Os selecionados do técnico Casiraghi não tiveram a mesma sorte que os companheiros de cima, que venceram mesmo jogando mal. No debuto contra o País de Gales, perderam por 2 a 1, exibindo um futebol ruim e com muitos erros. Nem o Super Mario, Balotelli, se saiu bem na partida, sendo muito egoísta em alguns lances e aparentando muito nervosismo. Um dos únicos que se salvaram foi o autor do gol azzurro, Paloschi, a boa surpresa do ano até agora. O atacante do Parma já marcou três gols em três jogos, essa temporada (dois pelo clube, na Serie A, e agora esse na seleção).
É bom lembrar, no entanto, que o País de Gales entrou como favorito nessa partida. Primeiro, porque essa seleção sub-21 da Itália é praticamente toda (para não dizer totalmente) renovada. Os únicos com o mínimo de experiência internacional são Balotelli, Ranocchia e Paloschi, que participaram da eliminação no último Europeu, em Julho. De resto, são todos estreantes. Segundo, porque mais da metade da seleção sub-21 dos dragões vermelhos são titulares, também, da seleção principal, acumulando muito mais experiência.
Somando-se a isso a má atuação de quase todo o time – que tinha peças improvisadas em diversas posições, por causa de algumas contusões, – principalmente da parte defensiva, o placar de 2 a 1 foi até bom para os azzurrini, que largam 10 pontos atrás do líder País de Gales (com três jogos a mais), em um grupo que tem ainda Luxemburgo, Bósnia e Hungria.
O jogo
Distraída e nervosa no início do jogo, a seleção italiana fica atrás no placar com apenas 8 minutos de jogo. Sem ser incomodado pela defesa azul, Ribeiro abre o placar para os galeses, depois de uma cobrança de escanteio. Alguns minutos depois, Fiorillo sai jogando errado com os pés e dá a chance de ampliar o placar à Church, que, para a sorte do goleiro da Sampdoria, erra a meta.
Com duas jogadas individuais, Balotelli tenta acordar a seleção italiana, que melhora e, aos 23, consegue o empate, depois de cruzamento de Barillà na cabeça de Paloschi. A azzurra recupera a moral e corre atrás da virada, mas o primeiro tempo acaba mesmo empatado.
No segundo tempo, continua a desatenção defensiva de Ranocchia e companhia, que o talentoso Ramsey, de 19 anos, não desperdiça. Depois de mais um erro na saída de bola dos azzurrini, o meio campista do Arsenal toca de calcanhar para Evans e recebe de volta na entrada da área, onde mata no peito e chuta, fazendo um golaço e recolocando os britânicos na frente.
Tentando uma reação, Casiraghi tira Bianchi e bota o atacante do Manchester, Frederico Macheda, que nada faz em campo. O único ainda perigoso é Paloschi, que é derrubado dentro da área, aos 80, e sofre pênalti claro, não marcado pelo juiz. Antes disso, Evans ainda teve a chance de matar o jogo, mas sua bola foi na trave. Assim, o jogo termina 2 a 1 mesmo.
PAÍS DE GALES (4-4-2): Maxwell; Eardley, Ribeiro, Blake (65′ Morris), Taylor; Ramsey, King, Bradley, MacDonald; Church (61′ Evans), Vokes (12 Cornell, 13 Matthews, 16 Partington, 15 Richards, 19 Thomas). Técnico: Flynn.
ITÁLIA (4-4-2): Fiorillo; Bellusci, Ranocchia, Ariaudo, Angella; Bianchi (76′ Macheda), Soriano (83′ Bolzoni), Poli, Barillà (71′ Pasquato); Balotelli, Paloschi (12 Seculin, 13 Brivio, 14 Rispoli, 16 Castiglia). Técnico: Casiraghi.
Árbitro: Layushkin (Rússia)
Gols: 8′ Ribeiro, 23′ Paloschi, 23′ Ramsey
Amarelos: Bradley e Paloschi
E é bem boa essa seleção aí, pelo menos no papel. Foda é improvisar o Bellusci na lateral, se você tem o Darmian ou o Crescenzi pra isso. Agora é dar um jeito de encaixar o tridente Balotelli, Paloschi, Macheda. Nem é impossível.
Sim, é boa mesmo. Falta jogarem juntos mais vezes.
E se o Santon não ficasse esquentando banco na principal, ajudaria bastante ali.