indiscutivelmente. Também grande ano de Sebastien Frey, melhor goleiro do campeonato e líder de uma defesa que tem sofrido com as lesões sem jamais perder qualidade.
O vilão
Giampaolo Pazzini, atacante. Se a fase do resto do time não fosse tão boa, provavelmente Pazzini já teria sido sacado de vez do time titular. Só mantém o posto, aliás, porque Vieri não mais suporta o ritmo de dois jogos por semana e Prandelli opta por escalar o experiente canonniere nos jogos da Copa da Uefa, nos quais pode aproveitar ao máximo sua experiência. Como a já desgastada promessa da Atalanta não conseguiu marcar seu território na Serie A pela ambiciosa Fiorentina, a paciência da comissão técnica parece ter se esgotado e para seu lugar já chegou Cacia, ex-artilheiro do Piacenza.
A perspectiva
Vaga na Liga dos Campeões e, quem sabe, luta pelo título da Copa da Uefa. No torneio europeu, o próximo adversário é o tinhoso Rosenborg, que causou problemas a Chelsea e Valencia na Liga dos Campeões. Passando pelos noruegueses, a Fiorentina enfrenta Everton ou Brann. Se o caminho não é assim tão fácil, Prandelli já dá mostras que pode priorizar a Copa da Uefa, agora que as chances de título na Serie A se foram de vez. Isso desde que a busca pela LC no campeonato não seja prejudicada: o clube não disputa a competição desde a temporada 1999-00 e a vaga só escapou nos últimos dois anos graças às punições após o escândalo de manipulação de resultados.

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