Primeira convocação de Prandelli é boa, mas revela problemas na lateral-esquerda italiana (AP Photo)
Nesta sexta-feira, Cesare Prandelli revelou a primeira lista de convocados da sua seleção italiana, que estreará na quinta-feira, dia 12 de agosto, contra a Costa do Marfim, em amistoso em Londres. Como já havia deixado claro alguns dos possíveis convocados em uma entrevista concedida à Gazzetta dello Sport no início da semana, não houve grandes surpresas na lista do técnico de Orzinuovi.
O amistoso não acontece em boa data, já que boa parte dos campeonatos europeus ainda não terá começado. Assim, pelo fato de os clubes ainda realizarem pré-temporada e alguns jogadores não estarem no melhor da forma física, a lista contém nomes que serão apenas experimentados e devem correr por fora para uma vaga no grupo que tentará a classificação para a Euro 2012. Segue, abaixo, uma pequena análise da lista, setor a setor.
Goleiros
Federico Marchetti (Cagliari), Salvatore Sirigu (Palermo) e Emiliano Viviano (Bologna).
Sem poder contar com Buffon para os primeiros jogos do trabalho, Prandelli não inventou e convocou os melhores goleiros italianos em atividade. Se Marchetti e Sirigu já haviam sido chamados por Marcello Lippi, Viviano estreia na seleção, após anos de história na base e um ótimo campeonato pelo Bologna.
Defensores
Luca Antonini (Milan), David Astori (Cagliari), Leonardo Bonucci (Juventus), Mattia Cassani (Palermo), Giorgio Chiellini (Juventus), Stefano Lucchini (Sampdoria), Cristian Molinaro (Stuttgart) e Marco Motta (Juventus).
A defesa foi o setor mais polêmico da lista de Prandelli, apesar de algumas unanimidades, como a dupla de zaga titular formada por Chiellini e Bonucci. Cassani finalmente ganhará a chance de ser titular da lateral-direita da Nazionale, após ter sido ignorado por Lippi. No miolo de zaga, se a estreia do jovem Astori na seleção não é polêmica após a ótima Serie A realizada pelo rossoblù, a estreia de Lucchini, 29 anos, é contestável: até mesmo na Sampdoria existem zagueiros mais credenciados a uma vaga na seleção, como Daniele Gastaldello. Outro que também poderia ter sido lembrado é Andrea Ranocchia, do Genoa, que acabou sendo deixado de fora e foi convocado para a seleção sub-21.
Na lateral-esquerda, devido à lesão de Domenico Criscito e à má forma física de Davide Santon, Prandelli também promoveu as estreias tardias de Antonini (28) e Molinaro (27), o que demostra a escassez de nomes para a posição. Porém, mesmo não sendo um setor com nomes exuberantes, Federico Balzaretti, do Palermo, merecia ter sido lembrado pela ótima temporada que fez na Sicília.
Meio-campistas
Daniele De Rossi (Roma), Andrea Lazzari (Cagliari), Claudio Marchisio (Juventus), Riccardo Montolivo (Fiorentina), Angelo Palombo (Sampdoria), Simone Pepe (Juventus).
No meio-campo, a única surpresa ficou por conta da convocação de Lazzari, mais um jogador do Cagliari que estreia na Nazionale. Como Prandelli deve jogar no 4-2-3-1, De Rossi e Montolivo deverão ser os titulares da primeira linha do meio-campo, enquanto Pepe deverá jogar aberto pela direita na linha mais avançada. Não deverão acontecer muitas mudanças no setor ao longo da gestão do novo técnico.
Atacantes
Amauri (Juventus), Mario Balotelli (Inter), Marco Borriello (Milan), Antonio Cassano (Sampdoria), Fabio Quagliarella (Napoli), Giuseppe Rossi (Villarreal).
Na parte ofensiva da Squadra Azzurra, uma revolução total e esperada, após a total falta de criatividade proposta por Lippi na Copa do Mundo. Dentre os convocados, apenas Quagliarella esteve na África. O talento está garantido com a presença de Giuseppe Rossi, o retorno de Cassano e a estreia de Balotelli na Nazionale. Os dois últimos, segundo indicações de Prandelli, deverão ser titulares contra a Costa do Marfim.
O estreante Amauri, que ainda não convenceu na Juventus, mas começou a temporada muito bem, larga na frente de Borriello para ser a referência no ataque azzurro. Largar na frente neste momento é muito importante, já que Alberto Gilardino, pupilo do treinador, também deve aparecer nas próximas convocações. Resta saber se Giampaolo Pazzini, que saiu da Fiorentina porque não era aproveitado por Prandelli, estará nos planos do treinador. Para o bem da Itália, é melhor que sim. Um novo caso à Cassano não cairia bem em um momento de crise para a seleção nacional.
É ver qual o esquema tático que Prandelli deve utilizar na Nazionale, a partir de agora. Se for algo parecido com o da Samp, a dupla de ataque tem que ser mesmo Cassano-Pazzini, sem dúvidas. Mas deve ser algo como os dos últimos anos de Fiorentina, daí será que o Pazzo ficaria bem de referência única no ataque?
Mas não dá nem pra comparar Cassano com Pazzini 😛
É ver qual o esquema tático que Prandelli deve utilizar na Nazionale, a partir de agora. Se for algo parecido com o da Samp, a dupla de ataque tem que ser mesmo Cassano-Pazzini, sem dúvidas. Mas deve ser algo como os dos últimos anos de Fiorentina, daí será que o Pazzo ficaria bem de referência única no ataque?
Só não entendi a insistência com Simone Pepe. Ele é fraco demais!