Gattuso: a fase não é das melhores, mas seu nome passa confiança (Getty Images)
Gennaro Gattuso é uma das figuras mais carimbadas do futebol italiano. Caracterizado por seu espírito lutador, o meio-campista defende o Milan desde 1999, e já venceu de tudo. Competições nacionais, continentais e mundiais: todas têm espaço no currículo de Rino. Natural da Calábria, Gattuso, 32 anos, é um dos selecionados entre os 23 de Lippi. Campeão em 2006, disputará a sua terceira Copa do Mundo. Se seu nome é sinônimo de confiança, seus momentos recentes atrapalham: Gattuso vive má fase e é outro motivo de preocupação ao elenco Azzurro.
Filho de um ex-jogador da Serie D, Gennaro começou cedo no Perugia: aos 12 anos de idade, já defendia as categorias infantis do clube. Algumas temporadas mais tarde, venceu o torneio Primavera, no qual teve grande destaque. O potencial demonstrado por Rino – que já defendia a Nazionale sub-18 -, foi suficiente para chamar a atenção do Rangers. O clube escocês se aproveitou de seu fim de contrato para adquirí-lo. Gattuso, trazido por Walter Smith (a quem se refere como ‘segundo pai’), levou azar: o treinador assumiu o Everton, e Dick Advocaat, seu sucessor, não se interessou pelo futebol do italiano. Chegando a ser improvisado na lateral-direita, Rino não agradava ao novo comandante, e logo foi posto para transferência, apenas uma temporada após sua chegada.
A Salernitana se interessou por seu futebol e o trouxe de volta à bota, pagando cifra até hoje recorde para o clube: o equivalente a aproximados seis milhões de euros. Em Salerno, ele cresceu e fez uma ótima temporada, que, porém, não evitou a queda dos campani. O Milan não deixou passar a oportunidade, e, vencendo a concorrência da Roma, foi atrás de Gattuso. Os rossoneri pagaram o dobro de seu valor passado e fecharam com o atleta para a temporada 1999-00. Rino começou bem, mas não sabia que sua consagração viria mesmo com a chegada do estimado Carlo Ancelotti, em 2001.
Sob os comandos de Carletto, Gattuso se transformou em líder. Assumiu inúmeras responsabilidades do meio-campo milanista e marcou seu nome na história da equipe. Sempre presente, foi um verdadeiro cão-de-guarda para Rui Costa, Shevchenko, Kaká e tantos outros atletas vitoriosos que passaram por Milanello na última decada – alguns dos quais ainda remanescentes, como Pirlo e Seedorf. Teve importância inquestionável no Scudetto de 2004 e nas duas Ligas dos Campeões conquistadas pelo Milan, em 2003 e 2007. Suas atuações lhe valeram uma vaga na Copa do Mundo de 2002, na qual jogou pouco; e outra em 2006, em que só não disputou uma partida. Campeão mundial, ganhou o respeito de Lippi, e nunca foi desconsiderado pelo treinador da Nazionale.