Podem falar o que quiserem, tentar explicar o que quiserem. O Milan simplesmente não tem como justificar, com o elenco que possui, com o dinheiro que gasta, com os salários que paga, ficar de fora das oitavas-de-final da Copa da Uefa. Se isso fosse um podcast, nem saberia em qual das palavras da sentença anterior colocaria maior ênfase. Um time que investe em torno de 120 milhões de euros por ano somente com salários tem a obrigação futebolística, física, moral, financeira, mental, espiritual e metafísica de fazer, no mínimo, uma campanha muito memorável; digna. E por ‘campanha digna’ que se entenda uma eliminação roubada nas semifinais para um clube que disputava Liga dos Campeões, ou um vice-campeonato por um lance infeliz.
Com o empate de 1×1 em Bremen, na Alemanha, bastava ao clube rossonero um novo empate, desta vez sem gols e em casa, para se classificar. Até o pênalti convertido por Andrea Pirlo, o Werder realizava uma partida melhor, convicto sobre suas responsabilidades. Mesmo sob pressão, a equipe de (por enquanto) Carlo Ancelotti conseguiu ampliar o marcador com mais um belo gol de Alexandre Pato. Quando parecia tudo definido, o jogo se manteve de modo relativamente chato até Claudio Pizarro diminuir a diferença de cabeça, isso aos 68 minutos. Seiscentos segundos depois, eis que – assim como um ser humano normal não consegue aguentar os comentários de Silvio Lancellotti – o Milan não conseguiu aguentar a pressão imposta pelos alemães e, mais uma vez, Pizarro calou o San Siro.
Milan… E as pipas dos vovôs não sobem mais
Se a Inter tivesse cedido um empate de tal maneira, seria chamada de pipoqueira da Europa. Se a Roma tivesse cedido um empate de tal maneira, seria chamada de pipoqueira de sangue. O caso do Milan é diferente. Com a camisa que tem, com o ímpeto em decisões que tem, qualquer um sabe que não é um clube acostumado a afinar em situações complicadas. Seu buraco, portanto, não é necessariamente mais fundo ou mais raso, e sim outro. Os rossoneri não cederam o empate hoje porque falham em decisões ou porque o elenco é fraco e faltam investimentos.
Cederam o empate porque, deixando de lado a última conquista de Liga dos Campeões, a missão do Milan tem sido simplesmente envergonhar seu torcedor. Essa missão, contudo, tem literalmente custado muito caro. E, ao contrário de outras missões como “campanha digna de Milan na Serie A”, tem obtido êxito.
O Milan, desde a temporada 2003/2004, passa por um momento muito curioso. Naquele ano, conquistou o scudetto e era o atual campeão da UCL, sendo justamente apontado como uma das melhores equipes do mundo. Mas depois disso, os resultados do Milan podem ser muito contestados. Na serie A, não conseguiu superar a Juventus no campo em dois anos seguidos; ganhou a UCL em 06/07 quando deveria estar excluída da competição; na temporada seguinte, na bota, não conseguiu ficar a frente dos principais rivais e perdeu consequentemente a vaga pra UCL da atual temporada. Hoje, vimos o papelão contra o Werder. E mais uma vez, parece distante da briga pelo scudetto, com uma Juventus enfraquecida e na teoria inferior sempre a sua frente. Isso sem falar no “brilhante” mercato do clube. É provável que Nedved, ao se aposentar no fim da temporada, receba telefonemas de Milão para mostrar toda a sua vitalidade por mais…4 anos?
Concordo com o Pedro. Chamar de equivocado o mercado milanista de 2004/5 para cá, é elogio. Vieri, Ronaldo, Emerson, Favalli, Oddo, Zambrotta, Kalac, Ronaldinho e Shevchenko. Convenhamos, se naquela época já se falava em renovação, como é possível o Rossonero apresentar uma lista como essa? Onde está a política de contratações que um dia trouxe jovens como van Basten, Gullit, Rijkaard, Sheva, Nesta e Kaká? Os últimos resultados não são frutos de infortúnios.
que continuem assim… =P hehehe e, bem, investimento, mesmo que 100% correto, no futebol, nem sempre corresponde a 100% de acerto. o velho chavão “caixinha de surpresa em campo” sempre ocorrerá.
O Milan, desde a temporada 2003/2004, passa por um momento muito curioso. Naquele ano, conquistou o scudetto e era o atual campeão da UCL, sendo justamente apontado como uma das melhores equipes do mundo. Mas depois disso, os resultados do Milan podem ser muito contestados. Na serie A, não conseguiu superar a Juventus no campo em dois anos seguidos; ganhou a UCL em 06/07 quando deveria estar excluída da competição; na temporada seguinte, na bota, não conseguiu ficar a frente dos principais rivais e perdeu consequentemente a vaga pra UCL da atual temporada. Hoje, vimos o papelão contra o Werder. E mais uma vez, parece distante da briga pelo scudetto, com uma Juventus enfraquecida e na teoria inferior sempre a sua frente. Isso sem falar no “brilhante” mercato do clube. É provável que Nedved, ao se aposentar no fim da temporada, receba telefonemas de Milão para mostrar toda a sua vitalidade por mais…4 anos?
Foi realmente decepcionante e eliminação do Milan… E surgem rumores de que Ancelotti possa ir pra Roma. Não quero nem pensar…
Concordo com o Pedro. Chamar de equivocado o mercado milanista de 2004/5 para cá, é elogio.
Vieri, Ronaldo, Emerson, Favalli, Oddo, Zambrotta, Kalac, Ronaldinho e Shevchenko.
Convenhamos, se naquela época já se falava em renovação, como é possível o Rossonero apresentar uma lista como essa?
Onde está a política de contratações que um dia trouxe jovens como van Basten, Gullit, Rijkaard, Sheva, Nesta e Kaká?
Os últimos resultados não são frutos de infortúnios.
que continuem assim então […]
Meu time tá horrivel.
2 anos sem títulos.
RENOVAÇÃO JÁ
que continuem assim…
=P
hehehe
e, bem, investimento, mesmo que 100% correto, no futebol, nem sempre corresponde a 100% de acerto.
o velho chavão “caixinha de surpresa em campo” sempre ocorrerá.