Serie A

Parada de inverno: Udinese

Totò Di Natale: craque, capitão, artilheiro e salvador da pátria – literalmente

A campanha
4ª colocação. 17 jogos, 29 pontos. 8 vitórias, 5 empates, 4 derrotas. 22 gols marcados, 21 sofridos. O time-base
Handanovic, Zapata, Felipe, Lukovic; Mesto, Inler, D’Agostino, Dossena; Pepe (Floro Flores), Quagliarella, Di Natale.
O comandante
Pasquale Marino. A preocupação do diretor geral da Udinese, Pietro Leonardi, era bem clara ao fim da última temporada: faltava um treinador consistente para algum plano ambicioso a médio prazo. Marino, engenheiro do surpreendente Catania, foi logo contatado e aceitou o convite. Herdeiro natural de Zeman, Marino chegou com uma atraente proposta ofensiva, que culminou na compra da co-propriedade de Quagliarella e na não-negociação de Di Natale com algum dos rivais do calcio. Seu 3-4-3, se ainda não muito confiável no Friuli, já garante um futebol agradável de se ver.O herói
Antonio Di Natale, atacante. Sobre ele pairavam todos os tipos de especulação, desde um suposto interesse do Liverpool até uma longa novela com a Roma. E continuarão a pairar enquanto Totò se mantiver em Údine. Jogador acima da média, se aproxima do fim da carreira sem a chance de ter jogado por algum dos grandes italianos e declarou que só negocia com outros clubes após a disputa da Euro: Di Natale salvou o pescoço de Donadoni por pelo menos duas vezes, como na doppietta contra a Ucrânia, em Kiev. E não deixou de marcar suas tradicionais obras de arte.
O vilão
Antonio Chimenti, goleiro. Sim, foram só duas partidas com Chimenti no gol. Mais que o suficiente para causar arrepios na torcida da Udinese. No estréia contra a Inter, dos dois chutes a gol dados pelos nerazzurri, um entrou. Contra o Napoli, uma semana depois, o goleiro aceitou todas as cinco bolas direcionadas ao gol. A confiança se esvaiu se tal forma que Handanovic retornou às pressas de uma leve tendinite e o brasileiro Saulo, ex-Santos e Sport, foi contratado para a reserva do esloveno.A perspectiva
Vaga na Liga dos Campeões. Sem Europa, a Udinese larga na frente de Milan e Fiorentina na luta pela quarta vaga da Liga dos Campeões (considerando que as outras três já são de Juventus, Roma e Inter). O elenco tem boas peças em todos os setores, e à medida que o tempo passa a inconsistência tem sido eliminada pelo entrosamento. O gol, que seria uma preocupação na temporada, tem dono: Handanovic já fez a torcida esquecer De Sanctis. A dupla no meio de campo também garantiu boas surpresas: D’Agostino, que parecia aposta perdida, e Inler, jovem suíço de origem turca, grande revelação da temporada italiana. Na frente, após um período em que negou fogo, Quagliarella retomou a boa fase de tempos não tão longínquos.

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